sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Médium faz palestra na Federação Espírita Piauiense

Ariston era amigo de Chico Xavier
O médium espírita Ariston Teles profere às 19h desta sexta-feira palestra na Federação Espírita Piauiense, situada na rua Olavo Bilac, Centro de Teresina, sobre a crise globalizada dos tempos atuais.

Ariston entende que a crise afeta todos os setores sociais, inclusive as religiões, e que é preciso que as pessoas revejam suas posturas para favorecer o surgimento de mudanças no mundo. A crise moral, segundo ele, é resultante do desmoronamento de valores.

O médium disse que o espírito de Francisco Cândido Xavier manifestou-se recentemente declarando que o caminho para a salvação do mundo e o estabelecimento definitivo da paz é o amor. Aristou conheceu Chico Xavier de perto e sempre o visitava em Uberaba (MG).

O nasceu na Bahia, mas mora em Brasília há quarenta anos.




Câmara concede título de cidadão teresinense ao Dr. Pessoa

Dr. Pessoa: um lutador contra a ditadura
A Câmara Municipal realizou sessão especial na noite desta quinta-feira (27) para homenagear o médico, vereador e deputado estadual eleito Dr. Pessoa (PSD) concedendo-lhe o título de cidadão teresinense.A homenagem foi proposta pelo presidente da Casa, vereador Rodrigo Martins (PSB), ao reconhecer o trabalho prestado pelo médico e vereador à cidade de Teresina.

José Pessoa Leal nasceu na localidade Lagoa da Rosa (Água Branca/PI), no dia 12 de agosto de 1946. Filho do agricultor Faustino Jose Leal e Maria Raimunda Leal, tem seis irmãos: Leonilda Maria Leal, Antonia Palhares Leal, Bibiano Jose Leal, Teodora Maria Leal, Evangelista Jose Leal e Maria Mendes Leal.

Pessoa começou a trabalhar aos 5 anos de idade para ajudar no sustento da família. Como eram grandes as dificuldades, não teve acesso à escola. As únicas ferramentas escolares eram a foice e o machado, e toda a noção que teve de alfabetização deve aos vizinhos. Somente aos 15 anos começou a frequentar a escola.

Morou em Teresina em casa de família e em repúblicas e, na maioria das vezes, a alimentação era feita na Casa do Estudante. Nas férias, trabalhava para ajudar os pais e para se sustentar durante o período escolar.

Em 1966, revoltado com as injustiças sociais e com os critérios usados para o concurso do Banco do Estado do Piauí, no qual não teve aprovação - e quem não fez o concurso foi aprovado -, foi para o Rio de Janeiro, onde morou na  Casa do Estudante do Brasil (CEB). Fez o 2° grau financiado por uma bolsa de estudo, adquirida através de concurso.

Na Casa do Estudante do Brasil conviveu com pessoas nacionalmente conhecidas como Geraldo Vandré, Fernando Gabeira, Vladimir Palmeira dentre outros.

Pessoa conta que lutou contra a ditadura militar junto com o estudante Edson Luiz Ferreira, de Belém do Pará, assassinado pelos militares no restaurante Calabouço, onde também se encontrava. Participou de lutas da classe estudantil no Rio de Janeiro como membro da UNE, foi preso, ficando incomunicável por 60 dias.

Em 1970 mudou para Casa do Estudante em Manaus (AM), onde passou seis meses. No mesmo ano, retornou para o Rio de Janeiro e no ano seguinte, ingressou na Universidade e, como não tinha para onde ir, passou a residir em pensionato de freiras (período universitário) em Teresópolis (RJ).

Uma de suas maiores conquistas foi ter-se diplomado médico pela Faculdade de Medicina de Teresópolis e especializar-se em Cirurgia Geral, Saúde Pública, Administração Hospitalar, Medicina do Trabalho e tornar-se Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (RJ).

