terça-feira, 27 de maio de 2014

Que propostas os candidatos vão apresentar para vencermos as crises


Vivemos momento de crise nas instituições. Crise na área da segurança pública, crise no setor da saúde, crise no sistema educacional. Crises que assolam os poderes constitucionais.


Nossos gestores, nos vários níveis e nos vários campos, se debruçam sobre os problemas em busca de soluções. Questionados diuturnamente pela sociedade civil que, por intermédio de suas entidades mais representativas, lança discursos sobre os caminhos a serem trilhados, os gestores encontram-se numa encruzilhada: as leis, em sua amplitude, oferecem diretrizes as mais variadas para o encaminhamento das soluções.

Há deles que reclamam, por exemplo, da atuação do Ministério Público no cumprimento de sua incumbência legal no que se relaciona ao meio ambiente. Há embargos de obras a retardar sua consecução, encarecendo o valor final em decorrência de aditivos e mais aditivos. É apenas um exemplo. O MP obedece, assim, à sua prescrição legal.

No seio da sociedade, o cidadão eleitor e contribuinte espera ações eficazes. Nossa Constituição, dita a mais cidadã de todas, prega a construção de um pais justo, solidário, pacífico em que reine a independência dos poderes e prospere a paz social.

Pacífico até certo ponto, o brasileiro assiste à formação de chapas para as eleições gerais quando serão escolhidos o mandatário ou mandatária maior da nação, os governadores, deputados, senadores.

No interior da atividade política, as discussões são ainda pontuais. Prega- mudança. Clama-se por mudança. A juventude deu os primeiros passos no ano passado, durante as manifestações de junho. As greves voltaram.

Pais e mães de famílias reclamam. Reclamam do preço da carne, do preço do feijão, do preço do biscoito, do valor da mensalidade escolar, obrigados que são a pôr os filhos na escola particular porque a pública é ruim.

Pais e mães preparam-se para ir às urnas em outubro.

Será se os candidatos vão atender a essas expectativas? Que discursos preparam para empolgar as massas? Que estratégias guardam no colete para vencer a crise? E não é apenas uma crise. As crises, repetimos, incomodam em vários campos e setores.  

Domingos Bezerra Filho
Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 27.05.14




sexta-feira, 23 de maio de 2014

Entidades preparam calendário de protestos para o mês da Copa do Mundo

 Neste sábado (24/05), entidades sindicais e movimentos sociais diversos no Piauí realizarão plenária estadual com o tema “Na copa vai ter luta”. A atividade é convocada pela Central Sindical e Popular (CSP-CONLUTAS) e faz parte do calendário de plenárias e encontros que ocorrem em todo o país com o objetivo de organizar um plano de lutas e mobilizações durante o período da Copa do Mundo. O evento acontece às 17h na sede da Central, na rua Rua Benjamim Constant n° 1385 centro norte (em frente a Oficina da Palavras).

A exemplo do que indicou o encontro nacional “Na copa vai ter luta”, ocorrido no dia 22 de março deste ano em São Paulo, que reuniu movimentos sociais de todo o país, faz-se necessário organizar nos estados um amplo processo de mobilização social. Vamos transformar este ano da copa do mundo e das eleições num momento de mobilização social para conquistar todas as reivindicações dos trabalhadores, da juventude e da população carente. Já estão em greve servidores do Detran, da Educação municipal de Teresina,  trabalhadores rodoviários e servidores técnico-administrativos da UFPI. Outras categorias do serviço público municipal também se mobilizam, além de professores e estudantes de universidades como a UESPI, UFPI e IFPI.

Para Daniel Solon, presidente da Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP) e da executiva estadual da CSP-Conlutas, enquanto os governos federal, estaduais e municipais estão gastando mais de R$ 53 bilhões de reais com as obras para a Copa do Mundo, falta financiamento para serviços públicos como saúde, educação, transporte e segurança. “No Piauí, onde não haverá jogos da Copa, o governo priorizou a reabertura do estádio Albertão ao invés de tirar as goteiras das salas de aula dos campi da Uespi, de norte a sul do Estado. É apenas um exemplo do descaso dos governos com os serviços públicos”, afirma.

