quarta-feira, 30 de julho de 2014

Pela 1ª vez, eleitores com ensino superior ultrapassam analfabetos

Por Pedro Parisi | De Brasília

Pela primeira vez, o Brasil terá mais eleitores com ensino superior completo que analfabetos. O balanço oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apresentado nesta terça-feira (29), mostra que nas eleições de 5 de outubro, votarão 8 milhões de graduados. Os analfabetos somam 7,4 milhões. Na últimas eleições gerais, em 2010, participaram da disputa 6,2 milhões de formados em universidades, enquanto o número de pessoas que não sabem ler nem escrever era de 7,8 milhões. No total, o país terá 142,8 milhões de pessoas aptas a votar, um crescimento de 5,17% em relação a 2010, quando a quantidade de eleitores era de 135,8 milhões.
Houve aumento da participação de todas as faixas de eleitores de escolaridade considerada alta, com ensino médio completo ou maior e redução em todos os segmentos de menor escolaridade. A participação do eleitorado com ensino superior aumentou 54,6% desde a última eleição geral, o maior avanço de todas as faixas. Passou de 5,1 milhões em 2010 para 8 milhões em 2014.
Um ano depois que o país registrou algumas de suas maiores mobilizações de rua da história o número de jovens eleitores registrados para votar caiu. O número de jovens eleitores, com 16 anos, caiu de 900 mil em 2010 para 480 mil este ano.
Os dados do TSE mostram que o eleitorado está envelhecendo, enquanto jovens perdem participação, pessoas com idades acima de 35 anos ganham espaço. A faixa etária predominante em 2014 é a de eleitores com idade entre 45 e 49 anos, com 23,66% do total. Em 2010 a concentração era na faixa dos jovens adultos, com idade entre 25 e 34 anos. Os idosos com mais de 60 anos aumentaram a participação em relação às últimas eleições presidenciais. Hoje são 17,1% do eleitorado contra 15,29% em 2010. O presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, explicou que isso é o reflexo do envelhecimento da população como um todo. "A cada eleição, diminuirá o número de eleitores em faixas etárias mais baixas em relação às mais altas", disse, em entrevista.
De acordo com o professor da Universidade de Brasília, especialista em evolução do eleitorado, Alexandre Gouveia, o crescimento dos graduados é o reflexo do aumento do número de vagas em universidades e da queda abrupta do valor das mensalidades: "Há cursos que custam R$ 199 por mês."
Os investimentos agressivos de fundos estrangeiros na compra de grandes grupos educacionais brasileiros, é um dos componentes que justificam a queda nos preços e o aumento da oferta de cursos superiores. Conglomerados como o Kroton Educacional e o Anhanguera Educacional, que se fundiram no ano passado, são exemplos disso. Juntos, possuem mais de um milhão de alunos e 800 escolas de ensino superior.
O TSE também apresentou estatísticas relacionadas ao gênero dos eleitores. A proporção de votantes do sexo feminino em comparação ao do sexo masculino aumentou este ano em comparação com 2010. São 74,5 milhões de eleitoras, ou 52,13%, contra 65,3 milhões de eleitores, que representam 47,8% do total. Há quatro anos a proporção era de 51,8% de mulheres para 48,7% de homens.
O TSE também divulgou que a quantidade de registros fora do país aumentou 76,75%. Em 2010 eram 200 mil contra 354,2 mil este ano, sendo que mais da metade estão localizados nos Estados Unidos. Toffoli atribuiu o crescimento à campanha publicitária realizada pelo TSE em emissoras brasileiras que transmitem no exterior.
 
 


Pela 1ª vez, eleitores com ensino superior ultrapassam analfabetos

Pela primeira vez, o Brasil terá mais eleitores com ensino superior completo que analfabetos. O balanço oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apresentado nesta terça-feira (29), mostra que nas eleições de 5 de outubro, votarão 8 milhões de graduados. Os analfabetos somam 7,4 milhões. Na últimas eleições gerais, em 2010, participaram da disputa 6,2 milhões de formados em universidades, enquanto o número de pessoas que não sabem ler nem escrever era de 7,8 milhões. No total, o país terá 142,8 milhões de pessoas aptas a votar, um crescimento de 5,17% em relação a 2010, quando a quantidade de eleitores era de 135,8 milhões.
 
Leia mais:




Ineficiência do poder público leva à justiça com as próprias mãos


A mídia tem registrado nos últimos anos a prática de atos de violência coletiva com o intuito de punir pessoas acusadas do cometimento de crimes contra a integridade física, a segurança financeira e a vida  das pessoas.

A violência é inerente ao ser humano, seja para conquista e manutenção do poder, extravasamento intolerante de opiniões, ostentação da ignorância, socialização de pontos de vista e de ideologias, etc, etc, etc.

Com o advento e o desenvolvimento da Internet e, nesta, das redes sociais, a divulgação e promoção da violência ganhou corpo e expandiu sua influência entre os grupos humanos.

Exemplo claro foi, aqui no Piauí, o aprisionamento e posterior exposição de um homem suspeito de furto na região do Grande Dirceu em um formigueiro, atos divulgados amplamente na mídia.

Agora, no dia 28, um jovem de 24 anos identificado como Ascheli Rafael Ramos de Castro, foi morto em uma loja na avenida Presidente Kennedy, na zona Leste, ao ser confundido com assaltante. O fato mereceu ampla divulgação.

Nesta quarta-feira (30), a família do rapaz esteve em uma delegacia para refutar a acusação de que ele seria bandido e tencionava assaltar a loja. A viúva, a irmã e o pai do jovem disseram que a polícia afirmara que Rafael estava desarmado, segundo publicou um portal de notícias de Teresina.

