Devemos louvar qualquer ação idealizada com o objetivo de coibir a corrupção, seja ela de que nível for: econômica, financeira, eleitoral, moral.
Por isso, elogiamos a
iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), OAB (Ordem dos Advogados do
Brasil), Ministério Público e representantes de igrejas, que criarão força
tarefa para inibir a compra de votos no estado nas eleições deste ano.
A primeira reunião estava
marcada para a manhã desta segunda-feira (28), comandada pelo presidente do
TRE, desembargador Edvaldo Moura. A intenção do encontro era definir
estratégias para a deflagração do movimento.
Ao mesmo tempo em que louvamos
quaisquer iniciativas do nível, alertamos não ser fácil obter êxito com elas
porque a corrupção está incrustada na alma da política nacional.
A lei proíbe, inibe, impõe
restrições e punições ao abuso do poder econômico e político, à compra de votos
e à corrupção eleitoral, enfim aos desvios que possam alterar o resultado do
processo de escolha dos candidatos.
Contudo, a mesma lei que pune,
ao que parece, abre brechas para essas práticas danosas. Em cada ano eleitoral
a mídia informa a montagem de processos judiciais no TREs brasileiros. Os
julgamentos são então realizados e muita gente tem o mandato cassado. As demandas
se avolumam nos tribunais e os recursos emperram a administração da justiça
eleitoral.
Na realidade, as cassações de
prefeitos, por exemplo, são as mais comuns, mas já tivemos também cassação até
de governadores.
Na realidade, precisamos
depurar o processo político-eleitoral brasileiro para que a vontade popular
seja respeitada. Mas um questionamento se insere com insistência: como fazer
tal depuração se o próprio eleitor alimenta a prática nefasta do toma-lá-dá-cá?
A troca de favores se
apresenta como elemento contaminador. E para mudar o quadro há a necessidade e
de nos reeducarmos.
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