Os movimentos sociais questionam os grandes lucros com dos grandes empresários e da FIFA, que embolsam grandes somas de dinheiro público em detrimento da melhoria de vida do povo pobre e trabalhador. Estes problemas se revelam no Piauí com o descaso com os serviços públicos, deixando a população vivendo em condições precárias: morrendo da porta de hospitais e recebendo uma educação pública precária.  “O sentimento de indignação que moveu as manifestações de junho de 2013 com uma forte disposição e luta está sendo retomado. Não adianta repressão por parte dos governos: na copa vai ter luta e antes da Copa também. No dia 28 de maio, por exemplo, a UESPI vai às ruas protestar por mais verbas, autonomia financeira, contratação de professores efetivos, assistência estudantil e outras pautas”, completa Daniel Solon, em referência ao Dia Nacional de Mobilização em Defesa das Universidades Estaduais e Municipais convocado pelo Sindicato Nacional dos Docentes (Andes SN), a qual a ADCESP faz parte.

“Os atuais governos praticam todo tipo de desrespeito com a população, a exemplo dos despejos de famílias que tem suas casas arrancadas para dar lugar às obras da Copa do Mundo. No Piauí, o caos se instala na saúde e educação, com o patrocínio de um verdadeiro desmonte praticado por Zé Filho (PMDB). Firmino Filho (PSDB), além de continuar com a administração voltada para os interesses das grandes empresas, nos últimos meses declarou guerra ao movimento sindical quando resolve perseguir a direção do SINDSERM”, afirma Ana Célia, diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (SINDSERM). Atualmente, os trabalhadores em educação de Teresina estão em greve por melhorias salariais e contra o aumento da jornada de trabalho nas escolas.

“Diante desse cenário recheado de injustiça social, os movimentos sociais anunciam que “Na copa vai ter luta” e se preparam para voltar às ruas em grandes manifestações durante a Copa do Mundo. No Piauí, estamos realizando uma primeira plenária para discutir como iremos organizar essas lutas por aqui a partir do calendário nacional de lutas do Espaço Unidade na Ação. Convocamos toda a população a aderir aos protestos e levantar as bandeiras de luta pela melhoria da saúde, educação, segurança, além do atendimento das reivindicações das greves que estão em curso por todo o país por reajuste de salários, condições de trabalho e melhoria da carreira funcional no serviço público”, conclui o professor da UFPI, Douglas Bezerra, da executiva da CSP-Conlutas-PI.

Com informações da Ascom

 

A greve de motoristas e cobradores, mais um capítulo



Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina rejeitaram contraproposta feita pelo Tribunal Regional do Trabalho e Ministério Público do Trabalho, de reajuste salarial, e decidiram, em assembléia geral realizada na manhã desta sexta-feira, dar continuidade à greve começada ontem. Os trabalhadores reivindicam 10%. Os empresários ofereceram 6%.

O procurador do Trabalho, João Batista Luzardo Soares, apresentou a proposta de reajuste de 8% com data base em maio. O desembargador Francisco Meton Marques de Lima sugeriu aumento de 7,5% com data base em janeiro.

Na audiência de ontem ficou também decidido que 50% da frota deveriam continuar circulando durante a greve. Se os trabalhadores não cumprirem com esta determinação o sindicato da categoria será multado em R$ 10mil por dia.

A prefeitura de Teresina segue cadastrando veículos para oferecer alternativa aos usuários do sistema. Com a redução da frota oficial, os carros alternativos estão circulando.

Hoje, o prefeito Firmino Filho pediu rapidez da justiça para a solução do impasse entre patrões e empregados. Segundo Firmino, a licitação do sistema de transporte coletivo está na reta final e em junho será concluída.

Greves de motoristas e cobradores de ônibus se repetem ano a ano não só em Teresina, mas também em outras capitais, como São Paulo.

A demanda vai para a justiça se não houver acordo entre os rodoviários e os donos das empresas de ônibus.

O que a população não mais admite é o descaso para com o problema. Como não se admite a ação, ou falta de ação dos motoristas que, ontem, pararam as atividades logo depois das seis horas da tarde, contrariando o que eles mesmos decidiram em assembleia geral: a greve começaria zero hora desta sexta-feira, 23.

É claro que a prestação dos serviços na é boa. Firmino já reconheceu ser ela péssima. Os trabalhadores merecem perceber melhor salário e ter melhores condições de vida e de trabalho.