Além de ser arriscada para quem reage, a justiça com as próprias mãos nos remete à barbárie. E nós questionamos: voltamos à barbárie? Nossa civilização destrói e não confia mais nos valores morais e na força da lei para a prática da justiça?

Alertamos que a justiça com as próprias mãos é resultante da ineficiência e ineficácia das ações do poder público, mas afirmamos: confiamos na civilização e nas instituições.

Diante de tantos desvios, queremos, mais uma vez, lançar o desafio às autoridades constituídas no sentido de atentarem para a condução da coisa pública, de modo geral, e da justiça, em particular, obedecendo aos ditames éticos, morais e legais que a civilização exige e a barbárie condena.

 Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 30.07.14



terça-feira, 29 de julho de 2014

Eletrobras intensifica fiscalização contra perdas de energia



O presidente da Eletrobras Distribuição Piauí, Marcelino Machado Neto promete intensificar a fiscalização para reduzir as perdas de energia elétrica da empresa.

De acordo com o presidente, as perdas de energia vêm causando um prejuízo de mais R$ 120 milhões por ano. “A inadimplência e as perdas de energia são consideradas os maiores problemas da Distribuidora nesse momento”, informou o Presidente.

Marcelino Machado falou das ações que estão sendo adotadas com o objetivo de reduzir esse prejuízo e melhorar a qualidade da energia oferecida.

A Eletrobras Distribuição Piauí, através da gerência de Medição e Combate às Perdas, está modernizando toda a sistemática de leitura, com a instalação de medidores modernos que farão as aferições por meio de telemetria.

Trata-se de um processo totalmente automatizado em que as medições são coletadas remotamente direto de pontos ou unidades consumidoras, proporcionando mais agilidade, confiabilidade e trazendo vantagens tanto para a Empresa como para os clientes, tendo em vista que permite um melhor gerenciamento de possíveis problemas na medição, que normalmente só seriam verificados após um mês.

Os novos Conjuntos de Medidores (Cmed)  são dotados de tecnologia capaz de detectar qualquer tentativa de fraude em tempo real e enviar sinais para o centro de monitoramento da empresa.

Foram adquiridos 363 equipamentos que são compostos de um conjunto com três transformadores de corrente (TC), três transformadores de potencial (TP), medidor eletrônico programável de multigrandezas, chave de aferição, remota GPRS e display para acompanhamento das leituras do consumidor.

Desses, já foram instalados 279 Cmeds apenas em grandes consumidores da região metropolitana de Teresina, que compreende a capital e cidades circunvizinhas. No entanto, essa ação será estendida para todo o Piauí.

Segundo Renan Melo, gerente de Perdas da Eletrobras Piauí, dos 279 aparelhos instalados, 46 detectaram a ocorrência de desvio. “Em seis meses, já conseguimos recuperar mais R$ 1,7 milhão para os cofres da Distribuidora”, “O furto de energia é crime previsto no artigo 155 do código penal brasileiro. Quem for pego praticando esse delito pode pegar até quatro anos de prisão. O crime é caracterizado quando a energia é ligada diretamente da rede elétrica, sem o conhecimento e a autorização da distribuidora de energia”, concluiu o gerente.

Entenda o que são perdas de energia elétrica

As perdas de energia elétrica, como diz o nome, remete à energia que, apesar de inserida no sistema e na rede das distribuidoras, não chega a ser comercializada, seja por motivos técnicos ou por motivos de ordem comercial.

As perdas por motivos técnicos ocorrem pelo aquecimento das extensas linhas de alta tensão e demais equipamentos, que ligam as usinas geradoras às distribuidoras de energia. No caso da Eletrobras Piauí, elas representam 13% da energia comprada pela Distribuidora.

Já as perdas conhecidas como perdas comerciais, em geral, apresentam duas principais modalidades: furto e fraude de energia. O furto é caracterizado pelo desvio direto de energia da rede elétrica das distribuidoras para o consumidor ilegal, o que faz com a energia seja utilizada, mas não contabilizada como tal, levando às perdas.

No caso da fraude, contudo, o consumidor é registrado nas distribuidoras, mas faz adulterações no sistema de fiações elétricas da sua residência/comércio/indústria, de modo que, apesar de consumir uma quantidade de energia, só paga efetivamente por uma parte menor desse consumo, devido à fraude. Nesses casos, a Eletrobras Piauí perde 17% e soma um prejuízo de mais de R$ 125 milhões por ano.

Além dessas ações, a Eletrobras Distribuição Piauí possui um convenio com a Polícia Civil que trabalha em parceria com o setor de segurança e perdas da Empresa, além de parceria com a inteligência da Polícia Militar. “A polícia tem atuado de forma satisfatória nos casos de furto de energia. Além de prender quadrilhas, está dando flagrantes em empresários que furtam energia”, afirmou o assistente da presidência José Salan.

Com esse conjunto de medidas, a Distribuidora pretende baixar os níveis de perdas e conscientizar a população de que as perdas trazem prejuízo para todos, pois piora a qualidade da energia oferecida, aumenta o valor das tarifas e potencializa os riscos de acidentes.



Brasil clama por reforma política


Representantes de várias entidades, dentre as quais CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), vêm unido esforços para fazer uma reforma política que atenda às aspirações da sociedade.

Projeto de Iniciativa Popular pretende proibir o financiamento de campanhas eleitorais por empresas, com implantação do financiamento público e de pessoas físicas, ambos limitados; adotar o sistema eleitoral proporcional em dois turnos, no qual o eleitor inicialmente vota num programa partidário e posteriormente escolhe um dos nomes da lista ordenada no partido; promover a alternância de homens e mulheres nas listas de candidatos dos partidos, para aumentar o número de representações femininas nas casas legislativas, que hoje é de apenas 9% dos parlamentares; e fortalecer os mecanismos de participação popular como Plebiscito, Referendo e Projeto de Lei de Iniciativa Popular.

