sexta-feira, 29 de maio de 2015

Antônio José diz que sai do DEM se houve fusão com o PTB

Antônio José: saio imediatamente
O vereador Antônio José Lira disse, nesta sexta-feira (29) que sai do PDEM (Democratas) se o partido fundir-se com o PTB.Antônio José lembrou que passou 20 anos para se eleger vereador de Teresina, lutou para reorganizar o partido e não é justo, agora, depois de muita luta, jogar tudo por água abaixo.

“O DEM está organizado. Foi muita luta, muito sacrifício. Agora estão querendo empurrar um prato feito goela abaixo. Não aceito a fusão. Se ela vier, eu saio”, destacou.

Antônio José Lira é o atual presidente do DEM em Teresina.



Editorial: ainda a violência contra meninas de Castelo do Piauí

A violência praticada contra as quatro adolescentes de Castelo do Piauí nesta quarta-feira é sintomática da crise moral, embora determinadas pessoas queiram ver o caso de forma isolada.

A delinqüência juvenil é uma realidade em todo o estado do Piauí e no Brasil. As menores cidades piauienses contabilizam ações que denotam a degenerescência social.

No ano passado, a prefeitura de Coivaras, salvo engano, veio a Teresina pedir apoio às autoridades da Segurança Pública para conter a onda de violência, uso e tráfico de drogas na cidade. E olha que Coivaras é uma cidade pequena, menor do que Castelo do Piauí.

O problema é sério e, repetimos, não é isolado. A droga campeia. Os traficantes vendem seus produtos até dentro de escolas. Sua primeira ação é a atração do incauto juvenil, oferecendo-lhe gratuitamente o produto.

Depois, quando o menino ou a menina vão se tornando dependentes, vendem a droga sob ameaça. Quando não há o devido pagamento pelo produto, ameaçam até seus familiares. Esses meninos e meninas furtam alguma coisa de casa para pagar ao traficante ou para adquirir nova quantidade de droga e, assim, alimentar o vício cada vez mais pernicioso, prejudicial a si, à sua família e à sociedade.

Este é um caso de saúde pública e não somente de polícia. É uma doença social. É uma peste que ocupa o espaço social por causa da peste moral.

As ações a serem desenvolvidas, de modo geral, devem envolver a transdisciplinaridade, a diversidade de atividades, a comunhão de esforços e atitudes dos vários setores da superestrutura social, ou seja, das autoridades competentes, responsáveis pelo direcionamento e ordenamento social.

E envolve a família. Esta, a célula mater da sociedade, já que a Pátria é a família amplificada conforme o ensinamento de Ruy Barbosa.

O problema não é de fácil solução. Exige o envolvimento de todos.

Sobre a punição aos suspeitos, ela deve ser rígida, não interessam os motivos que os levaram a enveredar pelo mundo do crime. É preciso punir. É preciso vigiar e punir.

Mas que fique a lição para cada família, cada cidadão, cada pai e cada mãe; para cada irmão e cada irmã, cada parente, cada autoridade.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 29.05.15



quinta-feira, 28 de maio de 2015

Diretora da Teresina FM recebe homenagem da Fiepi

Nicole Aguiar: reconhecimento pelo trabalho pelo desenvolvimento socioeconômico do Piaui
A diretora geral da rádio Teresina FM (91,9 Khz), Nicole Elshout de Aguiar, recebe nesta quinta-feira (28) a Medalha do Mérito Industrial Simplício Dias, a mais elevada condecoração da indústria piauiense, concedida pela Fiepi (Federação das Indústrias do Estado do Piauí).

A condecoração é o reconhecimento da instituição representativa de todas as empresas do segundo setor da economia local aos serviços prestados por personalidades piauienses ou não ao desenvolvimento socioeconômico do estado.

Nicole Aguiar se disse agradecida e garantiu que a Teresina FM permanece firme no propósito de contribuir para o desenvolvimento do Piauí.