A população, que paga caro pelo serviço ruim, exige solução imediata.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª edição de 23.05.14




Flávio Nogueira quer interditar estabelecimentos comerciais que desligarem geladeiras


Deputado Flávio Nogueira Jr.
Deve ser apreciado nas próximas semanas projeto de lei de autoria do deputado Flávio Nogueira Jr. (PDT) que propõe a interdição de supermercados, mercadinhos e mercearias que desligarem seus equipamentos elétricos e provocarem, por isso, danos à saúde do consumidor.


O parlamentar disse que vem recebendo muitas reclamações de consumidores dando conta de que produtos alimentícios como carne, peixe e frango se estragam porque permanecem algum tempo em geladeiras desligadas nesses estabelecimentos.

“Eu tomei essa iniciativa porque tenho recebido muitas denúncias e por ser também consumidor. A gente faz compra em supermercado e ao chegar em casa nota que alguns produtos estão vencidos. Como a gente sabe que estão vencidos? A gente comprova porque os produtos que eram para ser congelados verifica-se, em casa, que eles se apresentam derramando sangue ou água”.

O projeto foi lido em plenário e vai agora para as Comissões de Constituição e Justiça e Defesa do Consumidor.

Pagamento – Contas de água, de luz e telefone poderão ser pagas, em breve, em qualquer banco. É o que prevê projeto apresentado por Flávio Nogueira Jr. e que ainda será apreciado pela Assembléia Legislativa. Hoje, essas contas são pagas em agências lotéricas e pague-contas.

Ficha suja – Flávio Nogueira Jr. lembrou, por outro lado, que entidades presididas por gestores considerados fichas sujas estão impedidas de receber repasses do governo graças a projeto de sua autoria que virou lei ainda no governo Wilson Martins. “Neste caso, nós tínhamos denúncias de que entidades dirigidas por fichas sujas recebiam verbas que não eram repassadas para elas e que ficaram em poder dos dirigentes”, informou.

Base – O deputado do PDT disse que o partido permanece na base aliada ao governo, garantindo apoio ao pré-candidato Marcelo Castro (PMDB), que tem como vice o ex-prefeito de Teresina, Silvio Mendes, do PSDB. O candidato ao Senado do grupo é o ex-governador Wilson Martins.

Flávio Nogueira Jr. disse que o único partido que discute a permanência da candidatura de Marcelo Castro é o PMDB, agremiação à qual o deputado federal é filiado. Ele acredita que qualquer que seja o candidato, o governador Zé Filho, ou Marcelo, a chapa governista será vencedora.

Paróquia de Santo Antônio de Jerumenha faz campanha para recuperar igreja



A paróquia de Santo Antônio da cidade de Jerumenha (310 km ao sul de Teresina) está realizando campanha para recuperar a igreja que precisa de urgente reforma.

O frei Eulálio, responsável pela paróquia, informou que será realizada missa neste sábado, às 18h, na Igreja de Nossa do Amparo, em Teresina, com o objetivo de reunir fiéis nascidos na região e simpatizantes da idéia.

Logo em seguida, no primeiro andar do Luxor Hotel (paça Rio Branco) ao lado da piscina, haverá leilão com para angariar recursos destinados à reforma do teto da igreja, que está prestes a cair.

A contribuição pode ser feita para a conta da Paróquia de Santo Antônio do banco Bradesco, Agência: 0971-7; conta corrente: 017244-8.

Um dos organizadores do movimento, o diácono Quirino, disponibilizou números dos telefones (86) 8836-1908 e (86) 9925-2114 para quem quiser se informar sobre a contribuição.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

O Piauí tem pressa para deixar de ser o filho enjeitado da Nação



Até agora temos três pré-candidatos ao governo do Estado: Marcelo Castro, do PMDB, em coligação com PSB e PSDB; Wellington Dias, do PT, aliado ao PP e ao PTB; e Mão Santa, do PSC, unido ao Grupo G-12. Deverão surgir os nomes dos partidos ditos de esquerda, como PCB, PSOL e PSTU. Se esquecemos alguns, por favor, perdoem-nos.