Como acadêmico em 1975 e a partir de 1978, como medico no Rio de Janeiro, foi diretor do Serviço de Urgência e Emergência (Pronto Socorro) do Hospital das Clínicas de Teresópolis. Foi também diretor do hospital do bairro Satélite, em Teresina , e diretor do serviço de Urgência e Emergência do Hospital Getúlio Vargas.
Foi professor aprovado em concurso da Faculdade de Medicina de Teresópolis. Atualmente é professor Adjunto em Cirurgia Geral na Universidade Federal do Piauí

Dr. Pessoa foi eleito deputado no dia 5 de outubro com 34.664 votos.


quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Advogado piauiense lança livro sobre a genealogia da família Aguiar

O advogado piauiense Chrysippo Aguiar, que mora em Palmas (TO), lança na manhã deste sábado (29), na APL (Academia Piauiense de Letras), o livro Exposição sobre a família Vieira de Carvalho – Coelho Rodrigues, de autoria de Helvídio Clementino de Aguiar. A obra, lançada em 1939, é talvez uma das primeiras no gênero genealógico no Piauí. Ela tem a lista dos nomes das duas famílias até aquela data.
Advogado reedita livro do bisavô
Chrysippo Aguiar faz o resgate de importante livro sobre as duas famílias, servindo não apenas aos descendentes, mas aos pesquisadores da história piauiense, especialmente os que se dedicam a estudos genealógicos.

Bisneto do autor, o advogado publicou em 2006 o livro Direito Civil: Coelho Rodrigues e a ordem de silêncio, no qual defende a tese de que o jurista piauiense foi deliberadamente esquecido por historiadores e universidades.

Coelho Rodrigues foi o autor do primeiro projeto do Código Civil, cujo texto não foi aprovado na época, durante o governo Floriano Peixoto, no princípio da República, por causa de divergências políticas. O atual Código Civil Brasileiro foi baseado no texto do jurista piauiense.


Justiça com as próprias mãos: falência do Estado

A cada dia encontramos mais pessoas defendendo o que seria justiça com as próprias mãos. Procuremos compreender o que isso significa: se uma pessoa é agredida, assaltada, estuprada, seqüestrada, surge no íntimo dela ou de seu grupo social ou familiar o desejo de justiça, muito natural e um direito seu.

Quando a vítima é assassinada, membros de sua comunidade, seja familiar, profissional, social etc também alimentam a esperança de justiça. Em alguns casos, o grupo se acha no direito de fazer justiça com as próprias mãos. Muitos casos já se registraram no Piauí e em outros estados.

Quando isso ocorre é porque as pessoas - a comunidade de cidadãos - não acreditam no Estado, detentor do poder jurídico e da força, como responsável pelo ordenamento social.

Nas décadas de 60 e 70 do século passado existiu no Brasil um grupo paramilitar intitulado Esquadrão as Morte, que se dizia defensor da sociedade e matava os inimigos públicos. Há pouco tempo, no Rio de Janeiro, milícias foram montadas com a participação de civis e militares para vigiar e punir a ação marginal.

Quando o Estado falha no dever constitucional, deixando de corresponder às expectativas da sociedade, estabelece-se a desordem. Com esta, aumentam os crimes, como se dá no atual momento nacional.

Ontem, um jovem acusado de tentativa de assalto foi morto por cerca de 50 taxistas, segundo publicaram portais de notícias de Teresina. É o retorno da ação justiceira por causa da ausência do Estado na prestação dos serviços de segurança, de saneamento básico, de saúde, educação, etc, etc, etc.

Em todo o País, tais ações se multiplicam. Aqui no paupérrimo e ao mesmo tempo rico Piauí, elas vão crescer se o Estado, não o governo, mas o Estado União e o Estado federado não disserem a que vieram.

