quinta-feira, 16 de abril de 2015

Sorteados do Minha Casa Minha Vida podem perder imóveis


Termina nesta sexta-feira (17) o prazo para os contemplados na terceira etapa do programa Minha Casa Minha Vida fazerem o agendamento para a entrega da documentação.

A coordenadora de Habitação da SEMDHU (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação), disse que não haverá prorrogação do prazo.  (SEMDHU). “Cumpriremos, com rigor, este prazo final, uma vez que ele já foi estendido outras vezes, causando problemas, inclusive junto à Caixa Econômica Federal, que precisa dar continuidade ao processo de entrega das unidades habitacionais do programa e não consegue porque muitas pessoas não atendem aos prazos divulgados”, justificou.

As pessoas que foram sorteadas e não entregarem a documentação perderão o direito aos imóveis porque há pessoas no cadastro de reserva aguardando ser chamadas.

Ainda dá tempo. O interessado pode telefonar para (86) 3213-6001 ou se dirigir à sede do programa, localizada na rua Rui Barbosa,k 3079, bairro Matadouro, ao lado do Teatro do Boi, zona Norte de Teresina.

Até hoje, 199 contemplados não haviam entregue a documentação.




O POVO AO PODER - Poema de Castro Alves

O POVO AO PODER

Quando nas praças s'eleva
Do Povo a sublime voz...
Um raio ilumina a treva
O Cristo assombra o algoz...

Que o gigante da calçada
De pé sobre a barrica
Desgrenhado, enorme, nu
Em Roma é catão ou Mário,

É Jesus sobre o Cálvario,
É Garibaldi ou Kosshut.

A praça! A praça é do povo
Como o céu é do condor
É o antro onde a liberdade
Cria águias em seu calor!

Senhor!... pois quereis a praça?
Desgraçada a populaça
Só tem a rua seu...
Ninguém vos rouba os castelos

Tendes palácios tão belos...
Deixai a terra ao Anteu.

Na tortura, na fogueira...
Nas tocas da inquisição
Chiava o ferro na carne
Porém gritava a aflição.
Pois bem...nest'hora poluta

Nós bebemos a cicuta
Sufocados no estertor;
Deixai-nos soltar um grito
Que topando no infinito

Talvez desperte o Senhor.

A palavra! Vós roubais-la
Aos lábios da multidão
Dizeis, senhores, à lava
Que não rompa do vulcão.
Mas qu'infâmia! Ai, velha Roma,
Ai cidade de Vendoma,
Ai mundos de cem heróis,
Dizei, cidades de pedra,
Onde a liberdade medra
Do porvir aos arrebóis.

Dizei, quando a voz dos Gracos
Tapou a destra da lei?
Onde a toga tribunícia
Foi calcada aos pés do rei?
Fala, soberba Inglaterra,
Do sul ao teu pobre irmão;
Dos teus tribunos que é feito?
Tu guarda-os no largo peito
Não no lodo da prisão.
No entanto em sombras tremendas
Descansa extinta a nação
Fria e treda como o morto.
E vós, que sentis-lhes os pulso
Apenas tremer convulso
Nas extremas contorções...
Não deixais que o filho louco
Grite "oh! Mãe, descansa um pouco
Sobre os nossos corações".

Mas embalde... Que o direito
Não é pasto de punhal.
Nem a patas de cavalos
Se faz um crime legal...
Ah! Não há muitos setembros,
Da plebe doem os membros
No chicote do poder,
E o momento é malfadado
Quando o povo ensangüentado
Diz: já não posso sofrer.

Pois bem! Nós que caminhamos
Do futuro para a luz,
Nós que o Calvário escalamos
Levando nos ombros a cruz,
Que do presente no escuro
Só temos fé no futuro,
Como alvorada do bem,
Como Laocoonte esmagado
Morreremos coroado
Erguendo os olhos além.

Irmão da terra da América,
Filhos do solo da cruz,
Erguei as frontes altivas,
Bebei torrentes de luz...
Ai! Soberba populaça,
Dos nossos velhos Catões,
Lançai um protesto, ó povo,
Protesto que o mundo novo
Manda aos tronos e às nações.

terça-feira, 14 de abril de 2015

100 dias de Wellington Dias: O Piauí tem pressa

Governador Wellington Dias: muitos desafios a vencer (foto: Agência Senado)
Eleito no primeiro turno, com expressiva votação, em outubro do ano passado, o governador Wellington Dias (PT) completa 100 dias de administração com os mesmos desafios que encontrou em janeiro.