Além de Nicole, receberão a Medalha as seguintes autoridades e empresários: Antônio Luís Soares Santos (superintendente da Receita Estadual – Secretaria da Fazenda); Francineto Luiz de Aguiar – Frank Aguiar (vice-prefeito de São Bernardo do Campo, SP, artista); Gustavo Soares Salsa – empresário (Ouro da Mina); Igor Lira Ribeiro Gonçalves de Carvalho – empresário (Cachaça Lira); Karla Lages Monte de Carvalho – empresária (K2 Jeans); Marcos Luciano Leal Veloso – empresário (Construtora Ello Engenharia); Patrícia Carvalho Freitas Rodrigues – empresária (Cacique Pneus) e Raimundo Eufrásio Alves Filho – magistrado (Tribunal de Justiça do Estado do Piauí).

A solenidade de entrega da Medalha será realizada às 19h30 no auditório Senador Fernando Bezerra, na sede da Fiepi, localizada na avenida industrial Gil Martins, Edifício Albano Franco, bairro Redenção, zona Sul de Teresina.

A Fiepi é presidida pelo empresário e ex-governador Antônio José de Moraes Sousa Filho, o Zé Filho.

A outorga da honraria integra as atividades de comemoração do Dia da Indústria, 25 de maio. Dentre as personalidades homenageadas com a Medalha estão o vice-presidente Michel Temer.








quarta-feira, 27 de maio de 2015

Câmara conserva modelo atual da proporcionalidade nas eleições

Há cerca de 30 anos tramita na Câmara dos Deputados a proposta de reforma política. São vários modelos. Alguns, já do conhecimento nosso, aos quais o eleitor está acostumado, como o sistema proporcional com validação dos votos dos candidatos para os partidos político e coligações.

Ontem, os deputados federais decidiram pela permanência do modelo atual, rejeitando o distritão e o distrital misto.  Permanece o sistema proporcional, que contabiliza os votos dados individualmente aos candidatos de um partido e os da legenda. A partir daí é feito o cálculo de quantas vagas cada partido consegue preencher. Outras mudanças ainda serão discutidas.

Tem gente que acredita ser a reforma política o remédio para todos os males da política brasileira. Acreditamos que não.

Para consertar o país e melhorar sua condição no contexto das nações é preciso regenerar a nação, como já se falou aqui em editorial do ano passado em que lembramos a contribuição de Machado de Assis ao discorrer sobre a participação da literatura na construção da vida nacional.

O Brasil precisa das reformas política tributária, da concepção de um novo pacto federativo, do respeito aos princípios democráticos – os quais primam pela diversidade de opiniões e idéias. O Brasil precisa resgatar, por intermédio da educação renovadora, o sentimento do civismo, do valor do amor pátrio.

A efervescência que testemunhamos no meio social, com o surgimento de denúncias e posterior julgamento dos envolvidos, oferece-nos um sinal de que estamos mudando.

As mudanças culturais não ocorrem de uma hora para outra. Com o correr do tempo elas se solidificam. Estamos aprendendo e reconstituindo os valores necessários à convivência pacífica, democrática, fraterna.

Como afirmamos no editorial de agosto do ano passado: a nação precisa se reconstruir, ou melhor, constituir-se num organismo vivo, pulsante, palpitante, coeso, forte, sereno, com densidade tanta que sua presença na geopolítica mundial se imponha como força transformadora das várias sociedades igualmente injustas, sem dependência dos financistas internacionais que amealham fortunas e aniquilam os mais pobres.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 27.05.15



terça-feira, 26 de maio de 2015

Pesquisa da Strans constata melhora no fluxo de trânsito na zona Leste

Ponte estaiada Mestre Isidoro França
O diretor de Trânsito e Sistema Viário da Strans (Superintendência de Transportes e Trânsito de Teresina), José Falcão, disse que pesquisa nas pontes da zona Leste constatou que as mudanças feitas na área nos últimos meses melhoraram o fluxo de veículos.

“Fizemos esse estudo para verificar se ouve uma melhor utilização das pontes após as intervenções feitas na zona Leste. Com isso, percebemos que aumentou a quantidade de veículos utilizando a ponte estaiada, que anteriormente era uma ponte subutilizada pelos condutores”, disse.

Falcão reforçou que a proibição da conversão à esquerda trouxe mais agilidade na circulação de carros nas principais avenidas da região. “Percebemos que a avenida Dom Severino, que é um importante corredor de fluxo de veículos, está menos congestionada e com mais fluidez, especialmente nos horários de pico”, declarou.



