Motoristas e cobradores de
ônibus de Teresina rejeitaram contraproposta feita pelo Tribunal Regional do
Trabalho e Ministério Público do Trabalho, de reajuste salarial, e decidiram,
em assembléia geral realizada na manhã desta sexta-feira, dar continuidade à
greve começada ontem. Os trabalhadores reivindicam 10%. Os empresários
ofereceram 6%.
O procurador do Trabalho,
João Batista Luzardo Soares, apresentou a proposta de reajuste de 8% com data
base em maio. O
desembargador Francisco Meton Marques de Lima sugeriu aumento de 7,5% com data
base em janeiro.
Na audiência de ontem
ficou também decidido que 50% da frota deveriam continuar circulando durante a
greve. Se os trabalhadores não cumprirem com esta determinação o sindicato da
categoria será multado em R$ 10mil por dia.
A prefeitura de Teresina
segue cadastrando veículos para oferecer alternativa aos usuários do sistema.
Com a redução da frota oficial, os carros alternativos estão circulando.
Hoje, o prefeito Firmino
Filho pediu rapidez da justiça para a solução do impasse entre patrões e
empregados. Segundo Firmino, a licitação do sistema de transporte coletivo está
na reta final e em junho será concluída.
Greves de motoristas e
cobradores de ônibus se repetem ano a ano não só em Teresina, mas também em outras
capitais, como São Paulo.
A demanda vai para a
justiça se não houver acordo entre os rodoviários e os donos das empresas de
ônibus.
O que a população não mais admite é o descaso para com o
problema. Como não se admite a ação, ou falta de ação dos motoristas que,
ontem, pararam as atividades logo depois das seis horas da tarde, contrariando
o que eles mesmos decidiram em assembleia geral: a greve começaria zero hora
desta sexta-feira, 23.
É claro que a prestação dos serviços na é boa. Firmino já
reconheceu ser ela péssima. Os trabalhadores merecem perceber melhor salário e ter
melhores condições de vida e de trabalho.
A população, que paga caro pelo serviço ruim, exige solução
imediata.
Editorial do Jornal da Teresina 2ª edição de 23.05.14
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