quarta-feira, 1 de julho de 2015

Advogado piauiense é aprovado para o CNJ em sabatina no Senado

Norberto (à direita) em sabatina no Senado (foto: Agência Senado)
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o nome do advogado Norbeto Campelo para o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em sabatina realizada na manhã desta quarta-feira (1º). O advogado ainda terá o nome submetido a votação no plenário do Senado e, em caso de aprovação, representará a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no CNJ durante o biênio 2015-2017.
Conselho federal, Norberto Campelo preside a Comissão Especial de Direito da OAB Nacional e já foi presidente da Seccional da OAB no Piauí entre 2007 e 2009. Graduado em Ciências Econômicas e Ciências Jurídicas pela UFPI (Universidade Federal do Piauí), especializou-se em Direito Público pela Universidade Federal de Minas Gerais e em Direito Empresarial pela Universidade Estadual do Ceará.
No Senado, o advogado piauiense apresentou sua trajetória pessoal e profissional, ressaltando o trabalho do CNJ e as dificuldades vivencias pelo judiciário piauiense. “Sem nenhuma dúvida, este é o momento mais importante da minha vida profissional. Em primeiro lugar fiquei muito honrado de representar a advocacia piauiense num momento tão importante e em uma das comissões mais importantes do país, poder ser inquirido livremente pelos senadores. Agora espero pela segunda etapa com a mesma humildade com que enfrentei a primeira. A expectativa é muito grande, pois a votação no plenário é o que define. Se aprovado, pretendo representar o nosso estado, a OAB e a advocacia com muita dignidade”.
Os senadores piauienses Ciro Nogueira e Elmano Férrer prestigiaram o discurso inicial de Norberto Campelo. O conselheiro federal da OAB Sigifroi Moreno Filho também esteve presente.



É preciso mudar o modelo de segurança pública no país

A proposta de emenda constitucional que reduz a maioridade penal de 18 para 16 anos nos casos de crimes graves foi rejeitada na madrugada desta quarta-feira (primeiro de julho). Ela precisava de 308 votos favoráveis, o equivalente a três quintos do número total de deputados, mas apenas 303 deputados votaram a favor e 184 votaram contra. A sessão registrou três abstenções.

Comentários nas redes sociais, em emissoras de rádio e de televisão apontam que a Câmara, especificamente neste caso, vai contra a opinião geral, segundo a qual a população brasileira pede a redução da maioridade penal porque não suporta mais a onda de crimes cometidos por menores de idade.

Há controvérsias e muita paixão expressa, originária, talvez, da apreensão em que nos encontramos diante de tantos assaltos, sequestros, estupros e outros crimes praticados de norte a sul e de leste a oeste no Brasil.

No Piauí, em que pese o esforço das autoridades da segurança para reduzi-las - e o tem conseguido - a violência e a criminalidade incomodam cada cidadão: em casa, no trabalho, na escola, na rua, na igreja. Em todo e qualquer lugar ninguém se acha seguro. Ontem, marginais invadiram uma escola na zona Norte de Teresina e levaram celulares e outros objetos das pessoas presentes.

Ainda neste semestre, o Congresso deverá votar a proposta que amplia para qualquer crime a redução da maioridade penal. Que posição os congressistas vão adotar?

O tema merece maior discussão. O ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, diz que o governo não tem condições de construir mais unidades prisionais para abrigar menores. Ora, o Brasil, reconheceu ontem o presidente dos Estados Unidos, é uma potência mundial, não regional.

Cá com nossos botões, entendemos que o Brasil pode tudo, sim. Basta que as autoridades assumam a que vieram e mudem suas posturas no trato da coisa pública.

Por exemplo, ainda gastamos demais com coisas supérfluas, como a existência de 39 ministérios na República e 40 deputados estaduais no Piauí. Estes exemplos se espalham pelo resto do país e a nação, boquiaberta, exige mudanças que não vêm.

Enquanto os descalabros insistem em nos desafiar, as crises econômica, política, moral, administrativa se sedimentam.

Mais um exemplo: o sistema prisional está falido. Falido no modelo administrativo, falido financeiramente, não se sustenta nem recupera ninguém.

O sistema judiciário carece de revolução e renovação.

O sistema político está carcomido.

O sistema de segurança pública, igualmente vencido e podre.

Não há segurança em lugar nenhum.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 01.07.15



terça-feira, 30 de junho de 2015

Pedala Teresina volta nesta quarta-feira na zona Sul


A capital do Piauí reedita nesta quarta-feira (1º de julho) o passeio ciclístico Pedala Teresina, que começa às 19h, na zona Sul, saindo da praça do Centro Social Urbano (CSU) do Parque Piauí.

O secretário de Esportes e Lazer do município, Galba Coelho, disse que o percurso será de 12 quilômetros. O passeio vai percorrer os bairros Parque Piauí, Promorar, Bela Vista, Saci e Lourival Parente.

“Nós decidimos fazer uma rotatividade nas zonas, começando dessa vez pela região Sul da capital. Nossa intenção é motivar o cidadão que possui pouco tempo a participar do passeio noturno pelos bairros”, disse Galba.

A Semel vai realizar sorteio de bicicletas como forma de interação com o público. “Com o projeto, vamos mostrar que pedalar pode trazer inúmeros benefícios no condicionamento físico e cardíaco”, justificou.

As inscrições estão sendo realizadas no ponto de largada do passeio, Ginásio Rui Lima, na praça do Bela Vista e na praça das Palmeiras, no Saci.




MEC prorroga prazo para renovação de contratos do Fies

A renovação dos contratos do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) poderá ser feita até o dia 20 de julho. O prazo terminaria nesta terça-feira (30), mas o Ministério da Educação determinou mais uma prorrogação, por intermédio de portaria publicada no Diário Oficial da União.

As renovações são feitas no Sistema Informatizado do Fies (SisFies), disponível nos sites do Ministério da Educação e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação.

O programa oferece financiamento das mensalidades de cursos em faculdades e universidades privadas com juros de 3,4% ao ano. O estudante começa a pagar o financiamento 18 meses depois da conclusão do curso.


A desconfiança dos industriais, a crise e a necessidade do arrocho

A FGV (Fundação Getúlio Vargas) divulgou que o índice de confiança da indústria (ICI) caiu 4,9% este mês em relação ao anterior, ou seja, saiu de 71,6% para 68,1 pontos.

Os especialistas explicam que quanto mais baixo o índice considerando-se 100 pontos, maior é o pessimismo dos industriais, o que significa que, neste caso, diminuiu a intenção da realização de novos empreendimentos.

A pesquisa com 1.200 empresas brasileiras busca basilar o governo e as lideranças empresariais no quesito política econômica e negócios de modo geral. O que se pôde notar é que o pessimismo atingiu elevado grau, refletindo as oscilações registradas na economia a partir do primeiro semestre de 2015.

Do lado do governo, entretanto, as autoridades da área econômica, embora reconheçam as dificuldades e a presença da crise, acreditam que a situação deve melhorar no final do ano ou no início do ano seguinte.

No Piauí, o presidente da Fundação Cepro (Fundação Centro Piauiense de Pesquisas Econômicas e Sociais), economista Cezar Fortes, como não poderia deixar de ser, comprova igualmente a existência da crise. Aliás, a queda no poder aquisitivo e nos investimentos públicos e privados é uma realidade facilmente visível.

No site da Fundação Cepro, Cezar Fortes diz que “as dúvidas repousam sobre o grau desta crise, sobre os setores mais afetados, as regiões que mais serão atingidas e sobre as faixas da população que pagarão a conta. É ingenuidade – segundo Cezar Fortes – pensar que o ônus será igualmente distribuído”.

Os menos aquinhoados com a fortuna são os que mais sofrem. Em nosso caso, como o Piauí é um dos mais pobres da Federação, é nítida a visão sobre o peso da crise no bolso do trabalhador, afetando sobremaneira a qualidade de vida das famílias piauienses.

Diante disso, é imprescindível não apenas ajustes fiscais, mas arrocho na distribuição dos recursos públicos para o custeio da maquia administrativa. O momento é de economia, economia até de palito.