A outra mobilização é o Plebiscito Popular, que trata de uma iniciativa da Plenária Nacional dos Movimentos Sociais Brasileiros, apoiado por diversas Pastorais Sociais e busca recolher votos para fazer com que haja a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para Reforma Política. A mobilização, segundo consultores da Semana Social Brasileira, pode ajudar no trabalho de educação política, com esclarecimento à população sobre o funcionamento dos poderes públicos e processos ali desenvolvidos.

O projeto foi lançado em novembro de 2013, por entidades da sociedade civil, denominado de Coalização pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas.

Hoje, quem não tem dinheiro dificilmente consegue se eleger. Raros são os casos. Os detentores do poder político e econômico manipulam o processo eleitoral. Um pobre não tem condições nem de reunir cabos eleitorais porque toda movimentação exige dispêndio de recursos financeiros. Desta forma, o processo político-eleitoral permanece viciado.

A mobilização dessas entidades busca exatamente a reforma na política brasileira para instalar uma nova ordem em que tenhamos eleições limpas e representativas da vontade nacional. Quando alcançaremos isso, todavia, só Deus sabe.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 29.07.14
 






segunda-feira, 28 de julho de 2014

Combate à corrupção



Devemos louvar qualquer ação idealizada com o objetivo de coibir a corrupção, seja ela de que nível for: econômica, financeira, eleitoral, moral.


Por isso, elogiamos a iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ministério Público e representantes de igrejas, que criarão força tarefa para inibir a compra de votos no estado nas eleições deste ano.

A primeira reunião estava marcada para a manhã desta segunda-feira (28), comandada pelo presidente do TRE, desembargador Edvaldo Moura. A intenção do encontro era definir estratégias para a deflagração do movimento.

Ao mesmo tempo em que louvamos quaisquer iniciativas do nível, alertamos não ser fácil obter êxito com elas porque a corrupção está incrustada na alma da política nacional.

A lei proíbe, inibe, impõe restrições e punições ao abuso do poder econômico e político, à compra de votos e à corrupção eleitoral, enfim aos desvios que possam alterar o resultado do processo de escolha dos candidatos.

Contudo, a mesma lei que pune, ao que parece, abre brechas para essas práticas danosas. Em cada ano eleitoral a mídia informa a montagem de processos judiciais no TREs brasileiros. Os julgamentos são então realizados e muita gente tem o mandato cassado. As demandas se avolumam nos tribunais e os recursos emperram a administração da justiça eleitoral.

Na realidade, as cassações de prefeitos, por exemplo, são as mais comuns, mas já tivemos também cassação até de governadores.

Na realidade, precisamos depurar o processo político-eleitoral brasileiro para que a vontade popular seja respeitada. Mas um questionamento se insere com insistência: como fazer tal depuração se o próprio eleitor alimenta a prática nefasta do toma-lá-dá-cá?

A troca de favores se apresenta como elemento contaminador. E para mudar o quadro há a necessidade e de nos reeducarmos.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª de 28.07.14

www.teresinafm.com.br



quinta-feira, 24 de julho de 2014

Eleitor quer campanha propositiva, sem xingamentos


Estamos em plena campanha eleitoral e já nos deparamos com as primeiras propostas dos candidatos, especialmente aos cargos majoritários.

Esperamos que as falas deles não desçam ao nível do desrespeito, não atinjam as famílias de cada um, nem cheguem ao desnível do xingamento.

Contudo, não esperemos uma campanha morna. A campanha morna não empolga o eleitor. As pessoas não admiram os fracos, os que se escondem, os que têm medo. É normal a pessoa humana admirar os fortes, os que vão para a luta, os que se sentem motivados diante dos desafios. As pessoas gostam dos heróis alimentam a vontade de imitá-los.

O que queremos é uma campanha propositiva. Que cada um ofereça sua disposição de redirecionar o estado, reformar as práticas administrativas e políticas, impor um novo modelo de gestão pública.

Cansado, o modelo atual exauriu-se, consumiu todas as suas próprias forças e, em que pese o crescimento econômico, mesmo lento, o Piauí dá saltos para desocupar a cadeira de filho enjeitado da Nação.

Não são promessas vãs que queremos ouvir. As propostas que o povo anseia devem estar fincadas na realidade socioeconômica e política local, no conhecimento da história nossa de todo dia, no apoderamento do povo por intermédio do investimento cada vez maior na educação e na cultura.

Todos somos testemunhas da crise nos setores da educação, cultura, segurança pública, saúde, principalmente. Mas também começamos a vivenciar o problema do meio ambiente porque raras foram as políticas implementadas no setor. Neste particular, o descaso é geral.

A população quer acreditar nos políticos, mas estes não ajudam, e secularizam condutas nada recomendáveis no mundo pós-industrial em que vivemos.

Planejar, planejar e planejar. Deveria ser este o verbo da nova ordem econômica, social, política, para definir um novo modelo de administração pública em que as crises sejam evitadas porque previstas no planejamento estratégico e não na verborragia dos falsos cordeiros que guardam no peito um coração de lobo.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 24.07.14








quarta-feira, 23 de julho de 2014

MPT flagra crianças trabalhando em Paulistana


Procuradores do Trabalho flagraram cerca de 14 crianças trabalhando no município de Paulistana, no sul do estado. Eles participavam de força-tarefa, na semana passada, cujo objetivo era verificar como os órgãos do município estavam enfrentando o trabalho infantil. 
 
As crianças e adolescentes trabalhavam em postos de lavagem, sorveterias e churrascaria, que foram autuadas e firmaram Termos de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho, comprometendo-se a não mais utilizar mão de obra infantil.