O grande perigo: o cometimento de mais injustiças e a implantação da desordem social, sujando a nossa bandeira, cujo dístico é “Ordem e Progresso”.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 27.11.14






quarta-feira, 26 de novembro de 2014

O medíocre e o hipócrita

Fui buscar no dicionário on-line as definições de hipócrita e medíocre, dois tipos de personalidades muito comuns nos dias atuais, talvez até pela necessidade de a pessoa humana sobressair, vencer na vida, obter sucesso, conquistar o mundo.

Hipócrita é aquele que “age como se tivesse um sentimento que não possui; que finge ou dissimula sua verdadeira personalidade ou sua maneira de pensar acerca de uma pessoa ou coisa, geralmente, por possuir interesses ou para se esconder. Hipócrita é aquele que denota hipocrisia. Hipócrita é aquele que é falso; fingido”.

O hipócrita é ao mesmo tempo fisiológico, desonesto, corrupto, desumano. Tem na alma o sentimento da traição, da desonestidade. O hipócrita não vê no vizinho a bondade, a benevolência, a caridade, a justiça, a solidariedade. O hipócrita não identifica no vizinho nenhum bem a não ser os bens que dele quer tomar. A bondade do hipócrita só a ele faz bem. Ele não vê qualidade em ninguém.

O hipócrita é irmão siamês do medíocre. Suas “qualidades” são intimamente parecidas. Vejamos o que diz o dicionário sobre o medíocre: “aquele que está entre o grande e o pequeno, o bom e o mau: obra medíocre”. Ao medíocre falta criatividade ou originalidade. O medíocre é comum, mediano.

O medíocre não tem grande valor intelectual ou capacidade para realizar algo. O medíocre não é detentor de talento. O medíocre está abaixo da média.

No dicionário você encontra que o medíocre nunca alcançará o sucesso, o que não é uma verdade, é apenas uma premissa.

Por que o medíocre é parecido com o hipócrita? Porque o hipócrita inveja o sábio, dele quer tomar não o conhecimento, mas os benefícios que o conhecimento traz. No sábio se mira, copia do sábio até a forma de falar, jamais o conhecimento. O medíocre jamais vai aprender, nem consegue imitar porque lhe falta capacidade para tal.

Não estão entendendo o que estamos a dizer? Nem o porquê de tanto palavreado?

Ora, ora, o medíocre e o hipócrita estão a ocupar importantes postos na sociedade e muitos deles lideram o mundo como se justos fossem.

Em vista disso, são atualíssimas as palavras de Rui Barbosa. “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 26.11.14






terça-feira, 25 de novembro de 2014

O valor da bênção e outros valores

O tema do editorial desta terça-feira não é político, mas tem a ver com a política, não a política estritamente partidária, mas a política no sentido das necessidades dos relacionamentos em sociedade, em comunidade. Para Aristóteles, filósofo grego, o homem é um animal político, ou seja, um ser carente que precisa de coisas e das outras pessoas no convívio social.

E o que nos estimulou hoje a desviar o tema estritamente político-partidário foram as palavras de duas personalidades pronunciadas no Jornal da Teresina 2ª Edição de ontem. Célio Luís Barbosa, diretor da Fazenda da Paz, e João Cláudio Moreno, humorista conhecidos de todos nós.

Célio mencionou a relevância de uma sociedade onde o respeito mútuo, a fraternidade, a bem-querença e o pedido de bênção aos pais, esta em particular, são valores necessários, mas esquecidos ou não devidamente praticados no dia-a-dia, ao contrário de outros tempos em que todo menino ou menina pediam a bênção aos mais velhos, principalmente aos pais e mães.

João Cláudio, dentre outros assuntos, falou que no mundo atual interessa muito às pessoas o consumo. E é verdade. Por causa da ânsia de consumir, a pessoa não tem uma convivência mais saudável, pacífica, sem interesses consumistas exagerados, valendo a máxima de que só vale quem tem.

