quinta-feira, 2 de abril de 2015

Desigualdade econômica e desigualdade social

Desigualdade econômica é um termo muito utilizado na maioria dos países, principalmente os subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Alguns autores afirmam ser a expressão desigualdade econômica usada equivocadamente como desigualdade social. Na verdade, a desigualdade social é resultante da desigualdade econômica.

Um dos primeiros movimentos contra as desigualdades, sejam políticas, econômicas, sociais, culturais, foi a Revolução Francesa, como destaca o professor Francisco Mesquita de Oliveira no último número da revista Informe Econômico, publicada pelo curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Piauí. A Revolução Francesa criou o lema “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”. A partir de então, as idéias dos pensadores liberais ganhou o mundo e influenciou a libertação de vários países, inclusive o Brasil.

Aqui, a ideia de desigualdade social foi por muito tempo esquecida no porão da ignorância, da usura política, da dominação das elites e das oligarquias. A desigualdade social só ganhou discussão maior e ações efetivas no governo de Getúlio Vargas, na década de 30 do século passado, com o deflagrar da consagração dos direitos sociais.

Vários são os fatores fomentadores da desigualdade social, segundo as visões dos estudiosos: o desnível salarial entre as classes; a pouca liberdade econômica; a exploração do trabalho pelo capital; a existência da autoridade política, econômica, religiosa; a continuidade do poder político nas mãos dos mais aquinhoados economicamente etc, etc etc.

Como conseqüências da desigualdade econômica e social identificamos a marginalização de setores da sociedade; o retardamento do progresso; a pobreza; a favelização; o crescimento da criminalidade e da violência. E há mais, muito mais.

Com a adoção de políticas sociais nos governos Lula e Dilma reduziram-se as desigualdades, mas perduram a miséria e a pobreza em regiões mais degradadas economicamente país adentro.

Carecemos de ações efetivas no incentivo à produção e à produtividade, no aumento das oportunidades de educação geral e tecnológica da juventude e no aproveitamento dos idosos na produção da riqueza nacional.

As ações devem vir acompanhadas de iniciativas para a redução do aparelho estatal – extinção de alguns ministérios, por exemplo -, da burocracia – que incentiva a corrupção; da correção dos rumos da administração pública com punição dos envolvidos em desvios de conduta; da luta permanente contra os preconceitos, quaisquer que sejam.

Mas não é só isso. Muita coisa precisa ser feita.

Inclusive incentivar a união familiar, a solidariedade, o respeito à pessoa humana e o amor à Pátria.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 02.04.15


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