segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Agespisa reduz produção de água devido à turbidez do rio Parnaíba

A produção de água na Estação de Tratamento de Teresina (ETA) foi reduzida em cerca de 30% devido ao alto nível de turbidez do rio Parnaíba, informou, nesta segunda-feira, a Assessoria de Imprensa da companhia. O problema surgiu na noite de sexta-feira, 19, e vem afetando o abastecimento de alguns bairros da capital, especialmente das zonas Sul e Leste.
A turbidez – fenômeno que diminui a transparência da água – se elevou por causa das chuvas registradas na cabeceira do Parnaíba que arrastaram sedimentos para a calha do rio e deixam a água mais turva ou barrenta. Na noite de sábado passado, a turbidez chegou a 850 UTs, quando normalmente não passa de 30 UTs, em média.
Segundo a Agespisa, a produção é reduzida para garantir a qualidade da água distribuída à população, uma vez que a ETA leva mais tempo para tratar a água nessas condições. A turbidez vem caindo desde a manhã deste domingo (21).
A empresa recomenda o uso racional da água nesse período. Para reclamações e sugestões, os moradores podem ligar 0800 086 8888. O serviço funciona 24 horas, inclusive aos feriados. A ligação é gratuita também de telefones celulares.



Alepi rejeita emenda à Constituição que beneficiava auditores fiscais do estado

A Assembleia Legislativa rejeitou em segunda votação, nesta segunda-eira (22), a PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que equiparava a remuneração dos auditores fiscais do estado à dos desembargadores. 16 dos 24 deputados presentes à sessão votaram a favor, mas eram necessários 18 votos favoráveis para ser aprovada. Três votaram contra e cinco se abstiveram.

Os deputados Antônio Uchoa (PROS), João Madison (PMDB), Robert Rios (PDT) e Tererê (PSDB) declaram que votariam a favor em reconhecimento ao trabalho desenvolvido pelos auditores fiscais. Cícero Magalhães (PT), Fernando Monteiro (PTB) e Rejane Dias (PT) declararam abstenção.

Rejane disse que o PT haveria decidido votar contra, mas resolveu se abster, assinalando que o governador Wellington Dias (PT) pretende encontrar uma solução para o caso, beneficiando os auditores fiscais.

Domingos Bezerra Filho



Servidor ou empregado público não pode se omitir diante de irregularidades

Venina: Não vou desistir
Boa parte dos telespectadores brasileiros deve ter assistido neste domingo (21) à entrevista concedida pela ex-gerente de Abastecimento da Petrobras, Venina Velosa da Fonseca, sobre os desvios de conduta e de recursos públicos registrados na empresa. As declarações, contundentes, deixaram o país estarrecido dada a dimensão das irregularidades que estão sendo investigadas e a responsabilidade dos gestores.

Fala-se em R$ 59 bilhões, um valor extremamente elevado. O quanto se poderia fazer com esse montante! Se qualquer tipo de corrupção é abominável e deve ser punida, imagine tamanha verba saindo pelo ralo da empresa mais importante do país, um patrimônio do povo brasileiro.

A luta pela exploração do petróleo foi extenuante e envolveu a sociedade brasileira. Foi uma luta feroz para que a empresa fosse instituída em 1953, com campanha memorável na mídia reivindicando que “o petróleo é nosso”, frase esta pronunciada pelo presidente Getúlio Vargas quando da descoberta de reservas de petróleo na Bahia. A frase, segundo historiadores, foi cunhada pelo professor Otacílio Raínho, do Rio de Janeiro.

Diante de tanta luta e tanto progresso, a empresa deve ser agora passar por uma profilaxia para evitar o aprofundamento da doença que a acometeu, uma doença crônica presente no corpo e na alma da política brasileira: a corrupção.

Com relação à atitude de Venina e sua convocação aos empregados da Petrobras, é importante alertar que o servidor público ou empregado público deve denunciar os desvios de que tenha conhecimento em sua repartição. Não é deduração. É o cumprimento de sua responsabilidade legal como empregado ou servidor, é o cumprimento de sua responsabilidade civil, é uma atitude que deve merecer o apoio da opinião pública.

Corajosa, sem dúvida, Venina vai sofrer muita perseguição. Deve ter cuidado com sua segurança física e deus seus familiares. A vida individual é dela, mas o petróleo é nosso. A Petrobras, empresa de economia mista que tem a União como maior acionista, é nossa e não de um grupo usurpadores e saqueadores do dinheiro público.

Que o exemplo de Venina Velosa seja seguido pelo resto do País.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina de 2.12.14








sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

A federalização do ensino público, a tese de Cristovam Buarque

Cristovam Buarque: federalização do ensino
O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, vem defendendo há algum tempo a federalização das escolas públicas para que o ensino e a educação possam adquirir mais qualidade, ou, pelo menos, a qualidade de que o país carece para oferecer energia ao seu desenvolvimento.

Não apenas ao desenvolvimento econômico, mas ao desenvolvimento socioeconômico, ao desenvolvimento sustentável. Ou seja, o desenvolvimento de cada indivíduo, das cidades, dos estados, do país, com o aproveitamento responsável dos recursos naturais, preservando a natureza para as gerações futuras.

