Vivemos momento de crise nas instituições. Crise na área da segurança pública, crise no setor da saúde, crise no sistema educacional. Crises que assolam os poderes constitucionais.
Nossos gestores, nos vários níveis e nos vários campos, se
debruçam sobre os problemas em busca de soluções. Questionados diuturnamente
pela sociedade civil que, por intermédio de suas entidades mais
representativas, lança discursos sobre os caminhos a serem trilhados, os
gestores encontram-se numa encruzilhada: as leis, em sua amplitude, oferecem
diretrizes as mais variadas para o encaminhamento das soluções.
Há deles que reclamam, por exemplo, da atuação do Ministério
Público no cumprimento de sua incumbência legal no que se relaciona ao meio
ambiente. Há embargos de obras a retardar sua consecução, encarecendo o valor
final em decorrência de aditivos e mais aditivos. É apenas um exemplo. O MP
obedece, assim, à sua prescrição legal.
No seio da sociedade, o cidadão eleitor e contribuinte
espera ações eficazes. Nossa Constituição, dita a mais cidadã de todas, prega a
construção de um pais justo, solidário, pacífico em que reine a independência
dos poderes e prospere a paz social.
Pacífico até certo ponto, o brasileiro assiste à formação de
chapas para as eleições gerais quando serão escolhidos o mandatário ou
mandatária maior da nação, os governadores, deputados, senadores.
No interior da atividade política, as discussões são ainda
pontuais. Prega- mudança. Clama-se por mudança. A juventude deu os primeiros
passos no ano passado, durante as manifestações de junho. As greves voltaram.
Pais e mães de famílias reclamam. Reclamam do preço da
carne, do preço do feijão, do preço do biscoito, do valor da mensalidade
escolar, obrigados que são a pôr os filhos na escola particular porque a pública
é ruim.
Pais e mães preparam-se para ir às urnas em outubro.
Será se os candidatos vão atender a essas expectativas? Que
discursos preparam para empolgar as massas? Que estratégias guardam no colete
para vencer a crise? E não é apenas uma crise. As crises, repetimos, incomodam
em vários campos e setores.
Domingos Bezerra
Filho
Editorial do Jornal da Teresina 2ª
Edição de 27.05.14