O Estado enfrentava sérias dificuldades. O governo devia a fornecedores, que foram obrigados a parar suas atividades. As obras permaneceram inacabadas e sem previsão de conclusão. O caos perdurou na educação, na saúde e na segurança pública.

A situação financeira do piauiense não melhorou efetivamente. Os auxílios efetuados por intermédio dos programas de complementação financeira apenas amenizam o problema.

Notícias divulgadas pelo governo federal, com a contribuição da tropa de choque dos políticos da situação, dão conta de que a vida do povo vai melhor. É certo que em alguns casos algumas coisas melhoraram, mas a pobreza envergonha a todos.

Ao assumir, o governador decretou emergência administrativa para abrir alternativas. Várias ações foram desencadeadas na segurança, na saúde, na educação, nas finanças públicas.

Reconhecemos que o país atravessa uma crise perigosa em vários setores, inclusive na moralidade dos costumes político-administrativos, a qual ameaça a estabilidade das instituições democráticas. Com o Piauí não é diferente.

Mas o que a população espera? A população aguarda ansiosamente por melhorias significativas especialmente nos setores nevrálgicos.

Com os aumentos registrados nos preços dos alimentos, dos combustíveis, dos aluguéis, dos produtos de limpeza – essenciais em uma residência -, dos medicamentos, do vestuário, dos imóveis, etc etc etc, a vida continua muito difícil para a maioria. Que o digam os mais carentes, parte expressiva da nossa comunidade.

Vamos caminhando vagarosamente. Mas temos pressa. Pressa para sair da mesmice, da ignorância, da mediocridade. Pressa para sair do fim da fila, que não anda. Vide as condições de atendimento hospitalar aqui e no interior.

O nosso atraso no impõe a pressa.

Pressa por justiça social e por respeito à dignidade humana.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 14 de abril de 2015



Aluísio Martins resgata PEC da ficha limpa engavetada na Assembleia

Aluísio Martins: no governo, só ficha limpa
O deputado Aluísio Martins (PT) está resgatando a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) apresentada, em 15 de fevereiro de 2011, pelo hoje prefeito Firmino Filho (PSDB), exigindo que todos os ocupantes de cargos em comissão no serviço público estadual sejam “ficha limpa”.

O parlamentar disse não entender o motivo que levou a PEC a ser engavetada, já que ela foi aprovada em primeiro turno. A PEC teve a assinatura de todos os deputados presentes no plenário na sessão do dia 15 de fevereiro de 2011.

Na época, o então deputado justificou que a sociedade brasileira tinha o desejo de melhorar a qualidade dos candidatos com o projeto de iniciativa popular com mais de 1 milhão de assinaturas, mas o mesmo não ocorria com os ocupantes de cargos comissionados.

Aluísio Martins disse que uma das suas bandeiras, a exemplo do que exige a população brasileira, é a luta contra a corrupção e, por isso resgatou a PEC da ficha limpa no Piauí.

João Henrique vai assumir a Secretaria de Relações Institucionais do governo federal

João Henrique volta a ocupar cargo no governo federal a convite de Michel Temer
 O vice-presidente Michel Temer (PMDB) convidou o ex-secretário de Administração de Zé Filho, João Henrique de Almeida Sousa (PMDB), para ocupar o cargo de secretário-executivo de Relações Institucionais do governo federal.

A secretaria foi incorporada às funções da Vice-presidência da República. A informação foi publicada no blog do Camarotti, do G1, na tarde desta terça-feira (14).

João Henrique mantém estreita relação de amizade com o vice-presidente. Devido a suas ligações com o Diretório Nacional do PMDB, ocupou os cargos de ministro dos Transportes de Fernando Henrique Cardoso e presidente dos Correios no governo Lula.

O ex-ministro e futuro secretário-executivo de Relações Institucionais terá a função de manter contato político do Palácio do Planalto com os congressistas.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

PTB se prepara para ter candidato a presidente da República

O PTB poderá ter candidato a presidente da República nas eleições de 2018. A informação é da presidente nacional da sigla, Cristiane Brasil, que esteve este final de semana em visita ao município de Francisco Santos, na região de Picos.

Ele disse que a agremiação se prepara para ser a quarta maior bancada no Congresso Nacional depois da fusão com o DEM (Democratas). Como tal, se apresenta como a terceira via para cargos majoritários não só em Brasília como em outros estados.