Que coisa terrível! Esta verdade insofismável nos conduz para viver em uma sociedade em que o consumo é o Deus e o grande templo são os shoppings centers. É claro que há a necessidade de consumir. O homem nasceu para produzir e consumir. Acontece que o exagero pelo consumo, para mostrar o poder de consumir e, daí, denotar importância econômico-financeira e social, ajuda a desviar nossos pensamentos ou mesmo a destruir os valores mais sagrados e mais puros do convívio social.

Então, caros ouvintes, este editorial não se preocupa apenas com a política partidária, mas com a política da boa convivência, da boa vizinhança, da valorização da pessoa humana, do retorno ao respeito à pessoa humana.

Todos nós somos vizinhos uns dos outros.

Pequenos, nós, os humanos, alcançamos a lua e buscamos conquistar todo o espaço, mas não conquistamos a nós mesmos. Ao contrário, nos distanciamos uns dos outros na sociedade de consumo quando transformamos nossos relacionamentos numa banca para a exibição de nossa pequenez travestida de pompa e circunstância.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 25.11.14



 



segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Envolvidos no escândalo da Petrobras devolvem dinheiro desviado


Até a semana passada, cinco delatores da Operação Lava-Jato haviam se comprometido a devolver R$ 423 milhões. Os valores estão bloqueadas em contas no Brasil e no exterior. A devolução, contudo, depende de decisões judiciais. O ex-gerente Pedro Barusco, suposto cúmplice do ex-diretor de Serviços Renato Duque, assinou compromisso de devolver aproximadamente US$ 100 milhões, mais ou menos R$ 253 milhões.
Essa importância é superior ao que a presidente Dilma Rousseff (PT) e o senador Aécio Neves (PSDB) teriam gasto, cada um, durante a campanha eleitoral. A presidente teria despesas em torno de R$ 300 milhões. Aécio teria desembolsado cerca de R$ 290 milhões.
O jornal O Globo publicou que este é o maior volume de recursos a ser devolvido por intermédio de acordos de delação premiada no país. Até agora, o maior valor era o do ex-secretário de Assuntos Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, operador do mensalão do DEM, cerca de R$ 100 milhões em dinheiro e bens.
A onda de delações, a confissão e a promessa de devolução de dinheiro desviado teve início com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que denunciou a estrutura de corrupção em contratos de empreiteiras com a Petrobras e se comprometeu, por escrito, a devolver R$ 70 milhões. Após a delação de Paulo Roberto Costa, o doleiro Alberto Youssef confessou envolvimento e prometeu devolver aproximadamente R$ 50 milhões.
Não vamos aqui detalhar o que cada um vai devolver. O que queremos é refletir sobre o desvio de verbas públicas, o pagamento de propinas e a relação incestuosa e viciada entre empresas públicas, políticos, funcionários públicos e empresas privadas. É um crime tão hediondo quanto o seqüestro seguido de estupro e morte.
Por quê? Porque este tipo de esquema retira o pão da boca de uma criança pobre e joga essa criança no leito da rua. Só do que ficou acertado para devolução daria para construir 8.460 casas populares cada uma no valor de edificação de R$ 50 mil. Dependendo do local de construção, considerando-se o preço do terreno, sua localização, o município, o estado etc etc etc. Não fizemos as contas para saber quantos pães daria. Seriam muitas casas decimais.
Revolta também o fato de que esses saqueadores dos bens públicos exibem importância superior ao cidadão comum, ao trabalhador que come o pão que o diabo amassou com os pés e as mãos sujas para alimentar sua família, humilhando-se muitas vezes, calando-se diante de tantos descalabros e tanta falta de vergonha.
Acreditamos, contudo, que essa etapa será vencida com galhardia pelo povo brasileiro. Acreditamos que a justiça será feita. Acreditamos que o cidadão vai se orgulhar do seu país.
O Brasil vive um novo momento e precisa crescer cada vez mais. E o Piauí junto com ele.


Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 24.11.14