Cristovam Buarque já pronunciou vários discursos no plenário do Senado para defender a idéia. Ele quer que exemplos semelhantes ao da escola de nível médio Augustinho Brandão, em Cocal do Alves, na região de Parnaíba, sejam espalhados pelo Brasil.

Em um dos pronunciamentos, disse o seguinte: “Há muitas prefeituras hoje no Brasil que não podem pagar um salário minimamente decente. Mas nenhuma pode pagar um salário decente sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal”. Ele argumentou que só vê uma maneira: “Usar recursos nacionais, com recursos federais. Se não for assim, a escola Agostinho Brandão não será repetida no estado do Piauí inteiro”, disse.

Segundo depoimento de uma professora que emocionou o senador, todos os alunos da escola que disputaram uma universidade de qualidade conseguiram aprovação.

Cristovam Buarque falou que “só com recursos e força do governo federal, só com a adoção das escolas pelo governo federal é que a gente vai poder fazer com que todas elas tenham a qualidade da Escola Augustinho Brandão”.

Esta é a ideia.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 19.12.114








Falsos mototaxistas tentam assaltar loja na Jockey Club

Dois homens que andavam em um veículo caracterizado como mototaxi tentaram assaltar a loja da Fil a Fil da avenida Jockey Club por volta 15h desta sexta-feira. O assalto só não se consumou porque as empregadas da loja não abriram a porta.

Na tentativa de entrar na loja, um dos homens pressionou a porta de vidro e, como ela não abriu, bateram sem obter êxito. As empregadas haviam travado a porta do estabelecimento e não atenderam à ação suspeita. O suspeito seguiu, então, para a loja vizinha, uma esmalteria, com o mesmo objetivo, onde também não logrou resultado.

As empregadas acionaram a polícia por intermédio de aparelhos celulares e de outros recursos tecnológicos, como o watsApp. O reforço policial chegou cerca de 20 a 25 minutos depois.

O homem que tentou chegar ao interior do estabelecimento trajava uma jaqueta preta. O outro ficou esperando, sentado na motocicleta. Instantes depois a dupla foi embora, com destino ignorado.

O dono da loja, empresário Lamartine da Fonseca Cavalcante, que não estava no momento da tentativa de assalto, disse que no ano passado a loja foi invadida um mês depois de ser aberta, em setembro, em um domingo. Ele alerta que o índice de assaltos na zona Leste está muito grande.

Os dois policiais que atenderam à tentativa de assalto receberam comunicado de nova ocorrência e deixaram o local.

A Teresina FM preserva os nomes das duas trabalhadoras porque elas não quiseram se identificar para o público.


quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A difícil arte de recomeçar


Recomeçar não é fácil, mas é necessário. No dia-a-dia, enfrentamos várias batalhas. Batalhas em defesa da própria vida, em defesa da sobrevivência, em defesa dos nossos princípios, em defesa de nossas ideias, em defesa de nosso emprego, em defesa de nosso estado, em defesa de nossa Pátria.

Nas nossas batalhas diárias lutamos em defesa de nossas famílias, em defesa de nossos filhos. A defesa dos filhos é uma característica até da ação dos animais irracionais. Chegue perto de uma onça recém-parida para ver o que acontece!!!! Uma inofensiva galinha caseira avança contra a pessoa quando esta ameaça algum ato contra seus filhotes.

No nosso dia-a-dia, somos derrotados em muitas de nossas batalhas. Aí é preciso saber recomeçar. Recomeçar é, ao mesmo tempo, uma arte e uma ciência. Não uma arte na conceituação, na concepção da cultura livresca. Uma arte porque é fruto da criatividade, da experiência, da vontade, da luta. E fazer arte é lutar sempre.

Recomeçar é uma ciência. Não uma ciência no sentido estrito, mas no sentido lato, porque permite interpretações, subjetivações, entendimentos diversos conforme os conhecimentos, a experiência individual, a relativa observação pessoal etc.

Sendo recomeçar uma arte e uma ciência, é preciso saber recomeçar. Mas para saber recomeçar é preciso adquirir experiência, tentar, ir em frente, ir à luta. Assim como vamos à luta diariamente neste estado pobre, que tentamos em tornar rico, sem o sofrimento nosso de cada dia em decorrência das mazelas históricas que herdamos de nossos antepassados e incentivamos nos nossos contemporâneos.

É preciso recomeçar todo dia, como se cada dia - como o é na realidade – jamais tivesse existido. Todavia, as experiências do ontem devem ser avaliadas para delas tirarmos os melhores ensinamentos, tais quais aqueles que nos transmitem nossos pais e mães.

Recomeçar é levantar a cabeça diante da derrota e do sofrimento, mesmo com medo de errar. Este, o medo, é natural, mas não devemos nos conceder o direito de permanecermos no medo. Precisamos, ao cair, levantar, arrostando as maiores dificuldades porque só os que enfrentam as adversidades conquistam a vitória.

Mas o que tem a ver essa filosofia com a nossa realidade? A filosofia é parte integrante do nosso dia-a-dia. Ajuda a construir o nosso dia-a-dia.

