Temos discutido inúmeras vezes o crescimento da violência no
Brasil, especialmente em Teresina e no Piauí, alertando as autoridades, e
solicitando ações para contê-la.
Inerente ao ser humano, a violência, por se constituir de atos
de força, se manifesta sob as formas de guerras, conflitos étnico-religiosos,
preconceito, assassinato, fome, por exemplo. Os tipos são a violência física,
psicológica, verbal, sexual, moral, negligência, etc.
Alguns estudiosos afirmam que a violência não recrudesceu
tanto quanto se propala, mas, como os meios de comunicação social se ampliaram,
as notícias e informações sobre a violência ganham o espaço público com mais
força, permanecendo presente na memória coletiva.
Todavia, no Brasil contemporâneo, podemos identificar seu
crescimento não apenas por causa das notícias divulgadas pela mídia. A
população se ressente da falta de liberdade nas ruas, nas lojas, no comércio
popular, nos bancos e, o que é pior, dentro da própria casa.
O que terá contribuído para aumentar a violência na
sociedade brasileira? Estudiosos acusam, entre outros fatores, a fragilidade das
ações do poder público, seja no combate à marginalidade ou na inexistência de
políticas públicas capazes de evitar o surgimento de novos criminosos. A
reinserção do marginal na sociedade é
uma falácia.
Na verdade, sabemos que, ainda que o poder público busque
soluções, as demandas da sociedade não são devidamente atendidas talvez porque
as ações não são integradas, multifuncionais, multidisciplinares. Ou seja, cada
um procura fazer a sua parte e o resultado é ínfimo. O ditado “cada um por si, Deus
por todos e o diabo por alguns” é uma verdade.
Sociedade, igreja – de todas as denominações e credos -,
poder público – as instituições dos três níveis administrativos -, devem unir
esforços, sem preconceitos, sem interesses partidários – que são menores do que
os interesses populares.
Ou queremos transformar Teresina e o Piauí em um novo Rio de
Janeiro ou São Paulo?
Aí a culpa será de todos, principalmente das autoridades.
Domingos Bezerra
Filho
Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 26.01.15
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