Ouvimos quase todo dia nossas lideranças falarem sobre sobrevivência política de seu grupo, de seus partidos, bem como sobre a formação de alianças e a manutenção delas sem levar em consideração o interesse público geral, ou seja, o interesse do povo, aquilo que mexe com a vida pessoal e íntima das pessoas no seu dia-a-dia.
É claro que as alianças que se formam têm em vista a
acomodação político-partidária, a sobrevivência política e a conquista do
poder, o que é muito natural. É justo. É legítimo.
O que não dá para entender é que a atuação política, neste
particular, tenha em vista só e somente isso. É preciso dirigir o olhar para o
interesse público. O que o eleitor pensará sobre as acomodações, sobre as alianças,
sobre a distribuição e a ocupação dos cargos?
Lembrem-se todos de que as manifestações do ano passado
ficaram na história como eventos de representação efetiva da vontade de mudança
não só na gestão pública, mas no comportamento da classe política.
Hoje, as manifestações contrárias à realização da Copa do
Mundo não conseguiram aglutinar as vozes da população brasileira por causa do
nosso espírito esportivo, amante do futebol e da nossa Seleção.
Não se iludam, todavia. O sentimento de insatisfação
perdura. O que nos falta é encaminhar a nossa opinião de forma dirigida,
direcionada, com endereço certo. E esse sentimento será manifestado ainda
durante a Copa do Mundo, aqui e acolá. Depois do campeonato, vai aflorar principalmente
se o Brasil for derrotado.
Então, esse apanhado de idéias nos remete para a situação de
nosso estado e de nosso País. Não se constrói uma nação com alianças espúrias,
contrárias à ética e ao sentimento popular, este o mais lídimo, o mais
representativo, o mais forte, o mais pujante, o mais significativo da nação e
do estado.
E o que interessa à nação e ao estado? A sofrível prestação
dos serviços públicos, a educação de qualidade, a segurança pública de cada
indivíduo, a saúde em atendimento aos direitos consignados na Constituição da
República.
O eleitor verá as alianças como extensões dos seus
interesses ou dos interesses dos grupos políticos, familiares, empresariais?
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