E como o Piauí vive caindo pelas tabelas carecemos levantar os nossos pensamentos, as nossas pernas, os nossos braços e lutar, lutar sempre. Jamais desesperar.

Os fortes não se desesperam, pois sabem que há sempre um amanhã.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 18.12.14








Contrato com Agespisa está por um fio

Agespisa não cumprindo contrato firmado com a prefeitura
O prefeito Firmino Filho disse, em entrevista ao Jornal da Teresina 2ª Edição desta quinta-feira (18), que o contrato com a Agespisa para a prestação de serviços de água e esgoto está por um fio porque a empresa não cumpriu as cláusulas.

A Agespisa vem passando por sérios problemas de gestão em decorrência da crise financeira que a atingiu há, pelo menos, 20 anos, e este é o motivo do não cumprimento a contento do contrato firmado com a prefeitura, desagradando a população quanto à produção e fornecimento de água.

Várias regiões da cidade reclamam dos serviços oferecidos pela Agespisa. A direção da empresa, contudo, afirma que com a construção de novas estações de tratamento o fornecimento de água vai melhorar.

A região da Santa Maria da Codipi, na zona Norte, cresceu extraordinariamente nos últimos dez anos. Na região, vários conjuntos habitacionais foram construídos, aumentando a demanda por água. Uma estação de tratamento deve ser entregue no começo de 2015.




Parceria entre prefeitura e governo do Estado vai melhorar serviços de saúde

A parceria administrativa entre a prefeitura de Teresina e o governo do Estado deverá possibilitar a melhoria na prestação dos serviços de saúde com a construção e ampliação de novas unidades, entre outros benefícios.

A expectativa é do prefeito Firmino Filho, que concedeu entrevista ao Jornal da Teresina 2ª Edição desta quinta-feira (18), quando destacou as ações do Executivo municipal em 2014.

Firmino disse que a parceria com o governador eleito Wellington Dias está sendo encaminhada para o bem da população, sem necessariamente ter alinhamento político, como vem sendo anunciado na mídia.

O prefeito lembrou a construção de novas UBS (Unidades Básicas de Saúde) e a reforma e ampliação de hospitais, como o do Monte Castelo, que deve ser inaugurado em fevereiro de 2015.

Sobre as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), Firmino informou que o MPT (Ministério Público do Trabalho) entrou com ação para impedir a contratação de Organização da Sociedade Civil de Interesse Publico (Oscip) para administrar esses postos, mas o problema está sendo resolvido e elas devem começar a funcionar no início do ano.

A gestão por OSCIP será uma experiência que, se der certo, perdurará. Caso contrário, será interrompida. Em outros estados vem dando certo. No Piauí, lembrou o prefeito, uma organização dessas administra o Ceir (Centro Integrado de Reabilitação), cujos resultados são altamente positivos.






Firmino nega saída do PSDB


Firmino Filho: não vou sair do PSDB
 O prefeito Firmino Filho disse, nesta quinta-feira (18), em entrevista ao Jornal da Teresina 2ª Edição, que não vai se desfiliar do PSDB. Ele declarou que soube disso pela imprensa, mas não tem o menor fundamento.

Firmino reconheceu que há problemas no ninho tucano, o que é natural em qualquer agremiação política. Contudo enfatizou que está bem no PSDB e se relaciona positivamente com os correligionários.

As conversações que vem mantendo com o governador eleito Wellington Dias visam ao bem da cidade e não têm matiz político-partidário, explicou.

Alguns portais de notícia vêm insistindo que Firmino vai abandonar as hostes tucanas e ingressar no grupo que estaria tendente a criar novo partido para dar apoio aos governos Wellington Dias e Dilma Rousseff.





sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

ONU alerta que o número de pessoas que precisam de ajuda é o mais alto da história

A ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu o dia 18 de agosto com o Dia Mundial da Ação Humanitária, com o objetivo de sensibilizar as pessoas para “as questões humanitárias e os esforços de cooperação internacional para apoiar os que se encontram em situação de extrema vulnerabilidade.”

A data lembra o maior ataque sofrido por uma sede da ONU, ocorrido há 11 anos em Bagdá. O ataque deixou 22 funcionários mortos, inclusive o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, que trabalhava como representante do secretário-geral da ONU para o Iraque.

Segundo a Organização, o número de pessoas em todo o mundo que precisam de ajuda humanitária nunca foi tão alto na história. Por isso, a data homenageia as pessoas que perderam a vida em serviço humanitário. “Milhares de pessoas em todo o globo estão fazendo um trabalho incrível todos os dias. 

Mas, infelizmente, alguns deles pagam um preço muito alto”.
A Síria é um dos países que mais precisam de ajuda humanitária. Lá, quase metade da população – 10,8 milhões de pessoas – precisa de assistência.

Em Brasília, este ano, ao lembrar a data, foi lançado um selo postal em homenagem a Sergio Vieira de Mello. Essas atividades tinham como objetivo sensibilizar a sociedade civil para as carências que grande parte da humanidade tem.