O Piauí e Teresina têm problemas de mais e soluções de menos. Problemas que afetam a população no dia-a-dia: da saúde, da educação, da segurança pública. Estes, os mais presentes.

Há outros que só serão mais visíveis em um futuro próximo – e agora já se anunciam – como os de abastecimento de água, fornecimento de energia elétrica, meio ambiente, por exemplo.

O que vai mover os discursos desses candidatos? Que promessas vão fazer com o objetivo de empolgar o eleitor e conquistar-lhe o voto? Que soluções pretendem adotar? Que estratégias, metas, programas, projetos pretendem estabelecer e implementar para satisfazer às necessidades da população?

O eleitor, eleição após eleição, depara-se com propostas para o desenvolvimento do estado, ou, pelo menos, para a melhoria das condições de vida do piauiense. São muitos projetos – mesmo que não elaborados efetivamente com planos, datas, metas, previsões de desvios, de imprevistos, etc, etc, etc –, a maioria dos quais esquecidos ou deixados ao reboque do tempo para consecução por outros governantes.

O que o piauiense vai exigir dos candidatos? Dos futuros governantes, dos pretensos legisladores, daqui e do Planalto Central?

Todos nós sabemos quais são as nossas carências: o caos na saúde e na segurança pública; a ineficiência e ineficácia na educação; o descaso para com o meio ambiente; o abandono da família, do cidadão trabalhador, do jovem, do idoso. Enfim, o abandono da população.

O que assistimos, na realidade, na maioria dos casos, são falácias, verborragias de muito e pouca ou quase nada de ação efetiva.

O Piauí, que cresce, a despeito da má vontade de alguns e o esforço da maioria, tem pressa, muita pressa para deixar de ser o filho enjeitado da Nação.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina de 22.05.14








terça-feira, 20 de maio de 2014

MPT avança na negociação com rodoviários

Um fato inédito pode acontecer na rodada de negociação desta terça-feira (20) entre os rodoviários. Uma proposta apresentada pelo Ministério Público do Trabalho no Piauí, se for aceita pela categoria, poderá garantir que, sendo deflagrada a greve, esteja garantido o percentual de 50% da frota nos horários de pico e 40% nos demais horários.

Na audiência ocorrida na manhã da última segunda-feira na sede do MPT-PI, com o procurador regional do Trabalho, Luzardo Soares, foi deliberado que tais percentuais sejam garantidos para não prejudicar a população, independentemente de medidas judiciais, já que a paralisação foi anunciada para a 00:00 h da próxima sexta-feira. Também ficou estabelecido que será respeitado o direito de trabalhar para quem quiser fazê-lo, com base em Termo de Ajuste de Conduta também firmado com o Ministério Público do Trabalho.

Quanto à reposição das perdas salariais, a sugestão do MPT é de que o sindicato patronal, em vez de repassar 0,18% acima do INPC (que foi de 5,82%), repassasse 1,18%, de forma linear, totalizando, assim, 7,0% de reposição e aumento real, até maio de 2014. E, considerando que também foi acordada a antecipação da data base para janeiro de 2015, que as partes voltem a negociar, naquela oportunidade, novo aumento real, ficando de logo assegurada a reposição da inflação entre junho e dezembro de 2014. Por sua vez, o sindicato laboral assumiu o compromisso de não deflagrar movimentos paredistas até o final do corrente ano, período de vigência da Convenção Coletiva a ser firmada.

O Sintetro pediu o prazo de 24 horas para submeter a proposta à assembleia geral de trabalhadores e assumiu o compromisso de comunicar ao MPT o que tiver sido deliberado até hoje (20). Tudo indica que a proposta, já aceita pelos empregadores, seja aprovada na assembleia dos trabalhadores.

Com informações da Ascom


segunda-feira, 19 de maio de 2014

A visita de Dilma Rousseff



A visita da presidente Dilma Rousseff, na sexta-feira passada, a segunda este ano, não deixa de ser um ponto positivo para o estado, mas os frutos reais, ou seja, os resultados efetivos da presença dela, não são tão vantajosos assim.

Para os partidários e aliados da presidente, bem como para seus eleitores mais entusiasmados, a presidente trouxe, talvez, o que o Piauí pediu ou o que Piauí precisa.

