A visita da presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira
passada, a segunda este ano, não deixa de ser um ponto positivo para o estado,
mas os frutos reais, ou seja, os resultados efetivos da presença dela, não são
tão vantajosos assim.
Para os partidários e aliados da presidente, bem como para
seus eleitores mais entusiasmados, a presidente trouxe, talvez, o que o Piauí
pediu ou o que Piauí precisa.
Entendemos que, filho enjeitado da Nação durante nossa
história, sendo um dos mais claros exemplos da desigualdade socioeconômica
entre as regiões brasileiras, o Piauí, e não só ele, mas outros estados
historicamente menos aquinhoados pela riqueza nacional, carece de maior atenção
do poder central.
Não é que merecemos mais do que os outros. Isso, jamais! Não
proclamamos privilégios, mas justiça.
Um país do tamanho continental como o Brasil verdadeiramente
não é fácil de administrar. O jogo de interesses e as disputas pela divisão do
bolo econômico são enormes. As bancadas do Sul e Sudeste têm mais poder do que
as do Norte e Nordeste.
As pendências guardadas no correr da história ainda nos
desafiam. Desafiam o governo central, desafiam nossa representação federal,
desafiam o governo no plano estadual e instigam os prefeitos a falarem em uma
só voz para suprir as nossas principais carências.
Grupos de estudos foram criados em vários momentos da
história republicana para o conhecimento das nossas necessidades e a
implementação de programas e projetos com vistas a reduzir as desigualdades
entre as regiões. E o Piauí, a despeito de muitas batalhas, pouco evoluiu na
superação das suas dificuldades.
A presidente Dilma Roussef acenou com a possibilidade da
conclusão do porto que merecemos. Apenas isso. A presidente Dilma Rousseff
discursou que a Eletrobras deve ser eficiente. Isso sabemos. Ponto positivo,
entretanto, para a entrega das residências do programa Minha Casa Minha Vida.
Ponto positivo para a entrega dos certificados do Pronatec.
O que esperamos são ações, iniciativas, medidas que nos
arrastem da situação de penúria. Não são apenas a melhoria da Eletrobras e a
conclusão do porto. Precisamos de muito mais. Precisamos de justiça.
Editorial do Jornal da Teresina 2ª
Edição de 19.05.14 (Teresina FM)
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