Aqui, no pobre Piauí, também é grande o número de pessoas que precisam de ajuda. Ajuda no sentido moral, espiritual, material. Ajuda para mudar de vida, galgar novos espaços no contexto social, nas finanças, na educação, na saúde, na segurança. Ajuda para evitar que sejam acometidas de doenças que atacam as regiões pobres do planeta, como a dengue, aqui sempre presente.Ajuda para mudar de estilo de vida e se sentir partícipe do mundo, cidadão de sua cidade, integrante do corpo social que constrói o mundo e se reconstrói a cada dia.

Atenção. Daqui a poucos dias assumem o novo governador e uma nova Assembleia Legislativa. Não tão novos assim. Aliás, nada contra os mais experientes. Muito pelo contrário, mas é preciso renovar. Um renovar de idéias e de posturas. Um renovar de esperanças para construirmos um estado digno do seu povo, que não precise, no futuro, de tanta ajuda como hoje precisamos.

Esta é a ideia.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 12.12.14




quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Governo quer empréstimo para duplicar metrô

O governo do Estado vai revitalizar o sistema de transporte ferroviário de Teresina, duplicando a linha do metrô entre as estações localizadas no Shopping da Cidade e no bairro Dirceu Arcoverde, na zona Sudeste.

Pedido de empréstimo no valor de R$ 232 milhões, feito pelo governador Zé Filho, foi aprovado na Comissão de Fiscalização e Controle, Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa, após avaliação de parecer do deputado Mauro Tapety (PMDB). A matéria será votada em plenário.

Os recursos são provenientes do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento – Mobilidade Urbana -), via Caixa Econômica Federal.

O projeto visa à modernização do sistema ferroviário da cidade, com redução do tempo de deslocamento até o centro de Teresina.





Strans vai apreender veículos que estacionarem na faixa exclusiva de ônibus

A Strans (Superintendência de Transportes e Trânsito) vai apreender a partir da próxima semana os veículos que estacionarem nas faixas exclusivas de ônibus nas ruas Desembargador Pires de Castro e Coelho de Resende.

O diretor de Operação e Fiscalização da Strans, coronel Jaime Oliveira, disse que as faixas exclusivas prioriza o transporte de massa e melhora o fluxo de veículos no centro da cidade. Esse tipo de faixa já existe na avenida Frei Serafim.
O coronel disse que toda a sinalização, com a inscrição “ônibus”, foi finalizada nesta quinta-feira.

Vamos virar o jogo

Costuma-se dizer que a vida é um palco e que todos nós vivemos a atuar, que todos somos atores no palco da vida, usando disfarces, máscaras, figurinos, encenando papéis os mais diversos.

No palco da vida, nós também jogamos os nossos jogos, perdendo e ganhando, ganhando e perdendo, cometendo faltas, patrocinando jogadas extraordinárias, aplicando dribles os mais sensacionais, xingando os juízes e as mães deles.

Hoje, o Brasil enfrenta um jogo difícil: a crise moral. Queremos vencer e ultrapassar mais esta fase para alcançarmos a final e nos sagrarmos campeões da moralidade.

No dia-a-dia, no jogo da vida, não estamos conquistando tudo aquilo a que aspiramos. Senão vejamos: no jogo da violência, perdemos todo santo dia, atingidos que somos pelas nossas desgraças aliadas ao descalabro governamental.

No jogo da saúde, estamos a perder centenas de pessoas nos nossos hospitais caóticos em que a prestação dos serviços assemelha-se a um crime. Crianças, jovens, adultos e idosos têm suas vidas ceifadas pela incompetência e ineficiência da administração pública. Matam-se, nos hospitais, aqueles cujas vidas estão mais próximas do fim. E quem tem o direito de dizer que esta ou aquela vida está se acabando?

No jogo da educação, ainda ocupamos lugares destacados nos índices de analfabetismo, muito embora tenhamos algumas escolas públicas que, com esforço individual de professores, diretores, alunos e funcionários galgam posições de reconhecido valor.

No jogo da economia, somos talvez o estado em que há proporcionalmente o maior número de famílias beneficiadas pelos programas de complementação de renda tipo bolsa família. Ou seja, não nos desenvolvemos, caminhamos devagar porque já tivemos pressa e jamais chegamos aonde queríamos chegar.

Em decorrência da falta de infraestrutura, indústrias que aqui se instalariam buscam outros lugares como o vizinho Maranhão e lá oferecem emprego, movimentando a roda da economia, contribuindo para desenvolver o estado e melhorar as condições de vida da população.

No jogo da empregabilidade, exportamos trabalhadores e estudantes e disso nos orgulhamos. Nossas forças mais enérgicas são, neste caso, expulsas pelos orgulhosos donos do poder político e econômico.

Nós estamos perdendo o jogo. Quiçá possamos virar a partida no tempo regulamentar derrotando os adversários com a competência de que são eles são detentores.

Editorial do Jornal da Teresina de 11.12.14




quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Equipe de governo e o desafio de não repetir os erros

Durante a campanha eleitoral deste ano, o senador Wellington Dias (PT) manteve críticas duras sobre a atual administração estadual, identificando nas ações de Zé Filho equívocos e erros propositadamente cometidos. As avaliações feitas pela comissão de transição do futuro governo levam a crer também que o atual governo erra de propósito.