Firmino anuncia inicio de nova fase do projeto Lagoas do Norte

Firmino inaugura obras em agosto
O prefeito Firmino Filho (PSDB) anunciou para até o final do ano o início das obras da segunda etapa do projeto Lagoas do Norte, que vai absorver recursos no valor de R$ 100 milhões. A liberação da verba está em negociação junto ao Banco Mundial.

Firmino esteve na semana passada em Washington (EUA), onde proferiu palestra, para técnicos do Banco Mundial, sobre o projeto e os benefícios trazidos por ele à população. O prefeito foi convidado para falar aos americanos pela passagem da Semana da Água.

Segundo Firmino, serão feitas várias intervenções urbana com a introdução de espaço de cultura e lazer, construção de moradias, de calçamento e asfaltamento de ruas e avenidas.

A primeira etapa do Lagoas do Norte consumiu verba no valor de R$ 33 milhões. O projeto data da administração Silvio Mendes, retomado por Firmino Filho.

PSDB – Firmino disse que o PSDB vai permanecer unido em Teresina. “Somos um partido pequeno e não temos por que nos dividir. Nós vamos encontrar o consenso e o partido vai ficar unido”, garantiu ao ser indagado sobre os desentendimentos entre ele o deputado Marden Meneses, que pretende se reeleger para a presidência do Diretório Estadual do PSDB.



O caso Marcelo: Piauí é mais uma vez humilhado

Marcelo Castro foi desrespeitado pelo presidente da Câmara 
Você está interessado em reforma política? Que sistema de governo você escolheria? Que sistema eleitoral seria melhor para o país? Por que você escolhe um político rico e não um pobre?

Estas perguntas, embora não sejam as que você talvez esteja formulando, nos interessam para afirmar uma coisa: os políticos não querem fazer reforma política nenhuma.  O povo também não. As pessoas não estão nem aí. O que interessa é o bolso com dinheiro e a panela com feijão, carne e arroz.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, do Rio de Janeiro, o estado incluído na região dos “superiores brasileiros”, ignorou o relatório apresentado pelo deputado federal Marcelo Castro, do Piauí, o penúltimo estado na confederação desigual brasileira.

O problema não são apenas conflitos entre o parlamentar piauiense e o carioca. O grande problema é que não somos uma federação e o Piauí não existe. Minto, existe só para bater palmas e oferecer títulos de cidadão piauiense como o que oferecemos a Michel Temer e às centenas de falsas lideranças nacionais.

Tenhamos coragem de dizer a verdade: o Brasil é um país que não respeita os brasileiros. Ou melhor, os brasileiros do lado de cá não se respeitam. Passam a vida toda a puxar saco dos poderosos do Sul Maravilha, amargando a falsa distribuição da riqueza nacional.

Mas o que tem isso a ver com a reforma política? Tudo a ver. Da mesma forma que passamos a vida a puxar o saco dos sulistas, hoje batemos palmas para eles e eles nos ignoram, como o carioca vai agora ignorar o relatório apresentado por Marcelo Castro. Os do contra a verdade dirão que estou a defender o Marcelo. Não, isso não me interessa.

Voltemos ao início da República. Coelho Rodrigues produziu o texto do Código Civil Brasileiro, mas o governo de Floriano Peixoto não lhe permitiu aprovação e o que foi aprovado depois tem a assinatura do cearense Clóvis Belivácqua, casado com uma piauiense, a poetisa Amélia de Freitas Bevilácqua. Mas a base do texto era do piauiense.

É preconceito? De inferioridade? De superioridade? É arrogância? Ou mendicância?

Somos acostumados a mendigar cargos ao Planalto e receber breves tapinhas nas costas para agradar a pequenas lideranças, a lideranças de burgos, a lideranças humílimas que se rebaixam aos grandes líderes nacionais e, aqui, humilham os paupérrimos piauienses.

O Piauí, rebaixado mais uma vez, diz sim aos poderosos do Planalto e, por isso, permanece na planície, a suplicar uma atenção, um pedaço de pão, uma verbinha de gabinete para distribuir nos porões da miséria que mata o povo no campo.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 26.05.15



segunda-feira, 25 de maio de 2015

Editorial: ano perdido para a indústria

Na semana passada, o vice-presidente da AIP (Associação Industrial do Piauí), Gilberto Pedrosa, esteve no Jornal da Teresina 2ª Edição e falou sobre a situação da indústria piauiense, cujo dia hoje se comemora.

