Há muito tempo se ouve falar e a mídia sempre publica que
a sociedade brasileira e quiçá as sociedades espalhadas pelo resto do mundo
enfrentam uma série de problemas originários da inversão de valores ou mesmo da
quebra dos valores humanos.
Culpa-se a modernidade, ou pós-modernidade, como
queiram. Culpa-se a mídia, que divulga as informações, a televisão, em
especial, que mostra e desvela os mais recônditos pecados da pessoa humana.
Culpa-se também a internet, que guarda o mundo dentro de suas engrenagens
virtuais e expõe a pessoa a variados crimes e imperfeições morais.
Por onde se anda exige-se uma nova ordem econômica,
social, moral, educacional. Uma nova ordem na qual a pessoa humana tenha assegurada
a sua cidadania, com as garantias patrocinadas pelos direitos naturais da
pessoa humana.
As vozes da juventude, da velhice, dos pais de família; as
vozes dos trabalhadores postulam nova conduta, a construção de uma nova
sociedade, um novo país. Uma nação onde as diversidades sejam respeitadas e
todos possam ter seus direitos assegurados e os deveres cumpridos. Uma nação
que não envergonhe nem ao jovem nem ao idoso.
Uma nação onde o civismo seja estimulado, a democracia
participativa uma realidade e o engajamento político permitido a todos os
indivíduos. Uma nação que ofereça poder à sociedade.
Mas dirão alguns que não é fácil e não interessa aos
eventuais ocupantes dos cargos diretivos conceder empoderamento à sociedade.
Todavia, a nova postura de que o país precisa é inadiável, para o bem de todos
e de cada um.
Recorro ao professor Custódio Pereira, em artigo sobre o
empoderamento da sociedade no qual descreve ser necessário o resgate do ensino.
E é com a educação que se construirá essa nova
realidade. Dados do Censo Escolar 2012 indicam que “nos 192.676
estabelecimentos de Educação Básica do País estão matriculados 50,54 milhões de
alunos, sendo 42,22 milhões (83,5%) em escolas públicas e 8,32 milhões (16,5%)
em instituições privadas. As redes municipais são responsáveis por quase metade
das matrículas (45,9%), o equivalente a 23,22 milhões, seguidas pelas
estaduais, que atendem 37% do total, com 18,72 milhões. As escolas federais,
com 276,43 mil matrículas, participam com 0,5% do total”.
Acrescenta o professor que “as estatísticas são
inequívocas: há 42,22 milhões de brasileiros na Educação Básica, quase uma
Espanha inteira, que dependem diretamente do Estado para se apropriar do bem
maior do conhecimento. Garantir-lhes tal direito significará, também, lhes dar
melhor saúde, mais segurança, perspectivas concretas de ascensão econômica e
vida de qualidade, cumprindo-se na prática as promessas das campanhas
eleitorais”.
É com o resgate da educação que ofereceremos poder à
sociedade.
Editorial do Jornal
da Teresina 2ª Edição de 05.12.14
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