Em 15 de outubro de 1827, (dia consagrado à educadora Santa Tereza D`Ávila), D. Pedro I editou um decreto com 17 artigos criando o Ensino Elementar e determinando que toda cidade, vila e lugarejo tivesse escolas de primeiras letras. O documento também tratava da descentralização do ensino, do salário dos professores, das matérias básicas e como os professores deveriam ser contratados.
120 anos depois,
quatro professores (Salomão Becker, Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino
Busko) organizaram um movimento contra a estafa (eram só 10 dias de férias
escolares) e para o congraçamento, análise e planejamento do restante do ano
letivo. Sugeriu-se a data de 15 de Outubro, oficializada como feriado escolar
pelo Decreto Federal nº. 52.682, de 14 de Outubro de 1963. O objetivo era comemorar
condignamente o Dia do Professor, com os estabelecimentos de ensino promovendo solenidades
para enaltecer a função desse trabalhador na sociedade.
Todos nós reconhecemos a
contribuição do professor na formação da cidadania, do caráter da pessoa humana,
na construção do desenvolvimento. Historicamente, todavia, esse profissional
não é valorizado.
Fomos colher no livro
Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire, o seguinte trecho para ilustrar este
editorial: “A minha resposta à ofensa à educação é a luta política, consciente,
crítica e organizada contra os ofensores. Aceito até abandoná-la, cansado, à
procura de melhores dias. (...) Uma das formas de luta contra o desrespeito dos
poderes públicos pela educação, de um lado, é a nossa recusa a transformar
nossa atividade docente em puro bico, e de outro, a nossa rejeição a entendê-la
e a exercê-la como prática afetiva de "tias e tios".
“A questão que se coloca,
obviamente, não é parar de lutar, mas reconhecendo-se que a luta é uma
categoria histórica, reinventar a forma também histórica de lutar”.
Domingos Bezerra Filho
Editorial do Jornal da Teresina 2 Edição de 15.10.14
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