Um fato vem incomodando a população de São Paulo, Rio de
Janeiro e Minas Gerais: as constantes faltas de água, em decorrência do
sucateamento das empresas públicas responsáveis pela produção do líquido.
Agora, depois de muitas tentativas de solução, as empresas
sinalizam que a população deve pagar pelo descalabro, ou seja, pela falta de
água, reduzindo sua distribuição por intermédio do racionamento.
Essas empresas públicas, cuja nefasta atividades levou à pauperização
dos seus ativos, tanto que impediu a realização dos investimentos necessários
tendo em vista atender aos fins para os quais foram criadas, deveriam ser
recuperadas.
Os gestores que provocaram tal fenômeno deveriam ser
responsabilizados pelos descaminhos, pela desídia, pela imperícia, pela negligência,
enfim, pela falência das empresas. Via de regra, a falência está aliada à
corrupção, esta chaga infernal, sepulcral, demoníaca, que corrói as finanças do
poder público e as esperanças do nosso povo.
Citamos como exemplo a situação deplorável da produção e
fornecimento de água nos três estados mencionados - São Paulo, Rio de Janeiro e
Minas Gerais - para que fiquemos atentos, aqui, diante dos problemas que todos
os dias são divulgados pela mídia.
A Agespisa, com dívidas quase impagáveis, se vê às voltas
com novas sugestões no sentido de transformá-la em autarquia, de tal forma que
se livre da liquidação desses débitos, os quais seriam transferidos para o
Estado. Parece que é assim que querem fazer.
Diz-se a plenos pulmões que a empresa foi saneada no governo
Freitas Neto, entre 1991 e 1994. Engraçado, pouco tempo depois quebraram a
empresa de novo.
E o povo, na praça, jogando milho aos pombos, enquanto na
sua casa faltam o feijão, o sonho e o livro.
E quando escasseiam o feijão, o sonho e o livro, talvez só
resta rezar, clamar aos céus, pedir perdão e exigir justiça.
Domingos Bezerra
Filho
Editorial do Jornal
da Teresina 2ª Edição de 23.01.15
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