O município foi visitado, durante três dias, pelos procuradores Rafael Dias Marques, coordenador nacional de Combate à Exploração do Trabalho de Crianças e Adolescentes, e os coordenadores regionais Pollyanna Sousa Costa Torres e Edno Carvalho Moura. Eles estiveram no Conselho Tutelar, Centro de Referência de Assistência Social, Centro de Referência Especializado em Assistência Social, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e Secretaria Municipal de Educação para avaliar a comunicação entre os órgãos e o que os seus gestores faziam para minimizar o problema.

“Precisávamos saber de que maneira eles estavam tratando as políticas públicas em torno do assunto e se conversavam entre si. Pudemos concluir que não havia nenhuma articulação que pudesse proteger as crianças”, lamentou Edno Moura. A atuação do MPT constatou que as crianças trabalham livremente em Paulistana, sem nenhuma interferência do poder público.

No segundo dia da força-tarefa, o MPT expediu recomendações notificatórias para todos os órgãos solicitando interação e atuação específica no tocante ao problema do trabalho infantil no município.

Ao CRAS foi recomendada a busca ativa, no sentido de identificar crianças e adolescentes em situação de trabalho proibido. A orientação é de que, ao detectar alguma criança ou adolescente em desacordo com a legislação, proceder ao atendimento dele, bem como da família e, em seguida, comunicar à Secretaria de Assistência Social do município e ao Ministério Público do Trabalho.

No último dia em Paulistana, os procuradores firmaram um Termo de Ajuste de Conduta com o município, representado pelo prefeito Gilberto José de Melo, em que ele assumiu o compromisso de implementar medidas para enfrentar e solucionar o trabalho infanto-juvenil, sob pena de multa.

Dentre as obrigações, o município terá que resgatar e cadastrar crianças e adolescentes encontrados em situação de trabalho em programas sociais como Peti e Projovem; aderir ao projeto “MPT na escola: de mãos dadas contra o trabalho infantil”, como ferramenta de sensibilização da comunidade escolar em relação aos malefícios do trabalho infantil; implementar programas de qualificação profissional de adolescentes na modalidade aprendizagem compatíveis com a vocação econômica do município.

De acordo com dados do Censo e da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio), Paulistana é a cidade brasileira com o maior número de crianças trabalhando. “Chega a ser duas vezes maior que a média nacional”, afirmou o procurador Edno Moura.

O que diz a lei - É vedada toda e qualquer forma de trabalho de menores de 16 anos de idade, salvo na condição de aprendiz, a partir dos 14 anos; e, portanto, o trabalho precoce constitui grave violação de direitos fundamentais de crianças e adolescentes. São também vedados, desta feita para menores 18 anos, em qualquer hipótese, os trabalhos perigosos, insalubres, penosos ou noturnos, listados no Decreto 6481/2008 (Decreto das Piores Formas de Trabalho Infantil).

Com informações da Ascom MPT


Apoio à cultura pode contribuir para reduzir a violência em Teresina




Temos repetido inúmeras vezes da necessidade de apoio à educação com a criação de bibliotecas nos bairros.

Queremos hoje, apoiados na ideia de que a instalação de bibliotecas na periferia vai ajudar na educação de crianças e jovens, tratar do apoio à cultura, ao lançamento de livros; do apoio que deve ser dado aos jovens escritores.

Como pode ser feito isso? Em primeiro lugar, com a instalação de bibliotecas. Em segundo lugar, com o incentivo à produção textual, distribuindo livros à criançada para que ela se sinta motivada para tanto.

Com as lições de português e redação, a meninada pode se interessar pela leitura. Desenvolvendo-se no convívio com os livros irremediavelmente vai produzir textos cada vez melhores.

É preciso facilitar a publicação de obras juvenis. Esta será, sem sombra de dúvidas, uma das formas para minimizar o impacto da violência que assola a sociedade piauiense.

Já tivemos um plano editorial de monta por volta da década de 70 do século passado. Publicaram-se obras de vulto da história literária piauiense.

Hoje ainda se editam algumas com apoio público, mas consideramos pouco, muito pouco.

A produção cultural na periferia da cidade cresce, mas falta apoio do poder público.

Há leis de incentivos fiscais à cultura, de modo geral, mas essa iniciativa não corresponde às expectativas nem às necessidades.

Vamos dar as mãos à iniciativa privada, que já vem fazendo alguma coisa. Aliás, ela sempre faz alguma coisa. Muitas vezes sem a participação do poder público.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 23.07.14




terça-feira, 22 de julho de 2014

Desenvolvimento econômico e sustentável


Até a década de 90 do século passado, o conceito de desenvolvimento referia-se ao desenvolvimento econômico em amplo sentido. Com a realização da ECO 92, a discussão levada a efeito em anos anteriores tomou dimensões maiores e o conceito de desenvolvimento ampliou-se, passando a contemplar a questão ambiental.
Passaram, com o advento da Agenda 21, documento resultante da ECO 92, a considerar-se as dimensões econômicas, conservação e questão dos recursos para o desenvolvimento, dentre vários outros aspectos.
Antes, a Conferência de Estocolmo, de junho de 1972, discutira a questão do meio ambiente. Na ECO 92, representantes de 108 países reuniram-se para decidir que medidas tomar para conseguir diminuir a degradação ambiental e garantir a existência saudável das gerações futuras.
Os movimentos em torno da preservação do meio ambiente tinham o objetivo de incluir o conceito de desenvolvimento sustentável - um novo formato de desenvolvimento econômico “menos consumista” e apropriado ao equilíbrio ecológico.
A carta da Terra, documento extraído da ECO 92, trata da biodiversidade, desertificação e mudanças climáticas, contém declaração de princípios sobre florestas, declaração do Rio sobre o Desenvolvimento e a Agenda 21.
O principal documento é a Agenda 21, “um programa de ação que viabiliza o novo padrão de desenvolvimento ambientalmente racional. Ele concilia métodos de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica. Este documento está estruturado em quatro seções subdivididas num total de 40 capítulos temáticos”, informa-nos a enciplopédia Wikipedia, da internet.
“O desenvolvimento econômico é vital para os países mais pobres, mas o caminho a seguir não pode ser o mesmo adotado pelos países industrializados. Mesmo porque não seria possível”, diz a ONG WWF Brasil em seu site.

