Na semana passada, o
vice-presidente da AIP (Associação Industrial do Piauí), Gilberto Pedrosa,
esteve no Jornal da Teresina 2ª Edição e falou sobre a situação da indústria
piauiense, cujo dia hoje se comemora.
Disse Pedrosa que a indústria só
contribui com 12% para a formação do PIB (Produto Interno Bruto do Piauí).
Alguns anos atrás esta participação ao chegava a 16,6%. Pode existir alguma
discrepância de dados, mas a verdade que não pode ser camuflada é a pouca contribuição
do setor industrial.
E não é por falta de interesse de
nossos produtores, não. É porque o estado não conta com infraestrutura nem verba
suficiente para investimentos. Melhorou, melhorou, mas é preciso apressar o
passo.
Nesta segunda-feira (25), Joaquim
Costa Filho, que assume mais uma vez a presidência da entidade, disse que o ano
está perdido para a indústria.
Observou que se o ajuste fiscal
perdurar do jeito que está sendo proposto teremos recessão no Brasil e no
Piauí. “O índice de desemprego já é alto”, reconheceu o industrial, que se
reuniu com o governador Wellington Dias e o secretariado com o objetivo de traçar
metas para os próximos anos.
O Piauí precisa produzir não só
na região dos cerrados, onde o agronegócio dá saltos animadores, mas também em
outras regiões. Acontece que a carência em infraestrutua recursos financeiros é
grande. Aí, então, é necessária a parceria entre os governos federal, estadual,
as prefeituras e os setores produtivos.
Para exportar, precisamos, antes,
investir na produção agrícola e na sua industrialização, construir o porto seco
em Teresina, recuperar a estrada de ferro ligando o sul ao norte do estado,
concluir o porto de Luiz Correia, pesquisar e buscar a industrialização de
nosso minério, investir no incentivo aos pequenos negócios no interior, como o
artesanato, por exemplo. Na opinião de Pedrosa, só a ZPE (Zona de Processamento
de Exportações), não resolve o problema.
A nossa contribuição na pauta de
exportação se restringe a alguma coisa dos cerrados, à cera de carnaúba,
castanha de caju. É pouco, muito pouco.
Em um editorial cujo tempo é curto
não dá para falar de todas as nossas potencialidades e carências, mas, mais uma
vez, fica o recado.
Já perdemos muito nesses anos. Não
tem cabimento entregamos o jogo. O atraso no impõe a pressa.
Domingos Bezerra Filho
Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 25.05.15
Nenhum comentário:
Postar um comentário