Indagada pelo jornalista Bartolomeu Almeida, que cobriu a visita dela para a TV Assembleia e Teresina FM, se o senador Elmano Férrer é o nome certo para disputar a prefeitura de Teresina no próximo ano, ela disse ter ele enorme popularidade, mas não sabe se ele tem interesse em ser prefeito mais uma vez.

A presidente do PTB afirmou que o partido é independente e não aprova o que o governo federal vem fazendo: retirando direitos dos trabalhadores. Além disso, não oferece nada para os aposentados.

Cristiane Brasil veio ao Piauí a convite do deputado estadual Fernando Monteiro (PTB).




Musa do Sertão

Presidente do PTB, Cristiane Brasil
A presidente do Diretório Nacional do PTB, Cristiane Brasil, revelou os dotes de cantora, no final da semana, ao entoar a música “Ai, se eu te pego”, de Michel Teló.

Foi em Francisco Santos, na região de Picos, durante festa comandada pelo deputado estadual Fernando Monteiro (PTB).






Ainda vem mais

Como não é de passar a mão na cabeça de adversário, Wilson Martins prepara novas adesões e ações para asfaltar o caminho do PSB no Piauí.

Mantém reuniões semanais com lideranças políticas com vistas a ampliar a própria atuação e a do partido.

Como fez quando era vice-governador de Wellington Dias e, antes, presidente do PSDB, que ganhou novos espaços no interior.


Wilson Martins ganha adesão de prefeito do PT

O ex-governador Wilson Martins não esqueceu a derrota sofrida na eleição de outubro para o Senado e para o governo do Estado, quando  perdeu para o PT, que elegeu Wellington Dias, e para o PTB, que elevou Elmano Férrer ao Senado.

Wilson apoiou a reeleição de Zé Filho (PMDB) e disputou a vaga deixada por João Vicente Claudino no Senado.

Pois bem: anunciou a filiação do prefeito de Sebastião Barros, Nivaldo Roberto Nogueira Rodrigues, do PT, ao PSB, que preside no estado.


quinta-feira, 2 de abril de 2015

Desigualdade econômica e desigualdade social

Desigualdade econômica é um termo muito utilizado na maioria dos países, principalmente os subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Alguns autores afirmam ser a expressão desigualdade econômica usada equivocadamente como desigualdade social. Na verdade, a desigualdade social é resultante da desigualdade econômica.

Um dos primeiros movimentos contra as desigualdades, sejam políticas, econômicas, sociais, culturais, foi a Revolução Francesa, como destaca o professor Francisco Mesquita de Oliveira no último número da revista Informe Econômico, publicada pelo curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Piauí. A Revolução Francesa criou o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. A partir de então, as idéias dos pensadores liberais ganhou o mundo e influenciou a libertação de vários países, inclusive o Brasil.

Aqui, a ideia de desigualdade social foi por muito tempo esquecida no porão da ignorância, da usura política, da dominação das elites e das oligarquias. A desigualdade social só ganhou discussão maior e ações efetivas no governo de Getúlio Vargas, na década de 30 do século passado, com o deflagrar da consagração dos direitos sociais.

Vários são os fatores fomentadores da desigualdade social, segundo as visões dos estudiosos: o desnível salarial entre as classes; a pouca liberdade econômica; a exploração do trabalho pelo capital; a existência da autoridade política, econômica, religiosa; a continuidade do poder político nas mãos dos mais aquinhoados economicamente etc, etc etc.

Como conseqüências da desigualdade econômica e social identificamos a marginalização de setores da sociedade; o retardamento do progresso; a pobreza; a favelização; o crescimento da criminalidade e da violência. E há mais, muito mais.

Com a adoção de políticas sociais nos governos Lula e Dilma reduziram-se as desigualdades, mas perduram a miséria e a pobreza em regiões mais degradadas economicamente país adentro.

Carecemos de ações efetivas no incentivo à produção e à produtividade, no aumento das oportunidades de educação geral e tecnológica da juventude e no aproveitamento dos idosos na produção da riqueza nacional.

As ações devem vir acompanhadas de iniciativas para a redução do aparelho estatal – extinção de alguns ministérios, por exemplo -, da burocracia – que incentiva a corrupção; da correção dos rumos da administração pública com punição dos envolvidos em desvios de conduta; da luta permanente contra os preconceitos, quaisquer que sejam.

Mas não é só isso. Muita coisa precisa ser feita.

Inclusive incentivar a união familiar, a solidariedade, o respeito à pessoa humana e o amor à Pátria.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 02.04.15