A Rede Record liderou ontem um pool de empresas para a realização do terceiro debate entre os candidatos à presidência da República no segundo turno da eleição deste ano.
Em debates anteriores, muito se reclamou do nível das
discussões, culpando-os debatedores por um “certo baixo nível” que na realidade
existiu no momento em que a vida pessoal foi alvo de comentários e perguntas.
Em debate eleitoral é quase impossível não aflorar críticas
mais pesadas sobre os adversários. Contudo, o que se deve ter em mente são as
principais ideias e propostas de cada um para o cumprimento de suas missões
após a posse.
O encontro de ontem entre os dois contendores foi marcado
pela repetição de propostas e sugestões com o objetivo de conquistar mentes e
corações na reta final da campanha.
O baixo nível passou ao largo. Em certos momentos um pouco
mais duro, o debate, na opinião de boa parte dos telespectadores, foi melhor do
que os outros já realizados.
Na semana passada, o presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Dias Toffoli, exigiu dos candidatos apresentação de propostas, caso
contrário poderia entrar em campo e punir aquele ou aquela que saísse da linha.
Ora, seria uma interferência na liberdade de expressão garantida
e preservada pelas leis democráticas. As leis atuais concedem o direito ao
ofendido de se defender, ocupando, inclusive, o mesmo espaço do ofensor no
rádio ou na televisão. Quem se sente ofendido corre em busca da reparação das
ofensas.
Não precisamos chegar a tanto, a democracia e o direito do
cidadão de dizer o que pensa, até com palavras mais duras, prevalecem.
O Brasil aprende e amadurece, desenvolve-se no aprendizado
da democracia.
Precisa crescer mais. E isso não ocorre de uma hora para outra.
É preciso conviver com os contrários, com as críticas, com o olho aberto da
Justiça.
A festa da democracia transcorre com tranquilidade. Palmas
para o Brasil
Jornal da Teresina 2ª
Edição de 20.10.14
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