Os descaminhos que as muitas sociedades mundiais vivenciam
apontam para a urgente necessidade de mudanças de forma a descortinar um novo
mundo, um novo tempo, novas condutas, novas posturas, novo homem.
Em vários momentos da história mundial e do Brasil, as
mudanças se impuseram e foram dados passos importantes rompendo com vícios e
implantando um novo modelo, seja no campo político, social, econômico etc.
Se pararmos para pensar sobre os desafios que enfrentamos,
descobriremos que não só no Brasil, mas no mundo, há carência de honestidade,
de justiça, de confiança, de bondade, de urbanidade, de paz, de amor.
Se você parar para pensar, por exemplo, nos altos índices de
furtos, roubos, assaltos, seqüestros, estupros no Brasil, facilmente vai
identificar a doença da sociedade, a peste moral que assola o nosso tempo e a
nossa vida.
No ano passado, a juventude, no seu eterno sentir de
mudanças, correu ruas e avenidas e lotou praças exigindo melhorias em vários
setores econômicos e sociais. A juventude viu a peste moral invadir suas casas
e atingir seus pais, mães e irmãos.
Os meninos que foram para as ruas são filhos, em sua grande
maioria, da classe intermediária, diferenciada no comportamento e nas atitudes.
São filhos de pais e mães que sentem na pele e na alma as conseqüências da
doença social.
A construção de um novo modelo de sociedade exige a
participação dessa juventude. Aliás, parte dela, uma parte diminuta, mas de
tamanha força, se violenta nas drogas vítima da mesma peste social que ocupa os
palácios e os altos gabinetes, indiferentes aos assassinatos da moral e da
ética.
Os assaltos, os furtos, os roubos, os seqüestros, os
estupros são sintomas dessa doença contemporânea. Os escândalos, a todo
instante divulgados pela mídia aqui e acolá, igualmente são produzidos pela
peste que nos consome.
As sociedades brasileira e piauiense precisam urgentemente
olhar-se no espelho e mudar intimamente para se reconstruir.
E este é um momento, apenas um momento, há outros, este é
apenas um momento apropriado porque estamos a uma semana da eleição.
Domingos Bezerra
Filho
Editorial do Jornal
da Teresina de 26.09.14
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