terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Ações na segurança pública ainda não surtiram efeitos

Ao assumir o governo no dia primeiro de janeiro, Wellington Dias assinou vários decretos de emergência que abrem a possibilidade para ações urgentes e, claro, emergenciais em alguns setores da administração pública.

Ainda é cedo para a solução de todos os problemas. O governo está arrumando a casa e até determinados cargos ainda não foram devidamente ocupados. Entendem-se as dificuldades que o poder público enfrenta, mas é preciso dizer que após as primeiras iniciativas, outras já deveriam ter sido adotadas.

Se há emergência, a urgência se impõe no momento. Se é decretada a emergência, imediatamente deve-se adotar as medidas e não apenas anúncios de novas posturas e comportamentos.

Exemplo é a segurança pública, onde o crime recrudesceu. Para ilustrar, citemos apenas dois casos registrados ontem.

Um grupo formado por cinco homens fez um arrastão por volta das 7 horas da noite em um ponto de ônibus da rua Coelho de Resende a umas três quadras da avenida Frei Serafim. Armados, os bandidos exigiram que as mulheres lhes dessem as bolsas. E ficou por isso mesmo. Nada de polícia.

No interior, bandidos invadiram, na madrugada de ontem, a prefeitura de Marcos Parente, na região de Jerumenha e Floriano, fizeram um buraco na parede para terem acesso à agência dos Correios, de onde levaram uma impressora.

Sem nenhum resultado para a insegurança, a população de Cristino Castro, também no Sul do estado, fechou hoje as saídas da cidade, sinalizando que não mais aguenta a inércia do poder público.

No Jornal da Teresina de ontem, ouvintes de várias regiões da cidade telefonaram pedindo urgência nas medidas contra a insegurança pública. 

É inadiável. 

Estamos vendo mais policiais nas ruas, sim, mas isto não está oferecendo resultado. E a população quer resultado já.

O governo não aumenta impostos, tarifas, preços de combustíveis e tira benefícios com a maior agilidade possível? Por que não age rapidamente diante do caos na saúde e na segurança pública.

A população exige e o poder público tem a obrigação, o dever de atender aos seus reclamos.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 20.01.15



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