Perdulário, o poder público local tem o grande desafio de reduzir as despesas em toda e qualquer rubrica, em toda e qualquer compra, em todo e qualquer setor. Infelizmente, não é isso que vemos.

O exemplo mais patente é a existência de 40 deputados quando elegemos apenas 30 para a Assembleia Legislativa. Mas este é apenas um detalhe. Há despesas imperdoáveis a cortar.

Esta é a ideia, cidadãos e vassalos piauienses.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 30.06.15




quinta-feira, 25 de junho de 2015

O enfrentamento dos problemas do mundo contemporâneo

O mundo contemporâneo enfrenta problemas crônicos, alguns surgidos no limiar dos séculos XX e XXI, outros mais antigos a desafiar a inteligência do homem comum e das lideranças espalhadas pelos quatro cantos da Terra.

Diante disso, a ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio para atacar de frente tais questões. No Brasil, a Secretaria-Geral da Presidência da República é responsável pela coordenação dos trabalhos visando a conquistar tais objetivos.

Nada menos do que 191 países-membros da ONU organizaram essas metas em setembro de 2000 que “objetivam tornar o mundo um lugar mais justo, solidário e melhor para viver”.

Vejam só: a previsão era de que até este ano, 2015, esses países deveriam alcançar os oito ODMs (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio), “como forma de solucionar alguns dos grandes problemas da humanidade, como pobreza, a fome e a desigualdade entre os sexos”.

Todos nós, como cidadãos, podemos e devemos participar. Como? Sua associação, qualquer que seja ela, pode participar. Sua empresa também pode emprestar seu apoio à causa, adotando, por exemplo, uma escola carente, contribuindo, desta forma, para melhorar a vida de comunidades periféricas.

E o que é comunidade periférica? Não é apenas aquela situada ao redor das cidades ou nos povoados e distritos mais distantes da área urbana, não. A comunidade periférica é aquela distanciada social, econômica, financeira e culturalmente da vida comum, ou seja, a comunidade periférica é marginalizada e seus membros sofrem a ação nefasta da injustiça social que lhe tira o sangue e a vontade de viver.

Então, vamos aos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, que ainda estão longe de ser alcançados.

  1. Acabar com a fome e a miséria
  2. Educação básica de qualidade para todos
  3. Igualdade entre sexos e valorização da mulher
  4. Reduzir a mortalidade infantil
  5. Melhorar a saúde das gestantes
  6. Combater a aids, a malária e outras doenças
  7. Qualidade de vida e respeito ao meio ambiente
  8. Todo mundo trabalhando pelo desenvolvimento

Os interessados podem acessar o site www.objetivosdomilencio.org.br, onde terá maiores informações sobre a participação, se lhe interessar.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 25.06.15



Enfermeiras organizam caminhada pela paz para este domingo

As técnicas em Enfermagem Yolanda Marques, Denise Dias, Isabel Pereira e Cleone Alves estão organizando caminhada pela paz para este domingo (28). A concentração será no Park Potycabana, na avenida Raul Lopes, zona Leste de Teresina, às 16h. Os manifestantes encerrarão o movimento na ponte Estaiada Mestre Isidoro França, no cruzamento com a avenida Petrônio Portella.

A manifestação é em protesto à violência e em defesa da paz e foi motivada pela violência praticada contra quatro adolescentes residentes em Castelo do Piauí, situado a cerca de 200 quilômetros ao norte de Teresina.

Os crimes de estupro, homicídio, tentativa de homicídio, formação de quadrilha, corrupção de menores, dentre outros, foram comandados, segundo a polícia, pelo homem identificado como Adão Sousa, de 40 anos. Quaro homens adolescentes participaram do estupro coletivo.

Uma das meninas, Daniele Rodrigues, morreu na semana passada, vítima dos crimes cometidos no dia 27 de maio. Os bandidos estupraram as garotas, torturaram-nas física, moral e psicologicamente e depois as lançaram de cima de um morro de cerca de 7 metros de altura.

As técnicas de Enfermagem explicaram que ficaram sensibilizadas com tamanha violência e, por isso, decidiram encampar a manifestação com caminhada que sairá às 16 horas deste domingo, 28.

“Paz e Justiça – Liberdade para Viver”, este é o lema da caminhada. As moças dizem que não querem vingança, mas exigem justiça para os crimes. Toda a comunidade teresinense está sendo convidada. A camiseta confeccionada está sendo comercializada a R$ 15,00. A renda será doada para uma das moças sobreviventes porque os pais dela são idosos, carentes e moram na zona rural de Castelo do Piauí.

A cor preferencial da roupa é branca, mas o importante é a participação, segundo as organizadoras, que trabalham no HUT (Hospital de Urgência de Teresina). Elas ainda precisam de mais ajuda, principalmente água. Quem quiser colaborar pode ligar para 8865-9019, 9905-3018 e 8812-3181.









PSDB concede Medalha do Mérito Tucano a militantes históricos

O Diretório Municipal do PSDB de Teresina entregou nesta quarta-feira (24), na Câmara Municipal, a Medalha do Mérito Tucano a dois históricos militantes do partido: Matias Augusto Matos e Francisco Feitosa da Silva.

O presidente do diretório, ex-vereador Chico Wilson, disse que a outorga da Medalha é o reconhecimento da agremiação aos militantes e filiados que, ao longo da história, vêm contribuindo para difundir a ideologia e o trabalho tucanos.

Chico Wilson lembrou as realizações na prefeitura de Teresina e no governo da República, para ele significativas no sentido de mudar as estruturas sociais e econômicas locais e nacionais. Dentre várias obras citadas, destacou o programa Vila Bairro, em Teresina, e a estabilização da economia brasileira com a criação do Plano Real.

O tucano Francisco Feitosa da Silva, profissional de grande experiência no ramo gráfico local, se disse orgulhoso e agradecido pela homenagem em discurso emocionado pronunciado da tribuna.

O ex-secretário Matias Matos contou momentos da história do PSDB de Teresina, enfatizando a importância do professor Wall Ferraz na sedimentação da ideia tucana em nosso meio. Em vários momentos arrancou gargalhadas da audiência ao narrar fatos pitorescos da história partidária.

Wall Ferraz foi lembrado também pelo prefeito Firmino Filho, que, além de relatar pontos cruciais da participação dos líderes tucanos na reorganização administrativa, política e econômica do país, dissertou sobre o momento político atual, historiando, antes, a origem dos problemas locais e nacionais e apontando sua respectiva solução.

Firmino falou dos princípios norteadores da social-democracia, da importância da liberdade política e econômica, da estabilidade econômica patrocinada no governo do PSDB, destacando a forte presença tucana na condução de caminhos para superação dos os desafios que o Brasil sempre enfrentou.

A Medalha - A Medalha do Mérito Tucano foi instituída na gestão Chico Wilson à frente do partido na capital. A primeira edição ocorreu em 2013, quando foram homenageados a ex-deputada federal Myriam Portella e o ex-deputado estadual José Reis Pereira. No ano passado, a Medalha foi concedida ao professor Olímpio Castro e à advogada Francisca Ramos.

A Mesa de Honra foi composta por Firmino Filho, Chico Wilson, deputados estaduais Firmino Paulo (PSDB), Júlio Arcoverde (PP), Luciano Nunes Filho (licenciado, presidente da Fundação Municipal de Saúde), vereador Luiz Lobão (PMDB, presidente da Câmara Municipal), Matias Augusto Matos e Francisco Feitosa da Silva.



quarta-feira, 24 de junho de 2015

Fazenda da Paz realiza mais uma caminhada

A caminhada atrai milhares de pessoas em Teresina
A Sétima Caminhada da Fazenda da Paz será realizada neste domingo (28), a partir das 7h, com concentração no cruzamento da avenida Frei Serafim com rua Coelho de Resende, Centro de Teresina.

O coordenador da comunidade terapêutica, Célio Luiz Barbosa, disse que o objetivo da caminhada é sensibilizar a sociedade para as ações que devem ser realizadas na cruzada contra as drogas.