Entendemos que, filho enjeitado da Nação durante nossa história, sendo um dos mais claros exemplos da desigualdade socioeconômica entre as regiões brasileiras, o Piauí, e não só ele, mas outros estados historicamente menos aquinhoados pela riqueza nacional, carece de maior atenção do poder central.

Não é que merecemos mais do que os outros. Isso, jamais! Não proclamamos privilégios, mas justiça.

Um país do tamanho continental como o Brasil verdadeiramente não é fácil de administrar. O jogo de interesses e as disputas pela divisão do bolo econômico são enormes. As bancadas do Sul e Sudeste têm mais poder do que as do Norte e Nordeste.

As pendências guardadas no correr da história ainda nos desafiam. Desafiam o governo central, desafiam nossa representação federal, desafiam o governo no plano estadual e instigam os prefeitos a falarem em uma só voz para suprir as nossas principais carências.

Grupos de estudos foram criados em vários momentos da história republicana para o conhecimento das nossas necessidades e a implementação de programas e projetos com vistas a reduzir as desigualdades entre as regiões. E o Piauí, a despeito de muitas batalhas, pouco evoluiu na superação das suas dificuldades.

A presidente Dilma Roussef acenou com a possibilidade da conclusão do porto que merecemos. Apenas isso. A presidente Dilma Rousseff discursou que a Eletrobras deve ser eficiente. Isso sabemos. Ponto positivo, entretanto, para a entrega das residências do programa Minha Casa Minha Vida. Ponto positivo para a entrega dos certificados do Pronatec.

O que esperamos são ações, iniciativas, medidas que nos arrastem da situação de penúria. Não são apenas a melhoria da Eletrobras e a conclusão do porto. Precisamos de muito mais. Precisamos de justiça.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 19.05.14 (Teresina FM)





sexta-feira, 16 de maio de 2014

Firmino pede socorro à presidente Dilma para a saúde do Piauí e de Teresina


Firmino pede socorro (Foto: Raoni Barbosa/Revista Cidade Verde)
O prefeito Firmino Filho pediu a “solidariedade” do governo federal ao Piauí e a Teresina pelos problemas vividos na saúde pública. O prefeito fez discurso na solenidade de entrega de certificados, pela presidente Dilma Rousseff, a estudantes formados pelo Pronatec, realizada no início da tarde desta sexta-feira (16), no Teresina Hall, na zona Leste.

Firmino disse que “Teresina e o Piauí bancam parte da saúde pública do Maranhão”. Ele explicou que de cada dez pacientes atendidos do HUT (Hospital de Urgência de Teresina) somente três são da capital.

Na opinião do prefeito, o reforço na estrutura de funcionamento dos hospitais regionais do interior do estado contribuiria para desafogar o serviço na capital. A sugestão já foi levada ao governador Zé Filho.

Firmino pediu socorro à presidente Dilma Rousseff, ao mencionar a sigla S.O.S. “Estamos lançando para a presidente Dilma um S.O.S. pela saúde publica de Teresina e temos certeza de contar com a sensibilidade dela para resolver o problema”, afirmou.

Após a fala do prefeito, começou a entrega dos certificados aos formandos do Pronatec.  Após a solenidade, Dilma tomou avião com destino a Parnaíba, no litoral, onde entregou as chaves de quase mil unidades habitacionais financiadas pelo programa Minha Casa, Minha Vida.

Nome de Margarete Coelho será lançado segunda-feira como candidata a vice

Margarete Coelho será a vice de Wellington Dias (Foto: Alepi)



O auditório da AIP (Associação Industrial do Piauí), na avenida Marechal Castelo Branco, vai sediar às 10h de segunda-feira (19) o lançamento da pré-candidatura a vice-governadora da deputada estadual Margarete Coelho (PP) na chapa do senador Wellington Dias (PT).

Há mais ou menos um mês, o senador João Vicente Claudino (PTB) confirmou em entrevista ao Jornal do Meio-Dia, da Teresina FM (agora Jornal da Teresina 2ª Edição), que o PP indicaria o candidato a vice. Faltava apenas confirmar o nome, agora acertado pela direção do partido no Piauí.

