quarta-feira, 18 de junho de 2014

Sobrevivência política e sobrevivência do povo


Ouvimos quase todo dia nossas lideranças falarem sobre sobrevivência política de seu grupo, de seus partidos, bem como sobre a formação de alianças e a manutenção delas sem levar em consideração o interesse público geral, ou seja, o interesse do povo, aquilo que mexe com a vida pessoal e íntima das pessoas no seu dia-a-dia.

É claro que as alianças que se formam têm em vista a acomodação político-partidária, a sobrevivência política e a conquista do poder, o que é muito natural. É justo. É legítimo.

O que não dá para entender é que a atuação política, neste particular, tenha em vista só e somente isso. É preciso dirigir o olhar para o interesse público. O que o eleitor pensará sobre as acomodações, sobre as alianças, sobre a distribuição e a ocupação dos cargos?

Lembrem-se todos de que as manifestações do ano passado ficaram na história como eventos de representação efetiva da vontade de mudança não só na gestão pública, mas no comportamento da classe política.

Hoje, as manifestações contrárias à realização da Copa do Mundo não conseguiram aglutinar as vozes da população brasileira por causa do nosso espírito esportivo, amante do futebol e da nossa Seleção.

Não se iludam, todavia. O sentimento de insatisfação perdura. O que nos falta é encaminhar a nossa opinião de forma dirigida, direcionada, com endereço certo. E esse sentimento será manifestado ainda durante a Copa do Mundo, aqui e acolá. Depois do campeonato, vai aflorar principalmente se o Brasil for derrotado.

Então, esse apanhado de idéias nos remete para a situação de nosso estado e de nosso País. Não se constrói uma nação com alianças espúrias, contrárias à ética e ao sentimento popular, este o mais lídimo, o mais representativo, o mais forte, o mais pujante, o mais significativo da nação e do estado.

E o que interessa à nação e ao estado? A sofrível prestação dos serviços públicos, a educação de qualidade, a segurança pública de cada indivíduo, a saúde em atendimento aos direitos consignados na Constituição da República.

O eleitor verá as alianças como extensões dos seus interesses ou dos interesses dos grupos políticos, familiares, empresariais?

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 18.06.14





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