Pois bem. Agora, quando conversa com aliados e alguns outros partidos que quer atrair para conquistar ampla e folgada maioria na Assembleia Legislativa, o futuro governador esbarra com um grande desafio: como já esteve à frente do Poder Executivo por dois mandatos, não deve mais cometer os mesmos erros.

Alguns dos nomes ventilados para a sua equipe são do conhecimento público e já exerceram alguns cargos. Outros, embora também sejam conhecidos de boa parte da população, ainda não têm experiência nos postos para os quais estão sendo indicados ou especulados.

Qualquer que seja o governo, deve ele ser conduzido com a presença de pessoas de linhagem técnica e política para oferecer condições não apenas de governabilidade. É imprescindível a formatação de projetos exeqüíveis, o que é possível com a experiência administrativa, o conhecimento técnico-científico, planejamento estratégico, verbas, foco nas prioridades socioeconômicas, zelo com a aplicação dos recursos públicos – evitando-se a prática da corrupção -, dentre outros fatores.

A condução equilibrada de todos os processos político-administrativos tem relação estreita e direta com a escolha, feita com ponderação, de todos os membros da equipe, inclusive do líder do governo no Poder Legislativo. Cada um e todos têm importância e cota de responsabilidade.

Gestores autoritários são instrumentos prejudiciais à governabilidade. Administradores corruptos são aliados da pobreza, da miséria e, hoje, visitantes do Poder Judiciário, onde respondem por atos tresloucados.

O Piauí carece de reengenharia administrativa e política para dar saltos urgentes na ordenação da vida social, a vida de todos, e não de poucos beneficiários do sistema custeado pelo bolso popular. O Piauí precisa mudar urgentemente.

E o governador não pode, como não deve, errar na escolha de seus gestores, sejam eles velhos conhecidos ou neófitos na administração da coisa pública.

Esta é a idéia.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 10.12.14





João Vicente pode disputar a prefeitura de Teresina

O senador João Vicente Claudino, presidente do PTB no Piauí, disse que não descarta a possibilidade de disputar a prefeitura de Teresina em 2016. Ele falou que se disse que seu nome não está à disposição do partido desestimularia os filiados. A informação foi postada no portal GP1.

Todavia, acrescentou que a agremiação conta com dois vereadores na capital, além de outros filiados, que poderão se destacar dependendo dos trabalhos das lideranças partidárias.

Já se comenta em algumas rodas que João Vicente Claudino, que desistiu de disputar a única vaga que sobraria, este ano, no Senado, a sua própria, poderá concorrer novamente em 2018, quando serão abertas duas vagas.




Praça Ocílio Lago ganha internet gratuita

A praça dos skatistas, como é mais conhecida a praça Ocílio Lago, no Jóckey Clube, zona Leste ganha internet gratuita a partir das 19h desta quarta-feira (10). O Firmino Filho vai comandar a solenidade, falando aos jovens que costumam frequentar o espaço para prática de esportes, sobre a importância da internet como estímulo ao estudo e à pesquisa.

O Projeto Wifácil, que disponibiliza internet de graça para a população, vai contemplar, a princípio, 15 praças da cidade. A primeira a receber o projeto foi a praça da Telemar,  no bairro Mocambinho, na zona Norte.

O Wifácil é bem fácil de acessar. Ao encontrar a rede WIFÁCIl, o internauta é levado a fazer o login, com o uso do CPF e nome completo. Feito o cadastro, ele já está conectado para usar a internet.

A prefeitura disponibiliza 12,5 megabytes, o que permite até 250 conexões simultâneas para conexões de WhatsApp, e-mails, e outras redes sociais.




sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Termo de cooperação técnica favorece PCDs

O procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho no Piauí, José Heraldo, assinou Termo de Cooperação Técnica com a Ação Social Arquidiocesana (ASA) no valor de R$ 175 mil para incentivar o projeto “Levanta-te. Vem para o Meio”, que vai realizar treinamentos e cursos de qualificação de pessoas portadoras de deficiência no Piauí.

Durante todo ano de 2015, a ASA/AVAPE (Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência) definirá os cursos a serem realizados, promover a mobilização e a inscrição dos participantes, selecionar os instrutores e prestar contas mensalmente do valor gasto nas atividades, bem como do nível de aproveitamento dos participantes e os resultados atingidos.

Os recursos são provenientes de multas relativas a termos de ajuste de conduta celebrados entre empresas públicas e/ou privadas e o Ministério Público do Trabalho e ações civis públicas. O valor inicial de R$ 175 mil é parte de uma ação em face de uma empresa operadora de telefonia móvel.

A procuradora do Trabalho Maria Elena Rego disse que a parceria vai além da obrigatoriedade de se cumprir a lei 8.213/93, relativa à cota de deficientes no mercado de trabalho. “Os cursos de qualificação darão mais oportunidades para os portadores de deficiência entrarem no mercado de trabalho, concretizando a cidadania e o direito ao emprego, como também auxiliarão as empresas a cumprirem a cota estabelecida pela lei”, declarou.





