Ainda repercute e é salutar que assim o seja, sempre, a
falta de inclusão do Piauí no PIL (Programa de Investimento em Logística)
desengavetado pelo governo federal que objetiva privatizar aeroportos,
rodovias, ferrovias e portos. Os investimentos totalizarão R$ 198,4 bilhões,
dos quais R$ 69,2 bilhões serão aplicados no período de 2015 a 2018, ou seja, ainda
no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.
Estados que receberão alguma coisa reclamaram do que acharam
pouco, como o Paraná, onde serão investidos R$ 11 bilhões em infraestrutura.
“Uma fatia pequena”, bradou um jornal paranaense.
Para o Piauí, nada, absolutamente nada.
Os bancos privados e o mercado de capitais poderão aumentar
sua participação no financiamento às empresas que irão se submeter aos leilões
de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. O BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) deverá exercer papel importante no
processo.
Há muito tempo se fala na duplicação das BRs 316 - em
demanda do sul do estado, de Teresina para Demerval Lobão – e 343 – na direção
do norte, de Teresina para Altos. Há muito tempo se fala na reforma do
aeroporto Petrônio Portella, ali no bairro Aeroporto, aqui na capital. Há muito
tempo se fala na conclusão do porto de Luiz Correia, no litoral. Há muito tempo
se fala na construção do porto seco de Teresina, na zona Sudeste da cidade.
Todos esses empreendimentos exigem muito dinheiro, pelo
menos para os combalidos cofres do Piauí. Os cofres do Planalto Central
Brasileiro são fortificados com o mais precioso metal. É dinheiro que não acaba
mais. Nem assim o filho enjeitado da Pátria sensibiliza os engravatados dos
cerrados palacianos do Distrito Federal.
Vão dizer, se já não estão dizendo, que o Piauí está sendo
aquinhoado com isso e aquilo. Ora, ações emergenciais são adotadas conforme a
necessidade. Vão dizer, se já não estão dizendo, que temos o benefício da
construção do maior conjunto residencial da América Latina, ou do País, o
Jacinta Andrade.
Ora, senhoras e senhores, autoridades e barnabés, cidadãos e
vassalos, o Piauí carece de medidas que o retirem da pasmaceira em que
secularmente se encontra. Somos acostumados com paliativos, com remendos, com
recauchutagens dos pneus carecas da nossa frágil economia.
Não queremos impedir os investimentos nos 16 estados
beneficiados, não.
Somos uma família, com suas diferenças e semelhanças
naturais, formamos uma federação, constituímos uma nação e nos identificamos
como Pátria.
Domingos Bezerra
Filho
Editorial do Jornal
da Teresina 2ª Edição de 11.06.15
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