Cá entre nós, que lutamos pelo desenvolvimento integral do Piauí, ainda não conseguimos galgar os primeiros degraus na escada do desenvolvimento. Quando se fala em desenvolvimento sustentável, então, nossa experiência é quase inexistente devido ao descaso para com o meio ambiente.

Vale a pena refletir

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 22.07.14





segunda-feira, 21 de julho de 2014

ECA e criminalidade juvenil


O programa Ponto e Contraponto (Teresina FM) de sábado, dia 19, debateu, em comemoração aos 24 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a criminalidade juvenil e as soluções para o problema que se avoluma no Piauí e no Brasil.

Contamos com a presença do advogado Nazareno The, do conselheiro tutelar Djan Moreira e do coordenador do Centro de Educação Masculino (CEM), capitão Otoniel Bisneto, conhecedores profundos do tema. Os três engrandeceram o programa, que contou com a participação efetiva do ouvinte pelo telefone e pela internet. Obrigados a todos.

O que ressalta, no momento, é a participação da família na construção da juventude e do País. Falou-se, e isto foi muito bem lembrado pelo ouvinte, que a formação do cidadão começa na família. Esta deve educar a pessoa para a vida, pois é sua responsabilidade.

Falou-se também da falência do Estado - instituição opressora e repressora - na condução e resolução da questão, especialmente quando se trata de fazer justiça, no sentido amplo, a partir da oferta de condições saudáveis de vida ao cidadão, dando-lhe oportunidade de sentir-se digno, ciente de suas obrigações e detentor real de direitos na sociedade.

Falou-se, ainda, da importância da lei e a aplicação de punição aos adolescentes e jovens acusados de conduta perniciosa e criminosa.

Falou-se da crise moral que assola a nossa sociedade, uma sociedade palmilhada por interesses menores, onde a solidariedade, a humildade, a compreensão, a justiça, os direitos humanos e outros valores sociais e morais não merecem a devida consideração.

Falou-se muito mais e tudo o mais que se falou não cabe aqui neste pequeno comentário.

A lição, uma das lições que ficaram do Ponto e Contraponto de sábado foi esta: a família é a mola mestra na formação da pessoa. Por isso é responsabilidade de cada pai e cada mãe não apenas dar a comida ao menino e à menina, mas amar, amparar-lhe na medida da sua necessidade, na necessidade do seu carinho, na sua carência humana.

É preciso, como diz a música, amar as pessoas como se não houvesse amanhã. É preciso amar os filhos para construir neles os heróis de que a Pátria precisa.

É preciso refletir

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 21.07.14

www.teresinafm.com.br 





sexta-feira, 18 de julho de 2014

O valor da amizade

O dia 20 de julho foi escolhido para celebrar a amizade no Brasil, Uruguai e Argentina. 20 de julho é a data da chegada do homem à Lua. Em 27 de abril de 2011, a Assembléia Geral da ONU decidiu convidar todos os paises membros para comemorar o Dia Internacional da Amizade em 30 de julho.
Várias datas foram escolhidas, em todo o mundo, para celebrar a amizade verdadeira. Nos Estados Unidos e em alguns lugares do continente asiático, escolheu-se o primeiro domingo de agosto para a entrega de cartões e presentes entre amigos. Celebrações semelhantes se formaram em países da América do Sul e Europa em datas diversas.
A Cruzada Mundial da Amizade inspirou a iniciativa para o estabelecimento do Dia do Amigo, como forma de fomentar a cultura da paz entre as pessoas em todo o mundo. A cruzada foi idealizada pelo médico
Ramón Artemio Bracho, em Puerto Pinasco, Paraguai, em 1958. A partir de então, fixou-se o 30 de julho como Dia da Amizade.
Não vamos contar a história toda. Como no Brasil e em alguns países o Dia da Amizade é celebrado a 20 de julho, domingo próximo, nossa intenção, neste momento, é reforçar o valor da amizade, valor cada vez menos respeitado.
A vida contemporânea nos impõe cuidarmos apenas de nós mesmos e dos nossos parentes mais próximos. Não temos tempo, sempre alegamos. Não cultivamos, como seria preciso, a amizade como bem e virtude imprescindível na vida atual.
Em sociedade vivemos. Juntos vivemos com os nossos semelhantes, os quais, em muitos casos, para nós representam somente companhias em determinados momentos.
A amizade verdadeira resulta do valor que damos às pessoas, às virtudes, à solidariedade, à compreensão, aos valores hoje em queda no mundo conturbado.
Se cada um de nós alimentar a amizade como virtude necessária à vida social, vamos melhorar o mundo ao nosso redor.
Mas o que é ser amigo? Você tem algum amigo verdadeiro, ou acha que seus amigos são “amigos da onça”, são falsos amigos que lhe apunhalam pelas costas após você deles se despedir?
Se cultivarmos a amizade como um bem imprescindível no mundo atual, teremos políticos melhores, administradores mais responsáveis, mais comprometidos, professores mais dedicados, pais, mães, irmãos, parentes mais próximos, mais amoráveis, mais cuidadosos.
Quem tem medo da amizade tem receio de trabalhar por um mundo melhor.
É preciso refletir.
Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 18.07.14



