Cabo PM Nunes foi morto sábado |
A morte do cabo PM Nunes, ajudante de ordem do governador
Wellington Dias (PT), quando deixava o filho de Wellington em uma casa na zona
Leste, na sexta-feira à noite, em uma tentativa de assalto, é o comentário
central em muitas rodas em Teresina.
Era de se esperar que isso ocorresse. Com as pessoas mais
simples e humildes há muito tempo ocorre. O trabalhador comum, o estudante, o
pai e a mãe de família vêm enfrentando o problema há décadas.
É difícil você encontrar uma pessoa em Teresina que não foi assaltada.
Todos andamos sobressaltados, com medo e pensando fazer justiça com as próprias
mãos.
Já alertamos aqui. E até dissemos que no dia em que uma
autoridade fosse assaltada o poder público tomaria decisões para diminuir a
criminalidade ou, pelo menos, reduzir a impunidade.
Não era isso que queríamos e não é o que queremos. Mas, com
a responsabilidade social de que a mídia é investida, avisamos, e não foi
apenas uma vez.
Bandidos já invadiram casa de policial. Bandidos já mataram
filho de juiz. Bandidos vivem matando os pobres e permanecem soltos a debochar
da sociedade. E algumas autoridades, ao que parece, debocham também do cidadão,
o cidadão que paga o seu salário.
No sábado, segundo relato de um motorista de táxi, um grupo
de jovens, usando linguagem pouco recomendável, referia-se a um dos rapazes
suspeitos de matar o cabo Nunes, com deboche em relação à polícia. É comum. Os
bandidos, audaciosos, desafiam a própria polícia.
Lamentamos profundamente o assassinato do jovem policial e
enviamos a sua família os nossos sentimentos, sentimentos de esperança na
justiça e fé em Deus.
Sentimos também pelo que passou o jovem filho do governador e
toda a sua família.
E diante deste caso e de tantos outros, como comunicadores
que somos, reivindicamos não só da justiça, mas dos legisladores tanto a
aplicação das leis como a reforma do arcabouço jurídico brasileiro.
É preciso salva a Pátria. É preciso renovar o Legislativo. É
preciso renovar a prática política. É preciso renovar a família brasileira. É
preciso criar um novo mundo em que os valores morais sejam a mola mestra das
nossas condutas.
Editorial
do Jornal da Teresina 2ª Edição de 09.02.15
Domingos
Bezerra Filho
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