Todos os anos, o movimento acaba na Câmara Municipal de Teresina, onde é realizada uma audiência pública, com a votação de projetos sobre o tema, avançando nas ações contra as drogas e no apoio aos dependentes químicos.

Durante os seus 21 anos de existência, a Fazenda da Paz atendeu a cerca de 20 mil pessoas, com 65% de recuperação e inserção dos dependentes no mercado de trabalho.

A entidade completa 21 anos nesta sexta-feira (26) e, para marcar a passagem da data, celebra as duas décadas com missa, às 19h, na Igreja de Nossa das Dores, na praça Saraiva, centro-sul da cidade.



Cai ideia de fusão do PPS com o PSB

O PPS e o PSB não vão mais formar um só partido. As divergências eram grandes entre lideranças e militantes.
Socialistas, as duas siglas poderão até aliar-se em nível nacional para uma candidatura a presidente.
O presidente do PPS no estado, Celso Henrique, ainda andou se reunindo com lideranças do PSB, mas as conversas não evoluíram nem aqui nem em Brasília.


Mesmo com os descalabros é preciso acreditar

Há mais ou menos duas semanas Teresina se deparou com um problema sério: a interdição da BR-316, na saída sul da cidade. Ocupantes dos apartamentos do residencial Torquato Neto, na região do Porto Alegre, reivindicavam a oficialização das moradias. A polícia foi acionada para conter o movimento.

Cerca de 3 mil famílias provenientes de vários bairros, alegando sem ter onde morar, ocuparam os imóveis. Os apartamentos foram sorteados, mas os verdadeiros donos para lá não se mudaram. Os ocupantes alegavam que muitos desses proprietários não precisam das casas.

Ontem, uma emissora de tevê inseriu reportagem sobre o abandono de casas e apartamentos em alguns estados. Muitos deles abandonados ainda em construção devido a problemas com as construtoras.

Enquanto isso, milhares de pessoas, dentre crianças, idosos e adultos, precisam de abrigo. As famílias são obrigadas a pagar aluguéis caros, reduzindo o seu poder de compra e sua dignidade porque diminui o dinheiro para as obrigações escolares, o transporte, a comida, o lazer, o vestuário, o medicamento etc.

Ao mesmo tempo, equipamentos públicos construídos nesses conjuntos residenciais são abandonados e atraem vândalos. É o que ocorre com o Espaço Cultural Raimundo Pereira, no Residencial Jacinta Andrade, na zona Norte de Teresina. Os vândalos já quebraram as portas de vidro e outras instalações do prédio, segundo divulgou hoje o jornal Diário do Povo.

E não é só isso. Há muitos exemplos do desperdício do dinheiro público, enquanto boa parte da população permanece abandonada nos porões da indignidade, e nada, absolutamente nada acontece com os dilapidadores dos recursos financeiros do povo.

Em meio a tanto descalabro, vereador de uma cidade do Pará diz que só pode sobreviver se for corrupto. Vocês devem se lembrar de que se atribuiu ao ex-presidente Lula declaração segundo a qual só é possível governar com os mensalões.

Agora, o presidente alerta que o PT perdeu um pouco da utopia e que muitos dos seus filiados só pensam em cargos e em se eleger. Tal postura é comum na política brasileira, que busca renovação.

O que está fazer? Repensar a condução da coisa pública, repensar em construir a vida verdadeira em que as pessoas sejam respeitadas. Regenerar a nação e refazer a República.

Acreditar. Sim, acreditar. Ainda não é o fim do mundo.

Vivemos uma crise moral que a inteligência brasileira há de vencer.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 24.06.15


quinta-feira, 11 de junho de 2015

Editorial: Piauí de fora mais uma vez 1

Ainda repercute e é salutar que assim o seja, sempre, a falta de inclusão do Piauí no PIL (Programa de Investimento em Logística) desengavetado pelo governo federal que objetiva privatizar aeroportos, rodovias, ferrovias e portos. Os investimentos totalizarão R$ 198,4 bilhões, dos quais R$ 69,2 bilhões serão aplicados no período de 2015 a 2018, ou seja, ainda no segundo mandato da presidente Dilma Rousseff.

Estados que receberão alguma coisa reclamaram do que acharam pouco, como o Paraná, onde serão investidos R$ 11 bilhões em infraestrutura. “Uma fatia pequena”, bradou um jornal paranaense.

Para o Piauí, nada, absolutamente nada.

Os bancos privados e o mercado de capitais poderão aumentar sua participação no financiamento às empresas que irão se submeter aos leilões de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deverá exercer papel importante no processo.

Há muito tempo se fala na duplicação das BRs 316 - em demanda do sul do estado, de Teresina para Demerval Lobão – e 343 – na direção do norte, de Teresina para Altos. Há muito tempo se fala na reforma do aeroporto Petrônio Portella, ali no bairro Aeroporto, aqui na capital. Há muito tempo se fala na conclusão do porto de Luiz Correia, no litoral. Há muito tempo se fala na construção do porto seco de Teresina, na zona Sudeste da cidade.

Todos esses empreendimentos exigem muito dinheiro, pelo menos para os combalidos cofres do Piauí. Os cofres do Planalto Central Brasileiro são fortificados com o mais precioso metal. É dinheiro que não acaba mais. Nem assim o filho enjeitado da Pátria sensibiliza os engravatados dos cerrados palacianos do Distrito Federal.

Vão dizer, se já não estão dizendo, que o Piauí está sendo aquinhoado com isso e aquilo. Ora, ações emergenciais são adotadas conforme a necessidade. Vão dizer, se já não estão dizendo, que temos o benefício da construção do maior conjunto residencial da América Latina, ou do País, o Jacinta Andrade.

Ora, senhoras e senhores, autoridades e barnabés, cidadãos e vassalos, o Piauí carece de medidas que o retirem da pasmaceira em que secularmente se encontra. Somos acostumados com paliativos, com remendos, com recauchutagens dos pneus carecas da nossa frágil economia.

Não queremos impedir os investimentos nos 16 estados beneficiados, não.

Somos uma família, com suas diferenças e semelhanças naturais, formamos uma federação, constituímos uma nação e nos identificamos como Pátria.

Domingos Bezerra Filho


Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 11.06.15

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Academia de Ciências vai funcionar no Auditório Herbert Parentes Fortes

Governador (ao entro) recebe diretores da Academia de Ciências do Piaui
A Academia de Ciências do Piauí já tem lugar para funcionar. A sede será no Auditório Herbert Parentes Fortes, localizado ao lado do DER (Departamento Estadual de Estradas de Rodagem).
O acordo foi firmado entre a Fapepi e a entidade, com a anuência do governador Wellington Dias, que prometeu ajudar a academia.
O presidente da Fapepi, Francisco Guedes, disse que para abrigar a Academia de Ciências do Piauí, o local será reformado e cedido em regime de comodato.
Guedes disse considerar “fundamental a estruturação do auditório para a Academia de Ciências do Piauí ter um local adequado para seus eventos, e a Fapepi, como fundação de apoio a pesquisas, coloca-se à disposição para realizar as parcerias necessárias para o engrandecimento da ciência, tecnologia e inovação no estado do Piauí”.




segunda-feira, 8 de junho de 2015

Piauí chora a morte da adolescente Daniele Rodrigues

O Piauí chora a morte de Daniele Rodrigues, de 17 anos, ocorrida no final da tarde deste domingo (7). Choram bem mais, sem consolo, seus familiares e amigos, especialmente seus pais.

O crime hediondo foi praticado no dia 27 de maio, quando cinco elementos – quatro menores e um maior, já de 40 anos – estupraram, torturaram e tentaram matar quatro meninas de idade entre 15 e 17 anos em Castelo do Piauí, situado a cerca de180 quilômetros ao norte de Teresina.

A saúde das três outras meninas é estável. Daniele não teve a mesma sorte.

O que fazer, agora que perdemos mais uma menina inocente, morta por monstros enlouquecidos pela droga?