Novo presidente da Eletrobras Piauí anuncia investimento no estado

Marcelino Cunha garante investimentos da Eletrobras no Piaui
O engenheiro Marcelinho da Cunha Machado Neto, que assumiu nesta quinta-feira (17) a presidência da Eletrobras - Distribuição Piauí -, anunciou investimento de R$ 160 milhões, este ano, no estado. Para o próximo ano, a previsão é de investimento de R$ 460 milhões. Este ano, até junho, foram investidos R$ 80 milhões.
Ele informou que a Eletrobras vem investindo maciçamente no Piauí há alguns anos. De 2008 a 2013, o volume de investimentos totalizou R$ 1.333.000.000,00 (Um bilhão e trezentos e trinta e três milhões de reais). “Não há mais problemas de falta de energia no litoral. Na região dos Cerrados e no Sul do estado, os investimentos vão garantir o atendimento da demanda”, acrescentou.
Ele garantiu que a partir de 2015, o valor dos investimentos no setor elétrico público piauiense atingirá R$ 300 milhões por ano. A verba é oriunda de contratos com o Banco Mundial, Caixa Econômica Federal, além dos cofres da própria Eletrobrás.

Um dos grandes problemas enfrentados pela empresa é a inadimplência. Só 38% dos consumidores pagam as contas de energia elétrica até o vencimento. Outro problema é o furto de energia, que é crime e deve ser denunciado. “Quem souber de qualquer furto de energia deve denunciar. O furto de energia é crime e estamos lidando com criminosos, que encontram sempre alguma forma de praticá-lo”, destacou.

Na entrevista concedida ao Jornal da Teresina 2ª Edição, Marcelino Cunha negou que alguma empresa tenha deixado o Piauí por causa da insuficiência de energia elétrica, como afirmaram alguns empresários locais.
Concurso – O presidente da Eletrobrás Piauí informou que a empresa está convocando as pessoas aprovadas em concurso e treinando-as para a prestação de serviço eficaz.





quinta-feira, 17 de julho de 2014

Escolas e presídios



Somos acostumados a cobrar ações eficazes do poder público contra a violência que nos ataca toda hora. Na porta de casa, dentro da repartição, no posto de gasolina, na escola, na igreja, no cemitério, no meio da rua. Cobramos e não achamos solução.

Cobramos a construção de mais presídios. Cobramos a contratação de mais policiais civis e militares, cobramos a contratação de investigadores, cobramos a contratação de mais agentes penitenciários, juízes, etc, etc, etc.

Não cobramos a construção e a melhoria de escolas públicas, estas, sim, as formadoras de gente, de caráter, de verdadeiras pessoas humanas com as quais convivemos e das quais esperamos atenção, carinho, dedicação, amor.

Cobramos da justiça a prisão dos marginais. Muitos de nós pedimos até a pena de morte para aqueles que cometem crimes os mais hediondos. Cá comigo chego a pensar que muitos desses bandidos merecem mesmo a pena de morte, que não é legalizada em nosso país. Mas ela existe por aí, no meio do povo, este, sim, condenado à podridão da corrupção, da desonestidade, da imoralidade, da hipocrisia, da mentira.

Por que não cobramos a aquisição de livros para as bibliotecas públicas? Aplaudimos os shows que nossos prefeitos contratam para oferecer o circo e o ópio ao povo nas praças públicas, mas não cobramos a ampliação do número de bibliotecas públicas na cidade e no estado.

Todos queremos galgar novos postos no contexto da sociedade, queremos subir. Como diz a letra da música, “todo mundo quer subir, a concepção da vida admite, ainda mais quando a subida tem o céu como limite”. Mas esquecemos de que para subir é preciso construir a escada, a escada moral baseada na dignidade da pessoa humana, na honestidade, na verdade, no compromisso social e individual, na responsabilidade pessoal com as pessoas e com a vida, com a vida de cada um e de todos.

Estamos em plena campanha eleitoral. Você já ouviu ou viu algum candidato falar da distribuição de livros? Acredito que não. Duvido até que algum deles tenha se lembrado de ter lido alguma coisa. O que leram já esqueceram.

Como vão querer construir um estado decente se sequer têm programas para a difusão da cultura e do conhecimento?

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 17.07.14





Bancos poderão ser obrigados a receber contas de água, luz e telefone nos caixas


O deputado Flávio Nogueira Júnior (PDT) apresentou projeto de número 48/2014 sugerindo a criação de lei determinando às agências bancárias sediadas no estado o recebimento, em seus caixas, do pagamento de contas de água, luz, telefone e taxas diversas. Se aprovado e sancionado, todos os usuários, clientes ou não, deverão ser atendidos.

O parlamentar explica que a população vem sendo penalizada pela restrição no atendimento que contraria o Código de Defesa do Consumidor (CDC). A lei federal proíbe aos fornecedores criar dificuldades para a aquisição de produtos e serviços com pagamentos imediatos.

Embora o Banco Central tenha concedido autonomia aos bancos para criar convênios, é vedado às instituições financeiras recusar ou dificultar os canais de atendimentos convencionais, inclusive guichês de caixa, pois cabe ao consumidor a escolha do canal de atendimento.

Hoje, as contas de água, luz, telefone e taxas são recebidas em casas lotéricas ou em estabelecimentos credenciados.

A matéria aguarda parecer da Comissão de Constituição e Justiça

Universidade promove Semana do Meio Ambiente no final deste mês


A Universidade Federal do Piauí (UFPI) promove, no período de 29 de julho a 1º de agosto, no campus Ministro Petrônio Portella, em Teresina, a II Semana do Meio Ambiente.


Sob o tema "Educação, Ciência, Tecnologia e Biodiversidade", o evento debate a importância da educação, ciência e tecnologia na proteção da biodiversidade e das condições de sustentabilidade do planeta Terra na contemporaneidade.

