Comemora-se hoje, 13 de maio, o Dia dos Escravos. A data
também é consagrada a Nossa Senhora de Fátima. Esta pelo fato de Maria ter aparecido
a três meninos pastores em Fátima, Portugal, a 13 de maio de 1917, aos quais
deixou algumas lições, inclusive a da obrigatoriedade da oração do rosário.
Transportados nos porões dos navios para o Brasil, muitos dos negros morriam durante a viagem. Aqui, eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam com desumanidade.
A sociedade considerava essa prática normal, mas havia gente contrária à escravidão. Os abolicionistas desenvolveram intensa campanha durante 300 anos. Com uma economia caracterizada pelo trabalho escravo, o país foi aos poucos providenciando a libertação dos escravos com a edição seguida de leis.
Várias foram as iniciativas até alcançarmos o ano de 1888, quando, no dia 13 de maio, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, libertando os escravos, que, no entanto, não tinham condições de sobreviver na então sociedade preconceituosa e escravocrata. Muitos deles permaneceram nas fazendas porque não lhe foi oferecida oportunidade segura de se inserir no mercado do trabalho.
Hoje, o Brasil, em que pese o progresso econômico que vem vivenciando, ainda está preso aos preconceitos e à escravidão econômica, sem oferecer oportunidade para boa parte da população negra e pobre. Que libertação efetiva houve, de modo geral, com a nossa população? Ainda somos escravos.
Como também o dia é dedicado a Nossa Senhora de Fátima, rogamos a ela e aos pastorinhos aos quais se dirigiu que nos deem orientação para nos libertarmos dos grilhões, de todas as cadeias que prendem a população brasileira, especialmente: ignorância, intolerância, egoísmo, miséria, falta de educação, ingratidão, violência, corrupção.
Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição (12h00 – 14h00 - 13.05.14)
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