terça-feira, 30 de junho de 2015

A desconfiança dos industriais, a crise e a necessidade do arrocho

A FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou que o índice de confiança da indústria (ICI) caiu 4,9% este mês em relação ao anterior, ou seja, saiu de 71,6% para 68,1 pontos.

Os especialistas explicam que quanto mais baixo o índice considerando-se 100 pontos, maior é o pessimismo dos industriais, o que significa que, neste caso, diminuiu a intenção da realização de novos empreendimentos.

A pesquisa com 1.200 empresas brasileiras busca basilar o governo e as lideranças empresariais no quesito política econômica e negócios de modo geral. O que se pôde notar é que o pessimismo atingiu elevado grau, refletindo as oscilações registradas na economia a partir do primeiro semestre de 2015.

Do lado do governo, entretanto, as autoridades da área econômica, embora reconheçam as dificuldades e a presença da crise, acreditam que a situação deve melhorar no final do ano ou no início do ano seguinte.

No Piauí, o presidente da Fundação Cepro (Fundação Centro Piauiense de Pesquisas Econômicas e Sociais), economista Cezar Fortes, como não poderia deixar de ser, comprova igualmente a existência da crise. Aliás, a queda no poder aquisitivo e nos investimentos públicos e privados é uma realidade facilmente visível.

No site da Fundação Cepro, Cezar Fortes diz que “as dúvidas repousam sobre o grau desta crise, sobre os setores mais afetados, as regiões que mais serão atingidas e sobre as faixas da população que pagarão a conta. É ingenuidade – segundo Cezar Fortes – pensar que o ônus será igualmente distribuído”.

Os menos aquinhoados com a fortuna são os que mais sofrem. Em nosso caso, como o Piauí é um dos mais pobres da Federação, é nítida a visão sobre o peso da crise no bolso do trabalhador, afetando sobremaneira a qualidade de vida das famílias piauienses.

Diante disso, é imprescindível não apenas ajustes fiscais, mas arrocho na distribuição dos recursos públicos para o custeio da maquia administrativa. O momento é de economia, economia até de palito.

Perdulário, o poder público local tem o grande desafio de reduzir as despesas em toda e qualquer rubrica, em toda e qualquer compra, em todo e qualquer setor. Infelizmente, não é isso que vemos.

O exemplo mais patente é a existência de 40 deputados quando elegemos apenas 30 para a Assembleia Legislativa. Mas este é apenas um detalhe. Há despesas imperdoáveis a cortar.

Esta é a ideia, cidadãos e vassalos piauienses.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 30.06.15




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