Disse Pedrosa que a indústria só contribui com 12% para a formação do PIB (Produto Interno Bruto do Piauí). Alguns anos atrás esta participação ao chegava a 16,6%. Pode existir alguma discrepância de dados, mas a verdade que não pode ser camuflada é a pouca contribuição do setor industrial.

E não é por falta de interesse de nossos produtores, não. É porque o estado não conta com infraestrutura nem verba suficiente para investimentos. Melhorou, melhorou, mas é preciso apressar o passo.

Nesta segunda-feira (25), Joaquim Costa Filho, que assume mais uma vez a presidência da entidade, disse que o ano está perdido para a indústria.

Observou que se o ajuste fiscal perdurar do jeito que está sendo proposto teremos recessão no Brasil e no Piauí. “O índice de desemprego já é alto”, reconheceu o industrial, que se reuniu com o governador Wellington Dias e o secretariado com o objetivo de traçar metas para os próximos anos.

O Piauí precisa produzir não só na região dos cerrados, onde o agronegócio dá saltos animadores, mas também em outras regiões. Acontece que a carência em infraestrutua recursos financeiros é grande. Aí, então, é necessária a parceria entre os governos federal, estadual, as prefeituras e os setores produtivos.

Para exportar, precisamos, antes, investir na produção agrícola e na sua industrialização, construir o porto seco em Teresina, recuperar a estrada de ferro ligando o sul ao norte do estado, concluir o porto de Luiz Correia, pesquisar e buscar a industrialização de nosso minério, investir no incentivo aos pequenos negócios no interior, como o artesanato, por exemplo. Na opinião de Pedrosa, só a ZPE (Zona de Processamento de Exportações), não resolve o problema.

A nossa contribuição na pauta de exportação se restringe a alguma coisa dos cerrados, à cera de carnaúba, castanha de caju. É pouco, muito pouco.

Em um editorial cujo tempo é curto não dá para falar de todas as nossas potencialidades e carências, mas, mais uma vez, fica o recado.

Já perdemos muito nesses anos. Não tem cabimento entregamos o jogo. O atraso no impõe a pressa.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 25.05.15



sexta-feira, 22 de maio de 2015

Ouvintes da Teresina FM são a favor da redução da maioridade penal

Enquête realizada no Jornal da Teresina 2ª Edição desta sexta-feira (22) contabilizou 93% dos votos dos ouvintes a favor da redução da maioridade penal. O restante, 7%, são contra.

A pergunta formulada tinha a seguinte construção: “Você é a favor ou contra a redução da maioridade penal?”. Durante três minutos, 14 pessoas participaram da enquête, dos quais 13 foram a favor e um, contra.

O assunto vem sendo discutido no Congresso Nacional. A Teresina FM quer dar a sua contribuição à discussão ao realizar a enquête, entrevistas e debates.

A emissora informa que a enquête não é uma pesquisa científica, por isso não tem valor científico, mas contribui para aferir a opinião dos ouvintes sobre temas polêmicos ou de interesse público.



O futuro já está perdido?