O resgate da educação para favorecer o poder da sociedade

Há muito tempo se ouve falar e a mídia sempre publica que a sociedade brasileira e quiçá as sociedades espalhadas pelo resto do mundo enfrentam uma série de problemas originários da inversão de valores ou mesmo da quebra dos valores humanos.

Culpa-se a modernidade, ou pós-modernidade, como queiram. Culpa-se a mídia, que divulga as informações, a televisão, em especial, que mostra e desvela os mais recônditos pecados da pessoa humana. Culpa-se também a internet, que guarda o mundo dentro de suas engrenagens virtuais e expõe a pessoa a variados crimes e imperfeições morais.

Por onde se anda exige-se uma nova ordem econômica, social, moral, educacional. Uma nova ordem na qual a pessoa humana tenha assegurada a sua cidadania, com as garantias patrocinadas pelos direitos naturais da pessoa humana.

As vozes da juventude, da velhice, dos pais de família; as vozes dos trabalhadores postulam nova conduta, a construção de uma nova sociedade, um novo país. Uma nação onde as diversidades sejam respeitadas e todos possam ter seus direitos assegurados e os deveres cumpridos. Uma nação que não envergonhe nem ao jovem nem ao idoso.

Uma nação onde o civismo seja estimulado, a democracia participativa uma realidade e o engajamento político permitido a todos os indivíduos. Uma nação que ofereça poder à sociedade.

Mas dirão alguns que não é fácil e não interessa aos eventuais ocupantes dos cargos diretivos conceder empoderamento à sociedade. Todavia, a nova postura de que o país precisa é inadiável, para o bem de todos e de cada um.

Recorro ao professor Custódio Pereira, em artigo sobre o empoderamento da sociedade no qual descreve ser necessário o resgate do ensino.
E é com a educação que se construirá essa nova realidade. Dados do Censo Escolar 2012 indicam que “nos 192.676 estabelecimentos de Educação Básica do País estão matriculados 50,54 milhões de alunos, sendo 42,22 milhões (83,5%) em escolas públicas e 8,32 milhões (16,5%) em instituições privadas. As redes municipais são responsáveis por quase metade das matrículas (45,9%), o equivalente a 23,22 milhões, seguidas pelas estaduais, que atendem 37% do total, com 18,72 milhões. As escolas federais, com 276,43 mil matrículas, participam com 0,5% do total”.

Acrescenta o professor que “as estatísticas são inequívocas: há 42,22 milhões de brasileiros na Educação Básica, quase uma Espanha inteira, que dependem diretamente do Estado para se apropriar do bem maior do conhecimento. Garantir-lhes tal direito significará, também, lhes dar melhor saúde, mais segurança, perspectivas concretas de ascensão econômica e vida de qualidade, cumprindo-se na prática as promessas das campanhas eleitorais”.

É com o resgate da educação que ofereceremos poder à sociedade.


Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 05.12.14



O resgate da educação para favorecer o poder da sociedade

Há muito tempo se ouve falar e a mídia sempre publica que a sociedade brasileira e quiçá as sociedades espalhadas pelo resto do mundo enfrentam uma série de problemas originários da inversão de valores ou mesmo da quebra dos valores humanos.

Culpa-se a modernidade, ou pós-modernidade, como queiram. Culpa-se a mídia, que divulga as informações, a televisão, em especial, que mostra e desvela os mais recônditos pecados da pessoa humana. Culpa-se também a internet, que guarda o mundo dentro de suas engrenagens virtuais e expõe a pessoa a variados crimes e imperfeições morais.

Por onde se anda exige-se uma nova ordem econômica, social, moral, educacional. Uma nova ordem na qual a pessoa humana tenha assegurada a sua cidadania, com as garantias patrocinadas pelos direitos naturais da pessoa humana.

As vozes da juventude, da velhice, dos pais de família; as vozes dos trabalhadores postulam nova conduta, a construção de uma nova sociedade, um novo país. Uma nação onde as diversidades sejam respeitadas e todos possam ter seus direitos assegurados e os deveres cumpridos. Uma nação que não envergonhe nem ao jovem nem ao idoso.

Uma nação onde o civismo seja estimulado, a democracia participativa uma realidade e o engajamento político permitido a todos os indivíduos. Uma nação que ofereça poder à sociedade.

Mas dirão alguns que não é fácil e não interessa aos eventuais ocupantes dos cargos diretivos conceder empoderamento à sociedade. Todavia, a nova postura de que o país precisa é inadiável, para o bem de todos e de cada um.

Recorro ao professor Custódio Pereira, em artigo sobre o empoderamento da sociedade no qual descreve ser necessário o resgate do ensino.

E é com a educação que se construirá essa nova realidade. Dados do Censo Escolar 2012 indicam que “nos 192.676 estabelecimentos de Educação Básica do País estão matriculados 50,54 milhões de alunos, sendo 42,22 milhões (83,5%) em escolas públicas e 8,32 milhões (16,5%) em instituições privadas. As redes municipais são responsáveis por quase metade das matrículas (45,9%), o equivalente a 23,22 milhões, seguidas pelas estaduais, que atendem 37% do total, com 18,72 milhões. As escolas federais, com 276,43 mil matrículas, participam com 0,5% do total”.