A pré-candidatura de Wellington foi lançada no dia 11 em evento realizado no Atlantic City Club, localizado no bairro Recanto das Palmeiras, zona Leste de Teresina. O discurso de Margarete, no evento, sinalizava ser ela a pré-candidata a vice-governadora.

 

A tragédia anunciada


As tragédias brasileiras, quando envolvem o setor público, são geralmente anunciadas. Assim ocorreu com o estouro da barragem de algodões, em Cocal, na região Norte do estado. Da mesma forma vem ocorrendo nos presídios espalhados pelo País. Igualmente se registra nos hospitais caóticos distribuídos em todos os estados.

Ontem, em Caxias (MA), a escrivã Loane Maranhão da Silva Thé foi assassinada dentro da Delegacia da Mulher. Hoje, a delegada do Menor Infrator de Timon, Idelzuite Matos, ex-professora de Loane, disse que a estrutura das delegacias não atendem às necessidades e que o crime é uma “tragédia anunciada”.

Temos que reclamar, temos que protestar, temos que gritar contra o descalabro no serviço público. Como é que se toma depoimento de qualquer suspeito ou acusado de delito ou crime sem a precaução da vigilância e da segurança? Além do mais, como é que se permite o acesso de pessoas suspeitas ou acusadas para prestar depoimento portando armas? Não houve revista? Ele escondia uma faca e com ela tirou a vida da moça.

O erro não é só da estrutura, mas da falta de reciclagem também. É inadmissível que um depoimento seja tomado unicamente por uma pessoa, ainda mais uma mulher, fisicamente mais frágil do que homem. A delegada de Timon disse que falta pessoal.

Na realidade, a estrutura do serviço público está falida ou mal-gerida? Se está falida, é por que é mal-gerida?

O homicida é acusado ou suspeito de ter abusado sexualmente de duas filhas. Acusado de um crime hediondo e não se toma nenhuma precaução contra tal indivíduo? É inadmissível.

Sem dúvida houve negligência. Ou mesmo desídia. Segundo juristas, há desídia quando o funcionário incorre em “negligência, preguiça, má vontade, displicência, desleixo, indolência, omissão, desatenção, indiferença, desinteresse, relaxamento. A desídia pode também ser considerada um conjunto de pequenas faltas, que mostram a omissão do servidor no serviço, desde que haja repetição dos atos faltosos”.

As tragédias anunciadas brasileiras vêm vitimando inocentes. A quem responsabilizar? O tio de Loane, advogado Nazareno The, culpa o Estado.

Aliás, o Estado, este ente opressor que nos impõe modelos de conduta social e nos cobra muito pelo suado salário, mostra-se desorganizado, carecendo de um choque em sua estrutura funcional para cumprir as com as responsabilidades e incumbências.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 16.05.14 (Teresina FM)






quinta-feira, 15 de maio de 2014

Civilização ou barbárie?



A mídia tem registrado nos últimos anos a prática de atos de violência coletiva com o objetivo de punir pessoas supostamente acusadas do cometimento de crimes contra a integridade física, a segurança financeira e a vida de cidadãos.

A violência é inerente ao ser humano, seja para conquista e manutenção do poder, extravasamento intolerante de opiniões, ostentação da ignorância, socialização de pontos de vista e ideologias, etc, etc, etc.

Com o advento e o desenvolvimento da Internet e das redes sociais, a divulgação e promoção da violência vêm ganhando corpo e expandindo sua influência entre os grupos humanos.

Exemplo claro foi, aqui no Piauí, o aprisionamento e posterior exposição de um homem suspeito de furto na região do Grande Dirceu em um formigueiro. Recentemente, uma dona de casa de Guarujá, no litoral paulista, foi espancada até a morte sob a acusação inverídica de seqüestro de crianças.

Questionamos: voltamos à barbárie? Nossa civilização destrói e não confia mais nos valores morais e na força da lei para a prática da justiça?

Pode-se questionar também o uso das redes sociais para a difusão de informações e idéias sem o filtro realizado pelo jornalismo. Este tema é complexo e não se esgota aqui.

Queremos, todavia, lançar mais uma vez o desafio às autoridades constituídas no sentido de atentarem para a condução da coisa pública, de modo geral, e da justiça, em particular, obedecendo aos ditames éticos, morais e legais que a civilização exige e a barbárie condena.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 15.05.14 (Teresina FM)