Sob o título de “O futuro já está perdido”, o veterano jornalista e repórter especial da Folha Clóvis Rossi, postou artigo no site, datado de 17 deste mês, em que lamenta a situação do Brasil no ranking sobre os cuidados na preparação das pessoas para a vida.
Ele analisa o Relatório sobre o Capital Humano, “um estudo que o Fórum Econômico Mundial vem preparando desde 2013, para medir o êxito dos países em adestrar, desenvolver e preparar a sua gente”, o “grande ativo” de cada nação.
O relatório coloca o Brasil na 78ª posição entre os 124 países. Segundo Clóvis Rossi, “há pelo menos três itens que tornam o cenário ainda mais devastador”. Vejamos:
“1 - O que empurrou o Brasil ao fundo do ranking foi o desempenho no preparo dos menores de 15 anos, idade crucial. Nesse capítulo, a posição brasileira é de chorar: 91º lugar.
“Pesou em especial o que o relatório chama de "taxa de sobrevivência em educação básica", ou seja, a capacidade de o aluno sair "vivo" (bem preparado) do ciclo básico.
 “2 - Olhando-se apenas a posição no ranking dos países latino-americanos e do Caribe, aí dá vontade de se matricular no clube dos portadores de complexo de vira-lata.
“O Brasil, sétima ou oitava economia do mundo, dependendo do momento, é apenas o 13º país latino-americano/caribenho em matéria de tratamento digno de seu capital humano.
“Perde para o Chile (45º), Uruguai (47º), Argentina (48º), Panamá (49º), Costa Rica (53º), México (58º), Peru (61º), Colômbia (62º), El Salvador (70º), Bolívia (73º), Paraguai (75º) e Barbados (77º).
“3 - No âmbito dos Brics, que são só cinco, o Brasil fica exatamente no meio: perde de Rússia e China, ganha de Índia e África do Sul.
“Nesse grupo, um detalhe importante: por mais que a China seja um grande êxito de público e de crítica nos últimos muitos anos, sua posição no ranking de capital humano é ruim (64º posto, não muito à frente do 78º do Brasil).
“Parece, pois, evidente que crescimento espetacular, por si só, não é suficiente para preparar o capital humano para os desafios do mundo moderno.
“É uma impressão reforçada pelo fato de que dois países que enfrentam ou enfrentaram uma crise econômico-social terrível (Grécia, 40º lugar, e Espanha, 41º) tratam seu capital humano melhor do que a China e melhor que qualquer um dos países latino-americanos, nos quais ou não houve crise ou ela foi mais suave”.
Domingos Bezerra Filho
Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 22.05.15


CRM denuncia desaparecimento de 36 menores só este ano em Teresina

Emanuel Fontes (CRM): campanha para resgatar crianças
Números levantados pela DPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente), no período de primeiro de janeiro a 18 de maio, indicam que 36 crianças desapareceram este ano em Teresina. Do total, 31 são do sexo feminino (86%). O mês de maior registro é janeiro. A maioria, 17, tem entre 13 e 17 anos. No Brasil, somam-se 50 mil os menores desaparecidos.
O Conselho Federal e os Regionais de Medicina (CRM) desencadearam campanha nacional pelo resgate dessas pessoas. Na próxima segunda-feira (25), Dia Internacional da Criança Desaparecida, membros do CRM visitarão, a partir das 7h30, o Hospital Infantil Lucídio Portella, a Maternidade Dona Evangelina Rosa e a Maternidade Wall Ferraz. Nessas unidades, os conselheiros e autoridades distribuirão folders com informações sobre o resgate de crianças desaparecidas e conversarão com pacientes, pais e médicos para esclarecer dúvidas e alertar sobre formas de prevenção e como denunciar às autoridades suspeitas e desaparecimentos.
O governo brasileiro reconhece que 10% a 15% das crianças desaparecidas não foram resgatadas. A ONU (Organização das Nações Unidas) contabiliza 50%. No mundo, a maior parte dos casos ocorre na Ásia e África.
Os menores raptados são usados no trabalho escravo, exploração sexual e na retirada ilegal de órgãos para o mercado criminoso de transplantes.
A primeira secretária e conselheira do CRM, Mirian Palha Dias Parente, disse que a caravana busca fazer um alerta para a sociedade e para a classe médica. “Essa importante luta visa acabar ou pelo menos reduzir esse grave problema e o médico deve estar envolvido”, destacou.
Ela explicou que o médico pode, “no momento da consulta, observar comportamentos estranhos da criança, como repulsa em relação a seus acompanhantes, sinais de agressão física, comparar documentação da criança com os de seus responsáveis e, em caso de suspeita, denunciar à DPCA”.
Durante entrevista concedida pelo presidente do CRM, Emanuel Fontes, ao Jornal da Teresina 1ª Edição desta sexta-feira (22), um ouvinte denunciou o desaparecimento e morte de uma criança de cerca de 6 anos na região do povoado Cajazeiras, na zona rural de Teresina. Segundo ele, um carro foi abandonado com brinquedos dentro. O corpo da criança foi encontrado sem os órgãos. O ouvinte não soube oferecer maiores detalhes sobre o caso, mas acrescentou que há traficantes de drogas pesadas na área.
Os números para denúncia são: DPCA: (86) 3216-2676; CRM: 3216-6100.


