O vigilante Ronaldo Airton
Rodrigues Pereira morreu na noite desta quinta-feira (24), vítima de disparos
efetuados por cerca de cinco homens que invadiram o prédio do Senai, na zona
Norte de Teresina, terça-feira, para tomar-lhe a arma. Na oportunidade, o segurança
também atirou contra os bandidos, matando um deles. Um dos assaltantes foi
atingido, mas fugiu e a polícia ainda não tem o destino nem a identidade dos
acusados.
Ronaldo Pereira foi baleado no pulmão,
fígado, estômago e perna. Encaminhado para o HUT, depois transferido para um
hospital particular, morreu ontem.
Na manhã de hoje, conversando com
um amigo cujo nome não estou autorizado a mencionar, percebi nele a indignação
com a condução da coisa pública em nosso país. Falou da crise na educação, na
saúde, nos transportes públicos, na segurança pública.
Lembrou que muitas de nossas
autoridades foram líderes estudantis, trabalhistas, ou pegaram em armas durante
a ditadura militar implantada em 1964 no combate às injustiças perpetradas em
nome de uma revolução redentora dos valores morais e humanos.
Não tenho conhecimento da vida
pessoal do vigilante assassinado. Não sei se é pai de família. Lamentamos, isto
sim, a morte de um trabalhador que perde o sono e dá o sangue pela
sobrevivência sua e/ou de seus familiares. Enquanto isso, os bandidos, soltos, devem
estar se organizando para mais assaltos.
O amigo a quem me referi disse
que viu, também na manhã de hoje, o carona de um motociclista portando arma de
grosso calibre no bairro Morada do Sol, zona Leste. O rapaz, desconfiado,
sempre olhava para trás, confidenciou-me o amigo. O homem talvez já tivesse
cometido algum crime.
O governador Zé Filho tomou para
si e determinou ao aparato policial esforço concentrado para a redução da
violência e a prisão dos criminosos. A população, amedrontada, presa no
sofrimento do medo, pede socorro. A família do vigilante pede socorro. Os pais
e mães de famílias pedem socorro. O Piauí pede socorro. Caso contrário a justiça
se fará a machadadas.
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