Ao assumir o governo no dia primeiro de janeiro, Wellington
Dias assinou vários decretos de emergência que abrem a possibilidade para ações
urgentes e, claro, emergenciais em alguns setores da administração pública.
Ainda é cedo para a solução de todos os problemas. O governo
está arrumando a casa e até determinados cargos ainda não foram devidamente
ocupados. Entendem-se as dificuldades que o poder público enfrenta, mas é
preciso dizer que após as primeiras iniciativas, outras já deveriam ter sido
adotadas.
Se há emergência, a urgência se impõe no momento. Se é
decretada a emergência, imediatamente deve-se adotar as medidas e não apenas
anúncios de novas posturas e comportamentos.
Exemplo é a segurança pública, onde o crime recrudesceu. Para
ilustrar, citemos apenas dois casos registrados ontem.
Um grupo formado por cinco homens fez um arrastão por volta
das 7 horas da noite em um ponto de ônibus da rua Coelho de Resende a umas três
quadras da avenida Frei Serafim. Armados, os bandidos exigiram que as mulheres
lhes dessem as bolsas. E ficou por isso mesmo. Nada de polícia.
No interior, bandidos invadiram, na madrugada de ontem, a
prefeitura de Marcos Parente, na região de Jerumenha e Floriano, fizeram um
buraco na parede para terem acesso à agência dos Correios, de onde levaram uma
impressora.
Sem nenhum resultado para a insegurança, a população de
Cristino Castro, também no Sul do estado, fechou hoje as saídas da cidade,
sinalizando que não mais aguenta a inércia do poder público.
No Jornal da Teresina de ontem, ouvintes de várias regiões
da cidade telefonaram pedindo urgência nas medidas contra a insegurança
pública.
É inadiável.
Estamos vendo mais policiais nas ruas, sim, mas isto não
está oferecendo resultado. E a população quer resultado já.
O governo não aumenta impostos, tarifas, preços de
combustíveis e tira benefícios com a maior agilidade possível? Por que não age
rapidamente diante do caos na saúde e na segurança pública.
A população exige e o poder público tem a obrigação, o dever
de atender aos seus reclamos.
Domingos Bezerra Filho
Editorial do Jornal
da Teresina 2ª Edição de 20.01.15
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