Temos insistido que o Piauí e Teresina têm urgência para sair
da emergência. Historicamente na emergência, o estado carece de ações
imediatas, integrando os vários órgãos e secretarias nos mais diversos campos e
setores.
Ontem, o governador Wellington Dias (PT) e alguns gestores do
Executivo estadual, além do prefeito Firmino Filho (PSDB) e do superintendente da
Caixa Econômica Federal no Piauí, Emanoel do Bonfim Veloso Filho, reuniram-se
para definir uma pauta de propostas a serem apresentadas ao ministro das
Cidades, Gilberto Kassab, sexta-feira, quando de sua visita a Teresina.
O encontro priorizou habitação e saneamento básico, dois
temas de grande importância para o cidadão. Não só Teresina, mas o Piauí como
um todo são devedores de ações neste particular aos seus moradores. O déficit
habitacional em Teresina é de 32 mil unidades, segundo o IBGE. Em 2010 era de
37 mil unidades, ou seja, ainda precisamos trabalhar muito para reduzir essa
injustiça.
Mas não é só isso. O saneamento básico na capital é ínfimo.
O instituto Data Brasil informou que apenas 16,33% da população possuem coleta
de esgoto, colocando Teresina na 5ª pior posição entre as capitais brasileiras.
O que significa isso? Uma cidade com mais de 30% de déficit
habitacional e apenas 16,33% de saneamento básico, com uma população superior a
830 mil habitantes, tem problemas demais, significativos, problemas esses que
provocam outros em efeito cascata.
Quem não tem casa é obrigado a alugar imóvel para morar,
retirando do orçamento doméstico os recursos que seriam destinados a outras
necessidades, fragilizando a educação e a saúde, por exemplo.
A falta de saneamento básico, bem como de outros
equipamentos sociais como quadras de esporte, bibliotecas públicas, academias
de ginásticas etc e tal, traz mais deficiências e contribui para a
promiscuidade juvenil e a violência.
Além disso, saneamento básico é sinônimo
de saúde e economia. Saneamento básico é sinônimo de desenvolvimento porque
quanto mais se economiza com a saúde, mais sobra para investimento no turismo,
na educação, na segurança pública. Saneamento básico mantém íntima relação com
a preservação do meio ambiente. Saneamento básico tem íntima proximidade com a
segurança pública, a educação. Uma coisa puxa a outra. Tudo está interligado.
Nossas carências impõem novas posturas. As ações devem ser
integradas. O Piauí tem urgência para sair da emergência.
Domingos Bezerra
Filho
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