Acrescenta o professor que “as estatísticas são inequívocas: há 42,22 milhões de brasileiros na Educação Básica, quase uma Espanha inteira, que dependem diretamente do Estado para se apropriar do bem maior do conhecimento. Garantir-lhes tal direito significará, também, lhes dar melhor saúde, mais segurança, perspectivas concretas de ascensão econômica e vida de qualidade, cumprindo-se na prática as promessas das campanhas eleitorais”.

É com o resgate da educação que ofereceremos poder à sociedade.


Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 05.12.14



Empresários divulgam carta aberta ao governo pedindo pagamento de débitos

A APEOP (Associação Piauiense de Empresários de Obras Públicas) divulgou Carta Aberta ao Governo do Estado do Piauí cobrando o pagamento dos débitos contraídos junto às pequenas e médias construtoras locais.

O documento diz que os empresários não entendem por que o governo não quita as dívidas das empreiteiras já que paga a outros setores.

“Quase que diariamente tomamos conhecimento através da imprensa, que os gestores estão preocupados em pagar segmentos outros, como terceirizados, aluguel de caminhonetes, etc., o que nos faz questionar que parâmetro está sendo utilizado para delimitar se esse ou aquele segmento é mais importante do que uma Escola que está fechada por falta de conclusão, ou um hospital que atendem precariamente porque os serviços foram paralisados”,diz a carta.

Os empreiteiros declaram que com a carta esperam sensibilizar o governo do Estado a fim de que ele venha a público dizer o que pretende fazer com as dívidas.

Confira na íntegra a carta dos empresários

Carta Aberta ao Governo do Estado Piauí
A APEOP – Associação Piauiense de Empresários de Obras Públicas, entidade representativa do segmento de empresas que se dedicam à contratação para a construção, reformas, instalações, estudos, projetos e afins de obras nos diversos âmbitos dos poderes públicos legalmente instalados no Estado do Piauí, atualmente tem como associados, 62 (sessenta e duas) pequenas e médias empresas construtoras as quais detém mais de 300 (trezentas) obras, nas diversas secretarias de estado do Piauí, vem a público em Carta Aberta, se dirigir aos gestores do Estado no sentido de expressar as seguintes preocupações:

1º - É sabido que o Estado do Piauí atravessa dificuldades na sua gestão financeira, deixando de honrar o pagamento de contratos há muito firmados, o que acarreta prejuízos para este segmento uma vez que, para o empresário do setor paralisar uma obra em por falta de pagamento, os custos com desmobilização, manutenção do canteiro, encargos sociais, manutenção de vigilância etc. são muito altos;

2º - Quase que diariamente tomamos conhecimento através da imprensa, que os gestores estão preocupados em pagar segmentos outros, como terceirizados, aluguel de caminhonetes, etc., o que nos faz questionar que parâmetro está sendo utilizado para delimitar se esse ou aquele segmento é mais importante do que uma Escola que está fechada por falta de conclusão, ou um hospital que atendem precariamente porque os serviços foram paralisados.

3º - Todos nossos Associados têm sobre seus ombros a responsabilidade de manter seus escritórios em dia, seus impostos em dia, pagamento de pessoal em dia, fornecedores em dia, etc. Recentemente o Senhor Secretário de Fazenda, Sr. Raimundo Neto de Carvalho, se recusou inclusive a receber Diretores desta Associação, alegando que não tem responsabilidade pelo pagamento destes contratos, muitos deles quase com a totalidade dos serviços contratados já executados e sem nenhum pagamento, mesmo a parcela inicial. Essa falta de compromisso do Governo do Estado através do principal gestor do Tesouro Estadual nos deixa preocupados;

4º - Com essa Carta Aberta ao Governo do Estado do Piauí, esperamos que o mesmo possa se manifestar a respeito do assunto, esclarecendo definitivamente o que pretende fazer com as dívidas contraídas pelo Governo do Estado com essas empresas Construtoras. Cabe aqui lembrar que o Governo é impessoal e que contratos firmados em gestões passadas, na presente gestão e em futuras gestões devem ser sempre honrados, junto a este e tantos outros segmentos. Contrato é contrato. Tem que ser honrados sempre por ambas as partes.

Os Associados da APEOP são empresários honrados, comprometidos, no sentido de fazer sempre o melhor para atender e executar bem aquilo que está contratado junto aos mais diversos órgãos da administração pública, seja Estadual, Federal ou Municipal, seja do Executivo, do Legislativo ou Judiciário. 
Portanto, não deve o principal pagador do Estado simplesmente virar as costas como se responsabilidade não os atingisse. Queremos saber de Vossa Excelência se no seu governo o Estado do Piauí vai ou não vai honrar seus compromissos mandando pagar o que nos é devido.

