O Piauí chora a morte de Daniele Rodrigues, de 17 anos,
ocorrida no final da tarde deste domingo (7). Choram bem mais, sem consolo,
seus familiares e amigos, especialmente seus pais.
O crime hediondo foi praticado no dia 27 de maio, quando
cinco elementos – quatro menores e um maior, já de 40 anos – estupraram,
torturaram e tentaram matar quatro meninas de idade entre 15 e 17 anos em Castelo
do Piauí, situado a cerca de180 quilômetros ao norte de Teresina.
A saúde das três outras meninas é estável. Daniele não teve
a mesma sorte.
O que fazer, agora que perdemos mais uma menina inocente,
morta por monstros enlouquecidos pela droga?
A população clama por justiça. Que a justiça seja feita. Que
os culpados, após o correspondente processo legal, paguem pelos crimes. Não foi
apenas um crime. Estupro, tortura, tentativa de homicídio e o próprio homicídio
que agora se efetivou com o desaparecimento de Daniele.
A sociedade brasileira não tolera mais a impunidade que
garante a bandidos a liberdade e a continuidade do cometimento de crimes de
toda espécie.
O Estado brasileiro envergonha a todos tal a monta de crimes
praticados por todo tipo de gente. Gente de paletó e gravata, gente de menor
idade, gente dos mais baixos escaninhos sociais, gente dos mais altos escalões
do país. Gente que transforma a vida dos inocentes em um inferno, que estupra e
mata crianças e que não é devidamente punida. Gente que rouba o dinheiro do
povo e mata de fome a inocência brasileira.
A família brasileira, instituição exponencial na formação do
caráter do indivíduo, chora. Chora enquanto os congressistas se esquecem de
ordenar ou reordenar a vida nacional.
A família brasileira chora ao mesmo tempo em que cobra ações
das autoridades constituídas não apenas para os casos de violência social, mas
igualmente para os desmandos administrativos.
Todo desvio de conduta carrega em seu interior uma série de
outros deslizes. Os exemplos estão aí a desafiar a inteligência, a
responsabilidade e a dignidade nacional.
O cidadão, a família, a sociedade, a Pátria aguardam mudança
urgente na legislação e o cumprimento das leis que disciplinam a vida
comunitária.
Domingos Bezerra
Filho
Editorial do Jornal
da Teresina 2ª Edição de 8 de junho de 2015
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