A população clama por justiça. Que a justiça seja feita. Que os culpados, após o correspondente processo legal, paguem pelos crimes. Não foi apenas um crime. Estupro, tortura, tentativa de homicídio e o próprio homicídio que agora se efetivou com o desaparecimento de Daniele.

A sociedade brasileira não tolera mais a impunidade que garante a bandidos a liberdade e a continuidade do cometimento de crimes de toda espécie.

O Estado brasileiro envergonha a todos tal a monta de crimes praticados por todo tipo de gente. Gente de paletó e gravata, gente de menor idade, gente dos mais baixos escaninhos sociais, gente dos mais altos escalões do país. Gente que transforma a vida dos inocentes em um inferno, que estupra e mata crianças e que não é devidamente punida. Gente que rouba o dinheiro do povo e mata de fome a inocência brasileira.

A família brasileira, instituição exponencial na formação do caráter do indivíduo, chora. Chora enquanto os congressistas se esquecem de ordenar ou reordenar a vida nacional.

A família brasileira chora ao mesmo tempo em que cobra ações das autoridades constituídas não apenas para os casos de violência social, mas igualmente para os desmandos administrativos.

Todo desvio de conduta carrega em seu interior uma série de outros deslizes. Os exemplos estão aí a desafiar a inteligência, a responsabilidade e a dignidade nacional.

O cidadão, a família, a sociedade, a Pátria aguardam mudança urgente na legislação e o cumprimento das leis que disciplinam a vida comunitária.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 8 de junho de 2015




terça-feira, 2 de junho de 2015

PSB anuncia fim da trégua na batalha contra o governo do PT

O ex-governador Wilson Martins anunciou o fim da trégua na batalha contra o PT, iniciada nas eleições do ano passado, quando o PSB, presidido por ele, apoiou a candidatura do então governador Zé Filho (PMDB).

Segundo Wilson Martins, quando o eleitor vota em um candidato não pensa se haverá seca ou crises. O que o eleitor quer é resultado e já é tempo de o governo de Wellington Dias mostrar resultados.

Wilson Martins foi aliado de Wellington Dias durante três governos: no primeiro governo de Wellington foi secretário do Desenvolvimento Rural; no segundo, foi vice-governador, assumiu com a renúncia do petista e foi reeleito tendo Zé Filho como vice. Renunciou e apoiou a candidatura de Zé Filho, que perdeu para Wellington Dias no ano passado.






Wellington assina decreto que regulamenta fundo de pesquisa

O governador Wellington Dias assinou, nesta segunda-feira (1º), decreto que regulamenta o Fundo de Pesquisa e Desenvolvimento Técnico-Científico do Estado do Piauí (Fundes). Ele também lançou quatro editais da Fapepi (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí).

O Fundes foi criado pela lei nº 5.790/2008 para financiar pesquisa científica por intermédio da concessão de bolsas e auxílios para a ciência, tecnologia e inovação e capacitação de profissionais na área.

Os financiamentos de pesquisa totalizam R$ 3.740.000,00, dos quais R$ 1.530.000,00 oriundos do tesouro estadual e R$ 2.210.000,00 do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).



Piauiense confessa constrangimento em casas de saúde

Cerca de 8% da população piauiense sofrem constrangimento ao necessitar de algum serviço de saúde. O dado consta da Pesquisa Nacional de Saúde 2013, realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

A população considerada de cor é a mais prejudicada. Das pessoas que integram esse grupo 88,5% são pretos ou pardos, dos quais 80% se consideram pretos.

Com relação aos dados nacionais, 53,9% afirmaram ser o preconceito motivado pela falta de dinheiro. A classe social também é um dos motivos para a discriminação, bem como tipos de ocupação (15,6%), doença (14,8%), dentre outros.





segunda-feira, 1 de junho de 2015

Populares atendem a pedido e lotam Hemopi para doar sangue a garota violentada

Populares teresinenses lotaram o Hemopi (Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí) em atendimento ao pedido feito pelo diretor do HUT (Hospital de Urgência de Teresina), medido Gilberto Albuquerque, para doação de sangue e plaquetas a uma das adolescentes estupradas e torturadas na semana passada em Castelo do Piauí, na região Norte do estado.

Em vídeo postado na internet, Gilberto Albuquerque pediu o apoio da população no sentido de que doasse sangue para a moça. A população atendeu prontamente e lotou o Hemopi. Estudantes, policiais, trabalhadores, profissionais liberais se aglomeraram na sala de espera do local.

A moça, de 17 anos, precisa submeter-se a cirurgia. O estado de saúde dela inspira cuidados.

Todos os suspeitos foram presos. São quatro adolescentes e um maior de idade. Este, identificado como Adão José da Silva, de 40anos, é suspeito de liderar o grupo.






Editorial: a violência contra as meninas de Castelo do Piauí e a solução para a criminalidade

Os crimes praticados contra as quatro adolescentes de Castelo do Piauí na semana passada reacende a discussão sobre a redução da maioridade penal, favorecendo o surgimento de opiniões as mais diversas. As garotas foram estupradas, torturadas e arremessadas, de um morro, da altura de cerca de sete metros em direção ao nada. Com requintes de crueldade, os criminosos, menores, indagavam se elas sabiam voar.

Perversidade maior não existe. Na há desculpas. Não há perdão. Este, o perdão, só de Deus. Ao homem cabe punir, aplicar o merecido corretivo para servir como exemplo a outros tendentes ao cometimento do mesmo tipo de crime ou de delitos de outra espécie. Não estavam eles, os bandidos, a fazer nenhuma revisão de conduta das meninas. E mesmo que assim o fosse não se justificaria tamanha maldade.

Em alguns países determinado tipo de crime é punido com prisão perpétua, pena de morte, ou penas mais brandas. A pena de morte ocorre sob várias graduações, ou seja, por apedrejamento, cadeira elétrica, fuzilamento etc. No Brasil, ela não é permitida em tempos de paz.

O artigo 213 do Código Penal Brasileiro prevê reclusão de seis a dez anos para o crime de estupro, considerado hediondo. Se da conduta resulta lesão corporal de natureza grave ou se a vítima é menor de 18 ou maior de 14, a pena de reclusão passa de oito para 12 anos. Se da conduta resulta morte a pena de reclusão é de 12 a 30 anos.

Se o estuprador for menor? Este é um grande problema. A questão fica para os operadores do direito e para a sociedade, de modo geral, que precisa, por dever de justiça, discutir o assunto.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que vai pôr neste mês a proposta de redução da maioridade penal para discussão e votação. A população brasileira clama por mudanças. Ouvir o sentimento popular é obrigação do político, de qualquer autoridade.

Aprofundar o estudo, o questionamento, as discussões é imperativo dos tempos de hoje. A responsabilidade é geral e irrestrita. Ninguém deve dela se demitir.

Há que punir os maus, caso contrário os bons desacreditarão no poder da justiça e não mais irão confiar na construção de uma sociedade justa, fraterna, solidária, igualitária, cristã. E não teremos mais nem ordem nem progresso. Nem família nem Pátria.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 01.06.15



sexta-feira, 29 de maio de 2015

Antônio José diz que sai do DEM se houve fusão com o PTB

Antônio José: saio imediatamente
O vereador Antônio José Lira disse, nesta sexta-feira (29) que sai do PDEM (Democratas) se o partido fundir-se com o PTB.Antônio José lembrou que passou 20 anos para se eleger vereador de Teresina, lutou para reorganizar o partido e não é justo, agora, depois de muita luta, jogar tudo por água abaixo.

“O DEM está organizado. Foi muita luta, muito sacrifício. Agora estão querendo empurrar um prato feito goela abaixo. Não aceito a fusão. Se ela vier, eu saio”, destacou.

Antônio José Lira é o atual presidente do DEM em Teresina.



Editorial: ainda a violência contra meninas de Castelo do Piauí

A violência praticada contra as quatro adolescentes de Castelo do Piauí nesta quarta-feira é sintomática da crise moral, embora determinadas pessoas queiram ver o caso de forma isolada.

A delinqüência juvenil é uma realidade em todo o estado do Piauí e no Brasil. As menores cidades piauienses contabilizam ações que denotam a degenerescência social.