quinta-feira, 21 de maio de 2015

Firmino apresenta projeto Lagoas do Norte em fórum nos Estados Unidos

 
Firmino (em pé) fala sobre o Lagoas do Norte nos Estados Unidos
O prefeito de Teresina, Firmino Filho, proferiu palestra na manhã desta quinta-feira (21) em Washington D.C., capital dos Estados Unidos, sobre o impacto ambiental que a cidade de Teresina vem passando com a implantação do Programa Lagoas do Norte. Ele destacou a importância do projeto que vem transformando uma área de risco em uma área de preservação ambiental, melhorando a vida dos moradores da zona Norte e que acabou se transformando em um dos principais cartões postais da cidade.

Atendendo a convite do Banco Mundial, que liberou os recursos necessários para a execução da primeira fase do projeto, Firmino Filho destacou como o programa tem ajudado a melhorar as condições de vida da população após a sua implantação. O prefeito de Teresina representou o Brasil no fórum promovido pela instituição de fomento para discutir a “Gestão Integrada do Risco de Inundações em Áreas Urbanas”.

Ele lembrou que a área onde o projeto está sendo implantado situa-se na confluência de dois rios onde eram costumeiras as inundações que deixavam, em passado recente, até duas mil famílias desabrigadas; enquanto nos dois últimos invernos, apesar da intensidade das chuvas, praticamente não houve desabrigados naquela região.

“O convite do Banco Mundial, que é nosso parceiro no Lagoas do Norte, foi relevante porque nos possibilitou não apenas mostrar a experiência que temos, mas também adquirir experiências em iniciativas que possam vir a ser implantadas na cidade, especialmente nos setores ambiental e de infraestrutura”, acentuou o prefeito.

Como justificativa para o convite ao prefeito, o Banco Mundial, que custeou todas as despesas relativas à viagem, destacou que o caso de Teresina é de grande valia por representar um projeto multissetorial, com uma abordagem integrada das questões ambiental, social, cultural e de desenvolvimento econômico.

“Tanto para o Banco quanto para Teresina há muitas lições positivas a serem destacadas em face do sucesso da implementação do projeto, numa cidade do Nordeste brasileiro e em uma região urbana marcada pela exclusão social, que o programa indiretamente ajuda a superar”, concluiu Firmino Filho

Fonte: Ascom




Moradores de rua incomodam ou não?

Teresina deve ter, morando nas ruas, pelo menos 300 pessoas, entre homens, mulheres, adultos e crianças, um número reduzido se considerarmos a população da cidade. Isso preocupa?
Claro que, individualmente, isso não incomoda muito. Só quando você é abordado por uma dessas pessoas, pedindo alguma coisa. No centro da cidade, em lanchonete ou bar, as pessoas são sempre abordadas por pedintes, moradores de rua.
Quais os motivos encontrados pelos moradores de rua para fazer tal escolha? São vários: vício em drogas ou álcool, conflito familiar, desemprego, perturbações mentais etc.
Há pelo menos 20 ou 30 anos este não era problema tão sério porque não eram casos comuns. Mendigos se tornaram folclóricos por perambularem pelo centro da cidade ou nas imediações dos mercados públicos de bairros como os da Piçarra, do Mafuá, da Vermelha, do Buenos Aires, do Parque Piauí.
Praticamente moravam nesses locais. Ficaram conhecidos dos consumidores, muitos até com certa relação familiar, de amizade. Não se tinha notícia de brigas, assassinatos. Embora já existisse a droga, a droga pesada - não o álcool, droga lícita, permitida e elogiada -, ela não motivava confusão, crimes.
Isso mudou. Hoje, a realidade de moradores de rua em Teresina, apesar de o número deles ser razoavelmente pequeno, é um problema social. E há entidades e órgãos públicos que buscam soluções. Não é fácil encontrar a solução. Morar na rua, para eles, passou a ser uma opção de vida, passou a ser a própria vida.
Equipes formadas por psicólogos, assistentes sociais e outros agentes de proteção social enfrentam dificuldade para convencê-los a abandonar as ruas. Muitos deles atacam as pessoas, assaltam.
Os assassinatos de dois deles, ontem, servem de alerta para as autoridades e a sociedade civil que se diz organizada.
Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 21.05.15

