A FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou que o índice de
confiança da indústria (ICI) caiu 4,9% este mês em relação ao anterior, ou
seja, saiu de 71,6% para 68,1 pontos.
Os especialistas explicam que quanto mais baixo o índice
considerando-se 100 pontos, maior é o pessimismo dos industriais, o que
significa que, neste caso, diminuiu a intenção da realização de novos
empreendimentos.
A pesquisa com 1.200 empresas brasileiras busca basilar o
governo e as lideranças empresariais no quesito política econômica e negócios
de modo geral. O que se pôde notar é que o pessimismo atingiu elevado grau,
refletindo as oscilações registradas na economia a partir do primeiro semestre
de 2015.
Do lado do governo, entretanto, as autoridades da área
econômica, embora reconheçam as dificuldades e a presença da crise, acreditam
que a situação deve melhorar no final do ano ou no início do ano seguinte.
No Piauí, o presidente da Fundação Cepro (Fundação Centro
Piauiense de Pesquisas Econômicas e Sociais), economista Cezar Fortes, como não
poderia deixar de ser, comprova igualmente a existência da crise. Aliás, a
queda no poder aquisitivo e nos investimentos públicos e privados é uma
realidade facilmente visível.
No site da Fundação Cepro, Cezar Fortes diz que “as dúvidas
repousam sobre o grau desta crise, sobre os setores mais afetados, as regiões
que mais serão atingidas e sobre as faixas da população que pagarão a conta. É
ingenuidade – segundo Cezar Fortes – pensar que o ônus será igualmente
distribuído”.
Os menos aquinhoados com a fortuna são os que mais sofrem.
Em nosso caso, como o Piauí é um dos mais pobres da Federação, é nítida a visão
sobre o peso da crise no bolso do trabalhador, afetando sobremaneira a
qualidade de vida das famílias piauienses.
Diante disso, é imprescindível não apenas ajustes fiscais,
mas arrocho na distribuição dos recursos públicos para o custeio da maquia
administrativa. O momento é de economia, economia até de palito.
Perdulário, o poder público local tem o grande desafio de
reduzir as despesas em toda e qualquer rubrica, em toda e qualquer compra, em
todo e qualquer setor. Infelizmente, não é isso que vemos.
O exemplo mais patente é a existência de 40 deputados quando
elegemos apenas 30 para a Assembleia Legislativa. Mas este é apenas um detalhe.
Há despesas imperdoáveis a cortar.
Esta é a ideia, cidadãos e vassalos piauienses.
Domingos Bezerra
Filho
Editorial do Jornal
da Teresina 2ª Edição de 30.06.15
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