No ano passado, a prefeitura de Coivaras, salvo engano, veio a Teresina pedir apoio às autoridades da Segurança Pública para conter a onda de violência, uso e tráfico de drogas na cidade. E olha que Coivaras é uma cidade pequena, menor do que Castelo do Piauí.

O problema é sério e, repetimos, não é isolado. A droga campeia. Os traficantes vendem seus produtos até dentro de escolas. Sua primeira ação é a atração do incauto juvenil, oferecendo-lhe gratuitamente o produto.

Depois, quando o menino ou a menina vão se tornando dependentes, vendem a droga sob ameaça. Quando não há o devido pagamento pelo produto, ameaçam até seus familiares. Esses meninos e meninas furtam alguma coisa de casa para pagar ao traficante ou para adquirir nova quantidade de droga e, assim, alimentar o vício cada vez mais pernicioso, prejudicial a si, à sua família e à sociedade.

Este é um caso de saúde pública e não somente de polícia. É uma doença social. É uma peste que ocupa o espaço social por causa da peste moral.

As ações a serem desenvolvidas, de modo geral, devem envolver a transdisciplinaridade, a diversidade de atividades, a comunhão de esforços e atitudes dos vários setores da superestrutura social, ou seja, das autoridades competentes, responsáveis pelo direcionamento e ordenamento social.

E envolve a família. Esta, a célula mater da sociedade, já que a Pátria é a família amplificada conforme o ensinamento de Ruy Barbosa.

O problema não é de fácil solução. Exige o envolvimento de todos.

Sobre a punição aos suspeitos, ela deve ser rígida, não interessam os motivos que os levaram a enveredar pelo mundo do crime. É preciso punir. É preciso vigiar e punir.

Mas que fique a lição para cada família, cada cidadão, cada pai e cada mãe; para cada irmão e cada irmã, cada parente, cada autoridade.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 29.05.15



quinta-feira, 28 de maio de 2015

Diretora da Teresina FM recebe homenagem da Fiepi

Nicole Aguiar: reconhecimento pelo trabalho pelo desenvolvimento socioeconômico do Piaui
A diretora geral da rádio Teresina FM (91,9 Khz), Nicole Elshout de Aguiar, recebe nesta quinta-feira (28) a Medalha do Mérito Industrial Simplício Dias, a mais elevada condecoração da indústria piauiense, concedida pela Fiepi (Federação das Indústrias do Estado do Piauí).

A condecoração é o reconhecimento da instituição representativa de todas as empresas do segundo setor da economia local aos serviços prestados por personalidades piauienses ou não ao desenvolvimento socioeconômico do estado.

Nicole Aguiar se disse agradecida e garantiu que a Teresina FM permanece firme no propósito de contribuir para o desenvolvimento do Piauí.

Além de Nicole, receberão a Medalha as seguintes autoridades e empresários: Antônio Luís Soares Santos (superintendente da Receita Estadual – Secretaria da Fazenda); Francineto Luiz de Aguiar – Frank Aguiar (vice-prefeito de São Bernardo do Campo, SP, artista); Gustavo Soares Salsa – empresário (Ouro da Mina); Igor Lira Ribeiro Gonçalves de Carvalho – empresário (Cachaça Lira); Karla Lages Monte de Carvalho – empresária (K2 Jeans); Marcos Luciano Leal Veloso – empresário (Construtora Ello Engenharia); Patrícia Carvalho Freitas Rodrigues – empresária (Cacique Pneus) e Raimundo Eufrásio Alves Filho – magistrado (Tribunal de Justiça do Estado do Piauí).

A solenidade de entrega da Medalha será realizada às 19h30 no auditório Senador Fernando Bezerra, na sede da Fiepi, localizada na avenida industrial Gil Martins, Edifício Albano Franco, bairro Redenção, zona Sul de Teresina.

A Fiepi é presidida pelo empresário e ex-governador Antônio José de Moraes Sousa Filho, o Zé Filho.

A outorga da honraria integra as atividades de comemoração do Dia da Indústria, 25 de maio. Dentre as personalidades homenageadas com a Medalha estão o vice-presidente Michel Temer.








quarta-feira, 27 de maio de 2015

Câmara conserva modelo atual da proporcionalidade nas eleições

Há cerca de 30 anos tramita na Câmara dos Deputados a proposta de reforma política. São vários modelos. Alguns, já do conhecimento nosso, aos quais o eleitor está acostumado, como o sistema proporcional com validação dos votos dos candidatos para os partidos político e coligações.

Ontem, os deputados federais decidiram pela permanência do modelo atual, rejeitando o distritão e o distrital misto.  Permanece o sistema proporcional, que contabiliza os votos dados individualmente aos candidatos de um partido e os da legenda. A partir daí é feito o cálculo de quantas vagas cada partido consegue preencher. Outras mudanças ainda serão discutidas.

Tem gente que acredita ser a reforma política o remédio para todos os males da política brasileira. Acreditamos que não.

Para consertar o país e melhorar sua condição no contexto das nações é preciso regenerar a nação, como já se falou aqui em editorial do ano passado em que lembramos a contribuição de Machado de Assis ao discorrer sobre a participação da literatura na construção da vida nacional.

O Brasil precisa das reformas política tributária, da concepção de um novo pacto federativo, do respeito aos princípios democráticos – os quais primam pela diversidade de opiniões e idéias. O Brasil precisa resgatar, por intermédio da educação renovadora, o sentimento do civismo, do valor do amor pátrio.

A efervescência que testemunhamos no meio social, com o surgimento de denúncias e posterior julgamento dos envolvidos, oferece-nos um sinal de que estamos mudando.

As mudanças culturais não ocorrem de uma hora para outra. Com o correr do tempo elas se solidificam. Estamos aprendendo e reconstituindo os valores necessários à convivência pacífica, democrática, fraterna.

Como afirmamos no editorial de agosto do ano passado: a nação precisa se reconstruir, ou melhor, constituir-se num organismo vivo, pulsante, palpitante, coeso, forte, sereno, com densidade tanta que sua presença na geopolítica mundial se imponha como força transformadora das várias sociedades igualmente injustas, sem dependência dos financistas internacionais que amealham fortunas e aniquilam os mais pobres.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 27.05.15



terça-feira, 26 de maio de 2015

Pesquisa da Strans constata melhora no fluxo de trânsito na zona Leste

Ponte estaiada Mestre Isidoro França
O diretor de Trânsito e Sistema Viário da Strans (Superintendência de Transportes e Trânsito de Teresina), José Falcão, disse que pesquisa nas pontes da zona Leste constatou que as mudanças feitas na área nos últimos meses melhoraram o fluxo de veículos.

“Fizemos esse estudo para verificar se ouve uma melhor utilização das pontes após as intervenções feitas na zona Leste. Com isso, percebemos que aumentou a quantidade de veículos utilizando a ponte estaiada, que anteriormente era uma ponte subutilizada pelos condutores”, disse.

Falcão reforçou que a proibição da conversão à esquerda trouxe mais agilidade na circulação de carros nas principais avenidas da região. “Percebemos que a avenida Dom Severino, que é um importante corredor de fluxo de veículos, está menos congestionada e com mais fluidez, especialmente nos horários de pico”, declarou.



Firmino anuncia inicio de nova fase do projeto Lagoas do Norte

Firmino inaugura obras em agosto
O prefeito Firmino Filho (PSDB) anunciou para até o final do ano o início das obras da segunda etapa do projeto Lagoas do Norte, que vai absorver recursos no valor de R$ 100 milhões. A liberação da verba está em negociação junto ao Banco Mundial.

Firmino esteve na semana passada em Washington (EUA), onde proferiu palestra, para técnicos do Banco Mundial, sobre o projeto e os benefícios trazidos por ele à população. O prefeito foi convidado para falar aos americanos pela passagem da Semana da Água.

Segundo Firmino, serão feitas várias intervenções urbana com a introdução de espaço de cultura e lazer, construção de moradias, de calçamento e asfaltamento de ruas e avenidas.