Ronney confirma liberação de R$ 35 milhões para Teresina

Ronney: Teresina vai ganhar 50 mil metros de calçamento em breve   /fotoportalpmt/
O prefeito em exercício Ronney Lustosa confirmou, em entrevista ao Jornal da Teresina 2ª Edição desta quinta-feira, a reserva de R$ 35 milhões do Ministério das Cidades para Teresina ainda este ano. Ele recebeu a confirmação do ministro Gilberto Kassab ontem, em Brasília, onde esteve acompanhado dos deputados Júlio César de Carvalho Lima (PSD – federal) e Georgiano Neto (PSD – estadual).

A verba estava assegurada, mas o governo federal viu-se obrigado a contingenciá-la, ou seja, bloqueá-la, no ano passado devido à difícil situação financeira. Como os R$ 35 milhões deverão ser liberados em duas parcelas, é possível que a primeira seja transferida para Teresina dentro de aproximadamente três ou quatro meses.

Ronney Lustosa disse que a prefeitura vai construir 50 mil metros de calçamento em todas as zonas da cidade, atendendo a reivindicações formuladas por moradores dos mais diversos bairros.

O ministro fez questão de anunciar a liberação da verba diretamente à população da capital do Piauí e utilizou o Jornal da Teresina 2ª Edição desta quarta-feira (20) para dar a informação.

Ronney Lustosa assumiu a prefeitura interinamente por causa da viagem do prefeito Firmino Filho (PSDB) aos Estados Unidos, onde presta contas sobre os investimentos feitos no projeto Lagoas do Norte a técnicos do Banco Mundial. Firmino volta na madrugada de sábado (23) e reassume o cargo.





quarta-feira, 20 de maio de 2015

Kassab assegura R$ 35 milhões para mobilidade urbana em Teresina

Ministro na Teresina FM: Teresina será a primeira cidade a ser beneficiada
O ministro das Cidades, Glberto Kassab, garantiu, em entrevista ao Jornal da Teresina 2ª Edição, direto do seu gabinete, em Brasília (DF), que a primeira liberação de verba em sua pasta serão os R$ 35 milhões a serem destinados a obras de mobilidade urbana na capital do Piauí.

Ele disse que recebeu o prefeito em exercício de Teresina, Ronney Lustosa, a quem informou que a verba será liberada o mais rápido possível. O dinheiro não constitui recurso orçamentário, mas dotação do próprio ministério.

Segundo o ministro, já há projetos para a área e para setores como saneamento básico, urbanização e construção de equipamentos sociais em conjuntos residenciais mais próximos do centro urbano.

Ronney Lustosa assumiu interinamente a prefeitura com a viagem do prefeito Firmino Filho aos Estados Unidos, onde faz relatório sobre o projeto Lagoas do Norte junto ao Banco Mundial, financiador do empreendimento.






Editorial: Moradias só devem ser entregues se contarem com o necessário

Dados do Plano Estadual de Habitação de Interesse Social indicam que em 2010 o déficit habitacional em Teresina era de 51 mil unidades. Segundo estudo realizado pelo IBGE, hoje o déficit é de 32 mil moradias, uma redução significativa de 37%.

A considerável redução do déficit deve-se principalmente aos empreendimentos do programa Minha Casa, Minha Vida, que, com a crise, pode estar ameaçado, pelo menos temporariamente. Aliás, os financiamentos habitacionais vão sofrer mudanças com os ajustes que o governo federal está fazendo nas finanças públicas.

Outras forças também contribuíram para a diminuição da carência habitacional, como a iniciativa privada, por exemplo.

O que não dá para entrar na cabeça de ninguém é que, enquanto milhares de pessoas precisam urgentemente de abrigo, o poder público constrói conjuntos residenciais e os deixa fechados sob as mais esfarrapadas desculpas.

Aí aparecem os invasores (junto com eles, os vândalos e os aproveitadores), os quais, alegando “viver de aluguel”, integram novo contingente social, novo grupamento social cujas ações, às vezes desesperadas, podem representar uma bomba prestes a explodir.

