Durante a campanha eleitoral deste ano, o senador Wellington
Dias (PT) manteve críticas duras sobre a atual administração estadual,
identificando nas ações de Zé Filho equívocos e erros propositadamente
cometidos. As avaliações feitas pela comissão de transição do futuro governo
levam a crer também que o atual governo erra de propósito.
Pois bem. Agora, quando conversa com aliados e alguns outros
partidos que quer atrair para conquistar ampla e folgada maioria na Assembleia Legislativa,
o futuro governador esbarra com um grande desafio: como já esteve à frente do
Poder Executivo por dois mandatos, não deve mais cometer os mesmos erros.
Alguns dos nomes ventilados para a sua equipe são do
conhecimento público e já exerceram alguns cargos. Outros, embora também sejam
conhecidos de boa parte da população, ainda não têm experiência nos postos para
os quais estão sendo indicados ou especulados.
Qualquer que seja o governo, deve ele ser conduzido com a
presença de pessoas de linhagem técnica e política para oferecer condições não
apenas de governabilidade. É imprescindível a formatação de projetos
exeqüíveis, o que é possível com a experiência administrativa, o conhecimento
técnico-científico, planejamento estratégico, verbas, foco nas prioridades
socioeconômicas, zelo com a aplicação dos recursos públicos – evitando-se a
prática da corrupção -, dentre outros fatores.
A condução equilibrada de todos os processos político-administrativos
tem relação estreita e direta com a escolha, feita com ponderação, de todos os
membros da equipe, inclusive do líder do governo no Poder Legislativo. Cada um
e todos têm importância e cota de responsabilidade.
Gestores autoritários são instrumentos prejudiciais à
governabilidade. Administradores corruptos são aliados da pobreza, da miséria
e, hoje, visitantes do Poder Judiciário, onde respondem por atos tresloucados.
O Piauí carece de reengenharia administrativa e política
para dar saltos urgentes na ordenação da vida social, a vida de todos, e não de
poucos beneficiários do sistema custeado pelo bolso popular. O Piauí precisa
mudar urgentemente.
E o governador não pode, como não deve, errar na escolha de
seus gestores, sejam eles velhos conhecidos ou neófitos na administração da
coisa pública.
Esta é a idéia.
Domingos Bezerra
Filho
Editorial do Jornal
da Teresina 2ª Edição de 10.12.14
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