A primeira etapa do Lagoas do Norte consumiu verba no valor de R$ 33 milhões. O projeto data da administração Silvio Mendes, retomado por Firmino Filho.

PSDB – Firmino disse que o PSDB vai permanecer unido em Teresina. “Somos um partido pequeno e não temos por que nos dividir. Nós vamos encontrar o consenso e o partido vai ficar unido”, garantiu ao ser indagado sobre os desentendimentos entre ele o deputado Marden Meneses, que pretende se reeleger para a presidência do Diretório Estadual do PSDB.



O caso Marcelo: Piauí é mais uma vez humilhado

Marcelo Castro foi desrespeitado pelo presidente da Câmara 
Você está interessado em reforma política? Que sistema de governo você escolheria? Que sistema eleitoral seria melhor para o país? Por que você escolhe um político rico e não um pobre?

Estas perguntas, embora não sejam as que você talvez esteja formulando, nos interessam para afirmar uma coisa: os políticos não querem fazer reforma política nenhuma.  O povo também não. As pessoas não estão nem aí. O que interessa é o bolso com dinheiro e a panela com feijão, carne e arroz.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do Rio de Janeiro, o estado incluído na região dos “superiores brasileiros”, ignorou o relatório apresentado pelo deputado federal Marcelo Castro, do Piauí, o penúltimo estado na confederação desigual brasileira.

O problema não são apenas conflitos entre o parlamentar piauiense e o carioca. O grande problema é que não somos uma federação e o Piauí não existe. Minto, existe só para bater palmas e oferecer títulos de cidadão piauiense como o que oferecemos a Michel Temer e às centenas de falsas lideranças nacionais.

Tenhamos coragem de dizer a verdade: o Brasil é um país que não respeita os brasileiros. Ou melhor, os brasileiros do lado de cá não se respeitam. Passam a vida toda a puxar saco dos poderosos do Sul Maravilha, amargando a falsa distribuição da riqueza nacional.

Mas o que tem isso a ver com a reforma política? Tudo a ver. Da mesma forma que passamos a vida a puxar o saco dos sulistas, hoje batemos palmas para eles e eles nos ignoram, como o carioca vai agora ignorar o relatório apresentado por Marcelo Castro. Os do contra a verdade dirão que estou a defender o Marcelo. Não, isso não me interessa.

Voltemos ao início da República. Coelho Rodrigues produziu o texto do Código Civil Brasileiro, mas o governo de Floriano Peixoto não lhe permitiu aprovação e o que foi aprovado depois tem a assinatura do cearense Clóvis Belivácqua, casado com uma piauiense, a poetisa Amélia de Freitas Bevilácqua. Mas a base do texto era do piauiense.

É preconceito? De inferioridade? De superioridade? É arrogância? Ou mendicância?

Somos acostumados a mendigar cargos ao Planalto e receber breves tapinhas nas costas para agradar a pequenas lideranças, a lideranças de burgos, a lideranças humílimas que se rebaixam aos grandes líderes nacionais e, aqui, humilham os paupérrimos piauienses.

O Piauí, rebaixado mais uma vez, diz sim aos poderosos do Planalto e, por isso, permanece na planície, a suplicar uma atenção, um pedaço de pão, uma verbinha de gabinete para distribuir nos porões da miséria que mata o povo no campo.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 26.05.15



segunda-feira, 25 de maio de 2015

Editorial: ano perdido para a indústria

Na semana passada, o vice-presidente da AIP (Associação Industrial do Piauí), Gilberto Pedrosa, esteve no Jornal da Teresina 2ª Edição e falou sobre a situação da indústria piauiense, cujo dia hoje se comemora.

Disse Pedrosa que a indústria só contribui com 12% para a formação do PIB (Produto Interno Bruto do Piauí). Alguns anos atrás esta participação ao chegava a 16,6%. Pode existir alguma discrepância de dados, mas a verdade que não pode ser camuflada é a pouca contribuição do setor industrial.

E não é por falta de interesse de nossos produtores, não. É porque o estado não conta com infraestrutura nem verba suficiente para investimentos. Melhorou, melhorou, mas é preciso apressar o passo.

Nesta segunda-feira (25), Joaquim Costa Filho, que assume mais uma vez a presidência da entidade, disse que o ano está perdido para a indústria.

Observou que se o ajuste fiscal perdurar do jeito que está sendo proposto teremos recessão no Brasil e no Piauí. “O índice de desemprego já é alto”, reconheceu o industrial, que se reuniu com o governador Wellington Dias e o secretariado com o objetivo de traçar metas para os próximos anos.

O Piauí precisa produzir não só na região dos cerrados, onde o agronegócio dá saltos animadores, mas também em outras regiões. Acontece que a carência em infraestrutua recursos financeiros é grande. Aí, então, é necessária a parceria entre os governos federal, estadual, as prefeituras e os setores produtivos.

Para exportar, precisamos, antes, investir na produção agrícola e na sua industrialização, construir o porto seco em Teresina, recuperar a estrada de ferro ligando o sul ao norte do estado, concluir o porto de Luiz Correia, pesquisar e buscar a industrialização de nosso minério, investir no incentivo aos pequenos negócios no interior, como o artesanato, por exemplo. Na opinião de Pedrosa, só a ZPE (Zona de Processamento de Exportações), não resolve o problema.

A nossa contribuição na pauta de exportação se restringe a alguma coisa dos cerrados, à cera de carnaúba, castanha de caju. É pouco, muito pouco.

Em um editorial cujo tempo é curto não dá para falar de todas as nossas potencialidades e carências, mas, mais uma vez, fica o recado.

Já perdemos muito nesses anos. Não tem cabimento entregamos o jogo. O atraso no impõe a pressa.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 25.05.15



sexta-feira, 22 de maio de 2015

Ouvintes da Teresina FM são a favor da redução da maioridade penal

Enquête realizada no Jornal da Teresina 2ª Edição desta sexta-feira (22) contabilizou 93% dos votos dos ouvintes a favor da redução da maioridade penal. O restante, 7%, são contra.

A pergunta formulada tinha a seguinte construção: “Você é a favor ou contra a redução da maioridade penal?”. Durante três minutos, 14 pessoas participaram da enquête, dos quais 13 foram a favor e um, contra.

O assunto vem sendo discutido no Congresso Nacional. A Teresina FM quer dar a sua contribuição à discussão ao realizar a enquête, entrevistas e debates.

A emissora informa que a enquête não é uma pesquisa científica, por isso não tem valor científico, mas contribui para aferir a opinião dos ouvintes sobre temas polêmicos ou de interesse público.



O futuro já está perdido?

Sob o título de “O futuro já está perdido”, o veterano jornalista e repórter especial da Folha Clóvis Rossi, postou artigo no site, datado de 17 deste mês, em que lamenta a situação do Brasil no ranking sobre os cuidados na preparação das pessoas para a vida.
Ele analisa o Relatório sobre o Capital Humano, “um estudo que o Fórum Econômico Mundial vem preparando desde 2013, para medir o êxito dos países em adestrar, desenvolver e preparar a sua gente”, o “grande ativo” de cada nação.
O relatório coloca o Brasil na 78ª posição entre os 124 países. Segundo Clóvis Rossi, “há pelo menos três itens que tornam o cenário ainda mais devastador”. Vejamos:
“1 - O que empurrou o Brasil ao fundo do ranking foi o desempenho no preparo dos menores de 15 anos, idade crucial. Nesse capítulo, a posição brasileira é de chorar: 91º lugar.
“Pesou em especial o que o relatório chama de "taxa de sobrevivência em educação básica", ou seja, a capacidade de o aluno sair "vivo" (bem preparado) do ciclo básico.
 “2 - Olhando-se apenas a posição no ranking dos países latino-americanos e do Caribe, aí dá vontade de se matricular no clube dos portadores de complexo de vira-lata.
“O Brasil, sétima ou oitava economia do mundo, dependendo do momento, é apenas o 13º país latino-americano/caribenho em matéria de tratamento digno de seu capital humano.
“Perde para o Chile (45º), Uruguai (47º), Argentina (48º), Panamá (49º), Costa Rica (53º), México (58º), Peru (61º), Colômbia (62º), El Salvador (70º), Bolívia (73º), Paraguai (75º) e Barbados (77º).
“3 - No âmbito dos Brics, que são só cinco, o Brasil fica exatamente no meio: perde de Rússia e China, ganha de Índia e África do Sul.
“Nesse grupo, um detalhe importante: por mais que a China seja um grande êxito de público e de crítica nos últimos muitos anos, sua posição no ranking de capital humano é ruim (64º posto, não muito à frente do 78º do Brasil).
“Parece, pois, evidente que crescimento espetacular, por si só, não é suficiente para preparar o capital humano para os desafios do mundo moderno.
“É uma impressão reforçada pelo fato de que dois países que enfrentam ou enfrentaram uma crise econômico-social terrível (Grécia, 40º lugar, e Espanha, 41º) tratam seu capital humano melhor do que a China e melhor que qualquer um dos países latino-americanos, nos quais ou não houve crise ou ela foi mais suave”.
Domingos Bezerra Filho
Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 22.05.15