O prazo para ocupação dos imóveis é de 30 dias. Ocorre que sem a mínima estrutura, as famílias, com crianças e idosos, adiam a mudança. Esta é uma das razões. Outra: tem gente sorteada que não precisa de moradia. Já a possui e quer fazer negócio com o benefício.

Essas moradias, para ser ocupadas, deveriam dispor de água, luz, calçamento, saneamento básico. Os conjuntos residenciais deveriam ser dotados de equipamentos urbanos como praça, área de lazer, quadras de esporte, posto de saúde, escola, biblioteca, transporte público etc.

Acham muito?

Essas casas e apartamento serão habitados por pessoas humanas, contribuintes, cidadãos, gente que merece respeito, que tem direitos e deveres assegurados nas leis do sistema democrático.

O governo acha que os problemas não bastam? O que as autoridades estão esperando? Um conflito de proporções inimagináveis? Um confronto entre as famílias sorteadas e as ocupantes?

Não dá para entender. Estão brincando com a vida das pessoas. Estão jogando com a vida das pessoas. Estão fazendo demagogia com a vida das pessoas.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 20.05.15



Indústria precisa de investimento em infraestrutura para crescer

Pedrosa: Piauí não tem cultura de comércio exterior porque não tem porto
O vice-presidente da AIP (Associação Industrial do Piauí), Gilberto Pedrosa, disse que a energia elétrica ainda não tem a qualidade e a regularidade de que a indústria precisa. No entanto, novas indústrias estão sendo atraídas pela lei de incentivo fiscal e pelo potencial de que o estado dispõe.

“O que falta para atrair indústrias de fora é infraestrutura. Por exemplo: nós não temos um porto seco. Uma indústria de alta complexidade que poderia se instalar no Piauí precisaria ter escritório em Fortaleza ou Recife para exportar seus produtos. Há 20anos lutamos pelo porto seco. Não se justifica isso. A ZPE (Zona de Processamento de Exportação) que o governo está instalando em Parnaíba não é suficiente. Nós não temos cultura de comércio exterior por causa disso. Nós não temos porto”, justificou.

O empresário lembrou que o Piauí tem pouca coisa a exportar: cera de carnaúba - uma commodity de baixo valor agregado -, castanha de caju – cuja maior parte é industrializada no Ceará -, e alguma coisa das agroindústrias dos cerrados, resumindo que são dificuldades a serem vencidas.

Uma dificuldade do distrito industrial sul, em Teresina, é a falta de água, onde cada empresário é obrigado a perfurar o seu próprio poço. Lá também falta saneamento básico, e a maioria das vias de acesso não tem pavimentação (a prefeitura está começando).

Moderna - Gilberto Pedrosa disse que Teresina está recebendo a mais moderna indústria cerâmica do Brasil, na qual a parte operacional só ocupa quatro colaboradores. “É tudo robotizado. Até para pegar as telhas e colocar em cima do caminhão é o robô”, explicou.

Ele acrescentou que “os fornos são americanos, os robôs são italianos, o software é francês e quem veio montar a indústria foram técnicos ucranianos”. A empresa tem capacidade para produzir 1,9 milhão de telhas por mês.

Participação – A indústria tem pouca participação na economia local, apenas 12% do PIB (Produto Interno Bruto). “Esperamos que essa coisa mude. A indústria tem um diálogo bom com o prefeito Firmino Filho, que está empenhado em ampliar o nosso distrito industrial sul, e com o governador Wellington Dias”, destacou Gilberto Pedrosa.

Crise - A construção civil, maior empregadora, reduziu sua produção por causa do encolhimento nos financiamentos do programa Minha Casa, Minha Vida pela Caixa Econômica Federal.

Investimento - Hoje, um bom setor da indústria em que Pedrosa investiria é a alta tecnologia, que não precisa de porto marítimo e a exportação pode ser feita por intermédio de aeroportos dado o pequeno tamanho dos equipamentos.

Isenção - A adoção da política de atração de investimento, na década de 90 do século passado, com a isenção de impostos, possibilitou a implantação de indústrias de transformação, têxteis, bebidas, cimento, açúcar e álcool, beneficiamento de soja e de extração vegetal no Piauí. “Nós temos uma das melhores leis de isenção fiscal do Brasil”, opinou Gilberto Pedrosa.