Necessitamos de um posicionamento firme e esclarecedor por parte de sua Excelência, a fim de que possamos honrar também com nossos compromissos.
                                                              Atenciosamente,
                                                                  A Diretoria




quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O desperdício de alimentos e a fome no mundo

Iniciamos hoje uma série de editoriais enfocando o desperdício de alimentos, a fome, o fim da pobreza e o desenvolvimento econômico sustentável. É claro que o assunto não será esgotado em textos do tamanho de um editorial de programa jornalístico de rádio, texto geralmente pequeno, como manda a rotina da produção radiofônica.

O aumento da pobreza mundial está diretamente ligado ao desperdício de alimentos, segundo especialista da ONU (Organização das Nações Unidas). A lógica para se entender o problema é a lei da oferta e da procura, segundo o especialista, porque quanto mais comida se desperdiça, jogando fora, mais caros ficam os alimentos. Assim, as famílias são obrigadas a gastar mais com a alimentação e menos com educação, por exemplo.

Cerca de 100 milhões de pessoas não têm teto no mundo. Contabiliza-se 1,1 bilhão de analfabetos. 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, das quais 630 milhões são extremamente pobres. 1,5 bilhão de pessoas não têm água potável. 1 bilhão de pessoas passam fome e há mais de 840 milhões de famintos. Em meio a toda essa realidade, vemos propagandas sobre economia de água e de energia, mas sobre o desperdício de alimentos, nada.

No ano passado, um terço dos alimentos produzidos para consumo humano foi perdido ou desperdiçado, o que corresponde a 1,3 bilhão de toneladas, “totalizando 750 bilhões de dólares anuais ou 2 bilhões de pessoas a mais que poderiam estar sendo alimentadas. (...) A maior parte desse desperdício acontece nas fases de pós-produção, como colheita, transporte e armazenamento da produção”, diz Janguiê Diniz, mestre e doutor em Direito, Reitor da UNISSAU (Centro Universitário Maurício de Nassau) e presidente do Conselho de Administração do Grupo Ser Educacional.

Nos países em desenvolvimento, o desperdício dos alimentos tem ligação com a infraestrutura inadequada. Nos países mais desenvolvidos, tem a ver com a comercialização e o consumo. Diante de tudo isso, encontramos o vilão: a falta de infraestrutura.

Segundo Janquiê, “é preciso investir mais em diversas áreas, como portos, estradas, armazéns e transportes refrigerados para a melhor conservação dos produtos”, sem esquecer igualmente na necessidade da conscientização da população, das autoridades e da iniciativa privada.

O Brasil recebeu prêmio por ter reduzido a fome antes do prazo, previsto para 2015 pela ONU nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Todavia, se não acabarmos de vez com a fome e a pobreza, tudo poderá ter sido em vão, perdurando entre nós multidões de famintos enquanto se desperdiçam alimentos no Brasil e no mundo.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 04.12.14






segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

A relação entre a expectativa de vida e o desenvolvimento

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nesta segunda-feira (01.12.14) os dados sobre a expectativa de vida no Brasil. Está lá que uma criança nascida em 2013 deve viver em média 74 anos, 10 meses e 24 dias. O valor é 3 meses e 25 dias maior do que a expectativa de vida registrada em 2012.
A esperança de vida ao nascer para mulheres ultrapassa os 80 anos nos estados de Santa Catarina, Espírito Santo, São Paulo, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.
O Piauí está entre os três últimos com menor expectativa de vida. Só ganha de Alagoas e Maranhão. Aqui, a expectativa de vida para os homens é de 66,5. Para as mulheres é de 74,6 e a expectativa de vida total ficou em 70,5.
Rio Grande do Norte é o estado em que a esperança de vida mais cresceu entre 1980 e 2013. Uma pessoa que nasceu naquele estado na década de 80 podia viver, em média, até os 58,2 anos. Em 2013 o número pulou para 75 anos.
No Brasil, o incremento foi de 12,4 anos nos últimos 33 anos. Em 1980, a esperança de vida ao nascer era de 62,5 anos. Hoje é de 74,9 anos.
A diferença entre a expectativa de vida de homens e mulheres também se agravou nos ´-últimos 30 anos. Em 1980, as mulheres viviam cerca de 6 anos a mais dos que os homens. No ano passado, a diferença era de 7,3 anos.
Mas o que representa isso? Podemos afirmar que quanto mais pobre é o estado menor é a expectativa de vida. Em estados pobres também se verificam altos índices de mortalidade infantil.
Os fatores que influem na qualidade de vida da população são qualidade dos serviços públicos, principalmente, educação e saúde; saneamento básico; campanhas de vacinação em massa; segurança no trabalho; criminalidade; ausência de guerras ou conflitos militares.

Os países desenvolvidos apresentam expectativas de vida elevadas (de 80 a 83 anos). Entre os melhores estão Canadá, Suíça, Suécia, Austrália, Itália, Japão. As menores taxas de expectativa de vida  registram-se em Moçambique, Angola, Serra Leoa, Lesoto, República Centro-Africana.

Para melhorar a expectativa de vida no Piauí é preciso investir mais em educação, saúde, saneamento básico, infraestrutura, tendo o devido cuidado com a preservação dos recursos naturais, dentre outros setores, de forma a retirar o estado da pobreza e da miséria.


Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 01.12.14