CRM denuncia desaparecimento de 36 menores só este ano em Teresina

Emanuel Fontes (CRM): campanha para resgatar crianças
Números levantados pela DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), no período de primeiro de janeiro a 18 de maio, indicam que 36 crianças desapareceram este ano em Teresina. Do total, 31 são do sexo feminino (86%). O mês de maior registro é janeiro. A maioria, 17, tem entre 13 e 17 anos. No Brasil, somam-se 50 mil os menores desaparecidos.
O Conselho Federal e os Regionais de Medicina (CRM) desencadearam campanha nacional pelo resgate dessas pessoas. Na próxima segunda-feira (25), Dia Internacional da Criança Desaparecida, membros do CRM visitarão, a partir das 7h30, o Hospital Infantil Lucídio Portella, a Maternidade Dona Evangelina Rosa e a Maternidade Wall Ferraz. Nessas unidades, os conselheiros e autoridades distribuirão folders com informações sobre o resgate de crianças desaparecidas e conversarão com pacientes, pais e médicos para esclarecer dúvidas e alertar sobre formas de prevenção e como denunciar às autoridades suspeitas e desaparecimentos.
O governo brasileiro reconhece que 10% a 15% das crianças desaparecidas não foram resgatadas. A ONU (Organização das Nações Unidas) contabiliza 50%. No mundo, a maior parte dos casos ocorre na Ásia e África.
Os menores raptados são usados no trabalho escravo, exploração sexual e na retirada ilegal de órgãos para o mercado criminoso de transplantes.
A primeira secretária e conselheira do CRM, Mirian Palha Dias Parente, disse que a caravana busca fazer um alerta para a sociedade e para a classe médica. “Essa importante luta visa acabar ou pelo menos reduzir esse grave problema e o médico deve estar envolvido”, destacou.
Ela explicou que o médico pode, “no momento da consulta, observar comportamentos estranhos da criança, como repulsa em relação a seus acompanhantes, sinais de agressão física, comparar documentação da criança com os de seus responsáveis e, em caso de suspeita, denunciar à DPCA”.
Durante entrevista concedida pelo presidente do CRM, Emanuel Fontes, ao Jornal da Teresina 1ª Edição desta sexta-feira (22), um ouvinte denunciou o desaparecimento e morte de uma criança de cerca de 6 anos na região do povoado Cajazeiras, na zona rural de Teresina. Segundo ele, um carro foi abandonado com brinquedos dentro. O corpo da criança foi encontrado sem os órgãos. O ouvinte não soube oferecer maiores detalhes sobre o caso, mas acrescentou que há traficantes de drogas pesadas na área.
Os números para denúncia são: DPCA: (86) 3216-2676; CRM: 3216-6100.


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Firmino apresenta projeto Lagoas do Norte em fórum nos Estados Unidos

 
Firmino (em pé) fala sobre o Lagoas do Norte nos Estados Unidos
O prefeito de Teresina, Firmino Filho, proferiu palestra na manhã desta quinta-feira (21) em Washington D.C., capital dos Estados Unidos, sobre o impacto ambiental que a cidade de Teresina vem passando com a implantação do Programa Lagoas do Norte. Ele destacou a importância do projeto que vem transformando uma área de risco em uma área de preservação ambiental, melhorando a vida dos moradores da zona Norte e que acabou se transformando em um dos principais cartões postais da cidade.

Atendendo a convite do Banco Mundial, que liberou os recursos necessários para a execução da primeira fase do projeto, Firmino Filho destacou como o programa tem ajudado a melhorar as condições de vida da população após a sua implantação. O prefeito de Teresina representou o Brasil no fórum promovido pela instituição de fomento para discutir a “Gestão Integrada do Risco de Inundações em Áreas Urbanas”.

Ele lembrou que a área onde o projeto está sendo implantado situa-se na confluência de dois rios onde eram costumeiras as inundações que deixavam, em passado recente, até duas mil famílias desabrigadas; enquanto nos dois últimos invernos, apesar da intensidade das chuvas, praticamente não houve desabrigados naquela região.

“O convite do Banco Mundial, que é nosso parceiro no Lagoas do Norte, foi relevante porque nos possibilitou não apenas mostrar a experiência que temos, mas também adquirir experiências em iniciativas que possam vir a ser implantadas na cidade, especialmente nos setores ambiental e de infraestrutura”, acentuou o prefeito.

Como justificativa para o convite ao prefeito, o Banco Mundial, que custeou todas as despesas relativas à viagem, destacou que o caso de Teresina é de grande valia por representar um projeto multissetorial, com uma abordagem integrada das questões ambiental, social, cultural e de desenvolvimento econômico.

“Tanto para o Banco quanto para Teresina há muitas lições positivas a serem destacadas em face do sucesso da implementação do projeto, numa cidade do Nordeste brasileiro e em uma região urbana marcada pela exclusão social, que o programa indiretamente ajuda a superar”, concluiu Firmino Filho

Fonte: Ascom




Moradores de rua incomodam ou não?

Teresina deve ter, morando nas ruas, pelo menos 300 pessoas, entre homens, mulheres, adultos e crianças, um número reduzido se considerarmos a população da cidade. Isso preocupa?
Claro que, individualmente, isso não incomoda muito. Só quando você é abordado por uma dessas pessoas, pedindo alguma coisa. No centro da cidade, em lanchonete ou bar, as pessoas são sempre abordadas por pedintes, moradores de rua.
Quais os motivos encontrados pelos moradores de rua para fazer tal escolha? São vários: vício em drogas ou álcool, conflito familiar, desemprego, perturbações mentais etc.
Há pelo menos 20 ou 30 anos este não era problema tão sério porque não eram casos comuns. Mendigos se tornaram folclóricos por perambularem pelo centro da cidade ou nas imediações dos mercados públicos de bairros como os da Piçarra, do Mafuá, da Vermelha, do Buenos Aires, do Parque Piauí.
Praticamente moravam nesses locais. Ficaram conhecidos dos consumidores, muitos até com certa relação familiar, de amizade. Não se tinha notícia de brigas, assassinatos. Embora já existisse a droga, a droga pesada - não o álcool, droga lícita, permitida e elogiada -, ela não motivava confusão, crimes.
Isso mudou. Hoje, a realidade de moradores de rua em Teresina, apesar de o número deles ser razoavelmente pequeno, é um problema social. E há entidades e órgãos públicos que buscam soluções. Não é fácil encontrar a solução. Morar na rua, para eles, passou a ser uma opção de vida, passou a ser a própria vida.
Equipes formadas por psicólogos, assistentes sociais e outros agentes de proteção social enfrentam dificuldade para convencê-los a abandonar as ruas. Muitos deles atacam as pessoas, assaltam.
Os assassinatos de dois deles, ontem, servem de alerta para as autoridades e a sociedade civil que se diz organizada.
Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 21.05.15

Ronney confirma liberação de R$ 35 milhões para Teresina

Ronney: Teresina vai ganhar 50 mil metros de calçamento em breve   /fotoportalpmt/
O prefeito em exercício Ronney Lustosa confirmou, em entrevista ao Jornal da Teresina 2ª Edição desta quinta-feira, a reserva de R$ 35 milhões do Ministério das Cidades para Teresina ainda este ano. Ele recebeu a confirmação do ministro Gilberto Kassab ontem, em Brasília, onde esteve acompanhado dos deputados Júlio César de Carvalho Lima (PSD – federal) e Georgiano Neto (PSD – estadual).