Serão realizadas mesas-redondas, minicursos, oficinas e apresentações de trabalhos científicos (modalidade oral e pôster). Participam das discussões e debates professores e pesquisadores convidados da UFPI, da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuária (EMBRAPA-PI), Instituto Butantan de São Paulo, entre outras.

A coordenação está a cargo dos professores do curso de Ciências da Natureza Rômulo José Fontenele Oliveira, Patrícia Maria Martins Nápolis, Clarissa Gomes Reis Lopes e do professor do curso de Biologia Nélson Leal Alencar.

Inscrições, normas de resumos para apresentação de trabalhos e mais informações podem ser obtidas no site www.smaufpi2014.com e na página facebook.com/smaufpi2014, além da Coordenação do Curso de Licenciatura em Ciências da Natureza: (86) 3215-5945.


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Domingos Bezerra: A difícil arte de recomeçar. Lutar sempre!!!

Domingos Bezerra: A difícil arte de recomeçar. Lutar sempre!!!: Recomeçar não é fácil, mas é necessário. No dia-a-dia, enfrentamos várias batalhas. Batalhas em defesa da própria vida, em defesa da sobrev...

A difícil arte de recomeçar. Lutar sempre!!!


Recomeçar não é fácil, mas é necessário. No dia-a-dia, enfrentamos várias batalhas. Batalhas em defesa da própria vida, em defesa da sobrevivência, em defesa dos nossos princípios – aqueles que os têm -, em defesa de nossas ideias, em defesa de nosso emprego, em defesa de nosso estado, em defesa de nossa Pátria.

Nas nossas batalhas diárias lutamos em defesa de nossas famílias, em defesa de nossos filhos. A defesa dos filhos é uma característica até da ação dos animais irracionais. Chegue perto de uma onça recém-parida para ver o que acontece!!!! Uma inofensiva galinha caseira avança contra a pessoa quando esta ameaça algum ato contra seus filhotes.

No nosso dia-a-dia, somos derrotados em muitas de nossas batalhas. Aí é preciso saber recomeçar. Recomeçar é, ao mesmo tempo, uma arte e uma ciência. Não uma arte na conceituação, na concepção da cultura livresca. Uma arte porque é fruto da criatividade, da experiência, da vontade, da luta. E fazer arte é lutar sempre.

Recomeçar é uma ciência. Não uma ciência no sentido estrito, mas no sentido lato, porque permite interpretações, subjetivações, entendimentos diversos conforme os conhecimentos, a experiência individual, a relativa observação pessoal etc.

Sendo recomeçar uma arte e uma ciência, é preciso saber recomeçar. Mas para saber recomeçar é preciso adquirir experiência, tentar, ir em frente, ir à luta. Assim como vamos à luta diariamente neste estado pobre, que tentamos em tornar rico, sem o sofrimento nosso de cada dia em decorrências das mazelas históricas que herdamos de nossos antepassados e incentivamos nos nossos contemporâneos.

É preciso recomeçar todo dia, como se cada dia - como o é na realidade – jamais tivesse existido. Todavia, as experiências do ontem devem ser avaliadas para delas tirarmos os melhores ensinamentos, tais quais aqueles que nos transmitem nossos pais e mães.

Recomeçar é levantar a cabeça diante da derrota e do sofrimento, mesmo com medo de errar. Este, o mesmo, é natural, naturalíssimo, mas não devemos nos conceder o direito de permanecermos no medo. Precisamos, ao cair, levantar, arrostando as maiores dificuldades porque só os que enfrentam as adversidades conquistam a vitória.

Mas o que tem a ver essa filosofia com a nossa realidade? A filosofia é parte integrante do nosso dia-a-dia. Ajuda a construir o nosso dia-a-dia.

E como o Piauí vive caindo pelas tabelas carecemos levantar os nossos pensamentos, as nossas pernas, os nossos braços e lutar, lutar sempre. Jamais desesperar. Os fortes não se desesperam, pois sabem que há sempre um amanhã.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 16.07.14





segunda-feira, 14 de julho de 2014

Deputado denuncia assassinato de agricultor por jagunços em União

Henrique Rebelo: denúncia contra Comvap na Alepi
deputado Henrique Rebelo (PT) denunciou que a empresa Comvap, sediada em União, tem jagunços contratados como seguranças, os quais, segundo ele, assassinaram o agricultor Romildo Nery, de 33 anos, no último domingo.

Rebelo informou que o agricultor foi atingido por um disparo no rosto após ter entrado no canavial para retirar algumas rezes de sua propriedade que entraram no terreno sem ele saber.

O deputado disse que os jagunços estavam matando o gado do agricultor, e quando ele chegou para reclamar foi recebido com um disparo feito pelo jagunço conhecido por “Bilau”.

Henrique Rebelo usou a tribuna para solicitar ao Estado que mande apurar a existência de jagunços armados como seguranças da Comvap em União.

O parlamentar disse ainda que os agricultores familiares, em União, enfrentam dificuldades, pois são assediados constantemente para deixarem suas atividades na agricultura familiar. Eles não conseguem competir com a empresa canavieira nos períodos extraordinários de contratação de mão de obra.




Dengue: responsabilidade de todos e do poder público

A Fundação Municipal de Saúde divulgou que está nas residências o maior número de focos do mosquito da dengue. Este ano, o Piauí já contabilizou duas mortes de pessoas causadas pela doença originária da picada do mosquito Aedes Aegypti.

A negligência das pessoas, deixando água se acumular em pequenos recipientes como tampas de garrafas, pneus, proporciona a proliferação do mosquito, que não tem moradia certa, voa de casa em casa, de poça d´água em poça d´água, de quintal para quintal, sem escolher a cara, a escala social, o grau de instrução.

Uma diferença é a responsabilidade que cada pessoa pode ter para consigo mesma e para com o próximo. Se cada um de nós tiver o devido cuidado de evitar o acúmulo de lixo, de folhas secas pelo chão, por exemplo, torna-se difícil a proliferação do mosquito.

