Desigualdade econômica é um termo
muito utilizado na maioria dos países, principalmente os subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Alguns
autores afirmam ser a expressão desigualdade econômica usada equivocadamente
como desigualdade social. Na verdade, a desigualdade social é resultante da
desigualdade econômica.
Um dos primeiros movimentos
contra as desigualdades, sejam políticas, econômicas, sociais, culturais, foi a
Revolução Francesa, como destaca o professor Francisco Mesquita de Oliveira no
último número da revista Informe Econômico, publicada pelo curso de Ciências
Econômicas da Universidade Federal do Piauí. A Revolução Francesa criou o lema
“Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. A partir de então, as idéias dos
pensadores liberais ganhou o mundo e influenciou a libertação de vários países,
inclusive o Brasil.
Aqui, a ideia de desigualdade
social foi por muito tempo esquecida no porão da ignorância, da usura política,
da dominação das elites e das oligarquias. A desigualdade social só ganhou
discussão maior e ações efetivas no governo de Getúlio Vargas, na década de 30
do século passado, com o deflagrar da consagração dos direitos sociais.
Vários são os fatores
fomentadores da desigualdade social, segundo as visões dos estudiosos: o
desnível salarial entre as classes; a pouca liberdade econômica; a exploração
do trabalho pelo capital; a existência da autoridade política, econômica,
religiosa; a continuidade do poder político nas mãos dos mais aquinhoados economicamente
etc, etc etc.
Como conseqüências da
desigualdade econômica e social identificamos a marginalização de setores da
sociedade; o retardamento do progresso; a pobreza; a favelização; o crescimento
da criminalidade e da violência. E há mais, muito mais.
Com a adoção de políticas sociais
nos governos Lula e Dilma reduziram-se as desigualdades, mas perduram a miséria
e a pobreza em regiões mais degradadas economicamente país adentro.
Carecemos de ações efetivas no
incentivo à produção e à produtividade, no aumento das oportunidades de educação
geral e tecnológica da juventude e no aproveitamento dos idosos na produção da
riqueza nacional.
As ações devem vir acompanhadas
de iniciativas para a redução do aparelho estatal – extinção de alguns ministérios,
por exemplo -, da burocracia – que incentiva a corrupção; da correção dos rumos
da administração pública com punição dos envolvidos em desvios de conduta; da
luta permanente contra os preconceitos, quaisquer que sejam.
Mas não é só isso. Muita coisa
precisa ser feita.
Inclusive incentivar a união
familiar, a solidariedade, o respeito à pessoa humana e o amor à Pátria.
Domingos Bezerra Filho
Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 02.04.15