A verba estava assegurada, mas o governo federal viu-se obrigado a contingenciá-la, ou seja, bloqueá-la, no ano passado devido à difícil situação financeira. Como os R$ 35 milhões deverão ser liberados em duas parcelas, é possível que a primeira seja transferida para Teresina dentro de aproximadamente três ou quatro meses.

Ronney Lustosa disse que a prefeitura vai construir 50 mil metros de calçamento em todas as zonas da cidade, atendendo a reivindicações formuladas por moradores dos mais diversos bairros.

O ministro fez questão de anunciar a liberação da verba diretamente à população da capital do Piauí e utilizou o Jornal da Teresina 2ª Edição desta quarta-feira (20) para dar a informação.

Ronney Lustosa assumiu a prefeitura interinamente por causa da viagem do prefeito Firmino Filho (PSDB) aos Estados Unidos, onde presta contas sobre os investimentos feitos no projeto Lagoas do Norte a técnicos do Banco Mundial. Firmino volta na madrugada de sábado (23) e reassume o cargo.





quarta-feira, 20 de maio de 2015

Kassab assegura R$ 35 milhões para mobilidade urbana em Teresina

Ministro na Teresina FM: Teresina será a primeira cidade a ser beneficiada
O ministro das Cidades, Glberto Kassab, garantiu, em entrevista ao Jornal da Teresina 2ª Edição, direto do seu gabinete, em Brasília (DF), que a primeira liberação de verba em sua pasta serão os R$ 35 milhões a serem destinados a obras de mobilidade urbana na capital do Piauí.

Ele disse que recebeu o prefeito em exercício de Teresina, Ronney Lustosa, a quem informou que a verba será liberada o mais rápido possível. O dinheiro não constitui recurso orçamentário, mas dotação do próprio ministério.

Segundo o ministro, já há projetos para a área e para setores como saneamento básico, urbanização e construção de equipamentos sociais em conjuntos residenciais mais próximos do centro urbano.

Ronney Lustosa assumiu interinamente a prefeitura com a viagem do prefeito Firmino Filho aos Estados Unidos, onde faz relatório sobre o projeto Lagoas do Norte junto ao Banco Mundial, financiador do empreendimento.






Editorial: Moradias só devem ser entregues se contarem com o necessário

Dados do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social indicam que em 2010 o déficit habitacional em Teresina era de 51 mil unidades. Segundo estudo realizado pelo IBGE, hoje o déficit é de 32 mil moradias, uma redução significativa de 37%.

A considerável redução do déficit deve-se principalmente aos empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida, que, com a crise, pode estar ameaçado, pelo menos temporariamente. Aliás, os financiamentos habitacionais vão sofrer mudanças com os ajustes que o governo federal está fazendo nas finanças públicas.

Outras forças também contribuíram para a diminuição da carência habitacional, como a iniciativa privada, por exemplo.

O que não dá para entrar na cabeça de ninguém é que, enquanto milhares de pessoas precisam urgentemente de abrigo, o poder público constrói conjuntos residenciais e os deixa fechados sob as mais esfarrapadas desculpas.

Aí aparecem os invasores (junto com eles, os vândalos e os aproveitadores), os quais, alegando “viver de aluguel”, integram novo contingente social, novo grupamento social cujas ações, às vezes desesperadas, podem representar uma bomba prestes a explodir.

O prazo para ocupação dos imóveis é de 30 dias. Ocorre que sem a mínima estrutura, as famílias, com crianças e idosos, adiam a mudança. Esta é uma das razões. Outra: tem gente sorteada que não precisa de moradia. Já a possui e quer fazer negócio com o benefício.

Essas moradias, para ser ocupadas, deveriam dispor de água, luz, calçamento, saneamento básico. Os conjuntos residenciais deveriam ser dotados de equipamentos urbanos como praça, área de lazer, quadras de esporte, posto de saúde, escola, biblioteca, transporte público etc.

Acham muito?

Essas casas e apartamento serão habitados por pessoas humanas, contribuintes, cidadãos, gente que merece respeito, que tem direitos e deveres assegurados nas leis do sistema democrático.

O governo acha que os problemas não bastam? O que as autoridades estão esperando? Um conflito de proporções inimagináveis? Um confronto entre as famílias sorteadas e as ocupantes?

Não dá para entender. Estão brincando com a vida das pessoas. Estão jogando com a vida das pessoas. Estão fazendo demagogia com a vida das pessoas.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 20.05.15



Indústria precisa de investimento em infraestrutura para crescer

Pedrosa: Piauí não tem cultura de comércio exterior porque não tem porto
O vice-presidente da AIP (Associação Industrial do Piauí), Gilberto Pedrosa, disse que a energia elétrica ainda não tem a qualidade e a regularidade de que a indústria precisa. No entanto, novas indústrias estão sendo atraídas pela lei de incentivo fiscal e pelo potencial de que o estado dispõe.

“O que falta para atrair indústrias de fora é infraestrutura. Por exemplo: nós não temos um porto seco. Uma indústria de alta complexidade que poderia se instalar no Piauí precisaria ter escritório em Fortaleza ou Recife para exportar seus produtos. Há 20anos lutamos pelo porto seco. Não se justifica isso. A ZPE (Zona de Processamento de Exportação) que o governo está instalando em Parnaíba não é suficiente. Nós não temos cultura de comércio exterior por causa disso. Nós não temos porto”, justificou.

O empresário lembrou que o Piauí tem pouca coisa a exportar: cera de carnaúba - uma commodity de baixo valor agregado -, castanha de caju – cuja maior parte é industrializada no Ceará -, e alguma coisa das agroindústrias dos cerrados, resumindo que são dificuldades a serem vencidas.

Uma dificuldade do distrito industrial sul, em Teresina, é a falta de água, onde cada empresário é obrigado a perfurar o seu próprio poço. Lá também falta saneamento básico, e a maioria das vias de acesso não tem pavimentação (a prefeitura está começando).

Moderna - Gilberto Pedrosa disse que Teresina está recebendo a mais moderna indústria cerâmica do Brasil, na qual a parte operacional só ocupa quatro colaboradores. “É tudo robotizado. Até para pegar as telhas e colocar em cima do caminhão é o robô”, explicou.

Ele acrescentou que “os fornos são americanos, os robôs são italianos, o software é francês e quem veio montar a indústria foram técnicos ucranianos”. A empresa tem capacidade para produzir 1,9 milhão de telhas por mês.

Participação – A indústria tem pouca participação na economia local, apenas 12% do PIB (Produto Interno Bruto). “Esperamos que essa coisa mude. A indústria tem um diálogo bom com o prefeito Firmino Filho, que está empenhado em ampliar o nosso distrito industrial sul, e com o governador Wellington Dias”, destacou Gilberto Pedrosa.

Crise - A construção civil, maior empregadora, reduziu sua produção por causa do encolhimento nos financiamentos do programa Minha Casa, Minha Vida pela Caixa Econômica Federal.

Investimento - Hoje, um bom setor da indústria em que Pedrosa investiria é a alta tecnologia, que não precisa de porto marítimo e a exportação pode ser feita por intermédio de aeroportos dado o pequeno tamanho dos equipamentos.

Isenção - A adoção da política de atração de investimento, na década de 90 do século passado, com a isenção de impostos, possibilitou a implantação de indústrias de transformação, têxteis, bebidas, cimento, açúcar e álcool, beneficiamento de soja e de extração vegetal no Piauí. “Nós temos uma das melhores leis de isenção fiscal do Brasil”, opinou Gilberto Pedrosa.