terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Piauí precisa de ações urgentes e integradas

Temos insistido que o Piauí e Teresina têm urgência para sair da emergência. Historicamente na emergência, o estado carece de ações imediatas, integrando os vários órgãos e secretarias nos mais diversos campos e setores.

Ontem, o governador Wellington Dias (PT) e alguns gestores do Executivo estadual, além do prefeito Firmino Filho (PSDB) e do superintendente da Caixa Econômica Federal no Piauí, Emanoel do Bonfim Veloso Filho, reuniram-se para definir uma pauta de propostas a serem apresentadas ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab, sexta-feira, quando de sua visita a Teresina.

O encontro priorizou habitação e saneamento básico, dois temas de grande importância para o cidadão. Não só Teresina, mas o Piauí como um todo são devedores de ações neste particular aos seus moradores. O déficit habitacional em Teresina é de 32 mil unidades, segundo o IBGE. Em 2010 era de 37 mil unidades, ou seja, ainda precisamos trabalhar muito para reduzir essa injustiça.

Mas não é só isso. O saneamento básico na capital é ínfimo. O instituto Data Brasil informou que apenas 16,33% da população possuem coleta de esgoto, colocando Teresina na 5ª pior posição entre as capitais brasileiras.

O que significa isso? Uma cidade com mais de 30% de déficit habitacional e apenas 16,33% de saneamento básico, com uma população superior a 830 mil habitantes, tem problemas demais, significativos, problemas esses que provocam outros em efeito cascata.

Quem não tem casa é obrigado a alugar imóvel para morar, retirando do orçamento doméstico os recursos que seriam destinados a outras necessidades, fragilizando a educação e a saúde, por exemplo.

A falta de saneamento básico, bem como de outros equipamentos sociais como quadras de esporte, bibliotecas públicas, academias de ginásticas etc e tal, traz mais deficiências e contribui para a promiscuidade juvenil e a violência. 

Além disso, saneamento básico é sinônimo de saúde e economia. Saneamento básico é sinônimo de desenvolvimento porque quanto mais se economiza com a saúde, mais sobra para investimento no turismo, na educação, na segurança pública. Saneamento básico mantém íntima relação com a preservação do meio ambiente. Saneamento básico tem íntima proximidade com a segurança pública, a educação. Uma coisa puxa a outra. Tudo está interligado.

Nossas carências impõem novas posturas. As ações devem ser integradas. O Piauí tem urgência para sair da emergência.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da  Teresina 2ª Edição de 27.01.15



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