Por outro lado, se o poder público tiver o necessário cuidado com a limpeza pública, providenciando a limpeza das vias quando, onde e sempre que for necessário; se o poder público evitar a aglomeração de entulhos em obras paradas – que, de resto já consomem parte de nossos recursos -; se o poder público investir a necessária verba na educação de modo de incentivar a educação geral e individual; se o poder público investir no saneamento básico – o que é investir em saúde, em desenvolvimento – etc, etc etc -, o mosquito da dengue não entrará em nossas casas e, consequentemente, não acometerá nossas famílias.

O mosquito da dengue só se prolifera em regiões ou países onde a educação e o desenvolvimento socioeconômico deixam a desejar, ou seja, em países subdesenvolvimentos, os quais são também frágeis em educação pública.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 14.07.14







sexta-feira, 11 de julho de 2014

O hipócrita e o medíocre



Fui buscar no dicionário on-line as definições de hipócrita e medíocre, dois tipos de personalidades muito comuns nos dias atuais, talvez até pela necessidade de a pessoa humana sobressair-se, vencer na vida, obter sucesso, conquistar o mundo.

Hipócrita é aquele que “age como se tivesse um sentimento que não possui; que finge ou dissimula sua verdadeira personalidade ou sua maneira de pensar acerca de uma pessoa ou coisa, geralmente, por possuir interesses ou para se esconder. Hipócrita é aquele que denota hipocrisia. Hipócrita é aquele que é falso; fingido”.

O hipócrita é ao mesmo tempo fisiológico, desonesto, corrupto, desumano. Tem na alma o sentimento da traição, da desonestidade. O hipócrita não vê no vizinho a bondade, a benevolência, a caridade, a justiça, a solidariedade. O hipócrita não identifica no vizinho nenhum bem a não ser os bens que dele quer tomar. A bondade do hipócrita só a ele faz bem. Ele não vê qualidade em ninguém.

O hipócrita é irmão siamês do medíocre. Suas “qualidades” são intimamente parecidas. Vejamos o que diz o dicionário sobre o medíocre: “aquele que está entre o grande e o pequeno, o bom e o mau: obra medíocre”. Ao medíocre falta criatividade ou originalidade. O medíocre é comum, mediano.

O medíocre não tem grande valor intelectual ou capacidade para realizar algo. O medíocre não é detentor de talento. O medíocre está abaixo da média.

No dicionário você encontra que o medíocre nunca alcançará o sucesso, o que não é uma verdade, é apenas uma premissa.

Por que o medíocre é parecido com o hipócrita? Porque o hipócrita inveja o sábio, dele quer tomar o conhecimento, nele se mira, copia do sábio até a forma de falar, jamais o conhecimento. O medíocre jamais vai aprender, nem consegue imitar porque lhe falta a capacidade para tal.

Não estão entendendo o que estamos a dizer? Nem o porquê de tanto palavreado?

Ora, ora, o medíocre e o hipócrita estão a ocupar importantes postos na sociedade e muitos deles lideram o mundo como se justos fossem.

Em vista disso, são atualíssimas as palavras de Rui Barbosa. “De ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantar – se o poder nas mãos dos maus, o homem chega rir-se da honra, desanimar-se de justiça, e ter vergonha de ser honesto”.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 10.07.14




quinta-feira, 10 de julho de 2014

Sete dias sem Daniel Tavares

A missa de sétimo dia da morte do jovem estudante Daniel Tavares, filho do jornalista e escritor Zózimo Tavares, editor do Jornal Diário do Povo, será nesta sábado (12), às 20h, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, no Bairro de Fátima, zona Leste.



Zé Filho e Silvio Mendes fazem a primeira caminhada no sábado

O governador Zé Filho (PMDB) e o ex-prefeito Silvio Mendes (PSDB) farão juntos neste sábado (12) a primeira caminhada da campanha rumo ao Palácio de Karnak.

Tendo assumido o comando do governo em abril, Zé Filho disputa a reeleição liderando 18 partidos, depois da desistência do deputado federal Marcelo Castro, também do PMDB, que agora quer voltar para a Câmara, em Brasília.

A concentração de candidatos, militantes, simpatizantes e eleitores está prevista para as 9h, na praça Saraiva, de onde o grupo sairá em caminhada pelo centro de Teresina.

A intenção é sentir a popularidade de Zé Filho e Silvio Mendes e sensibilizar os eleitores no contato direito, ombro a ombro, mão a mão. Eles pretendem conversar com a população e ouvir sugestões e, obviamente, o apoio à candidatura.



Copa do Mundo, Alemanha e Brasil

A Copa do Mundo que se realiza no Brasil foi o tema preferido da mídia durante a segunda metade de junho e a primeira de julho. Terça-feira, fomos despachados do certame pela poderosa Alemanha, que sempre nos dá exemplos.
Política
Sem no alongarmos muito, relembremos que ao final da Segunda Grande Guerra Mundial, a Alemanha ficou destroçada com a ação dos aliados. Começa, então, a Guerra Fria – uma guerra surda entre comunistas e capitalistas, ou melhor, entre Estados Unidos e União Soviética.
A Alemanha foi divida em dois blocos econômico-ideológicos diferentes e assim ficou por 40 anos. Em 1990, com o fim da União Soviética, a Alemanha voltou ser uma só.
Quando falam em 1945, os alemães afirmam ter sido a “hora zero”, na tentativa de descrever o colapso do país. Lembramos que Willy Brandt, chanceler de 1969 a 1974, escreveu pequena autobiografia em quem anotou que ao final da Segunda Guerra, Berlim parecida um tronco ensangüentado.
Dividida em duas, começou uma nova vida a partir do zero, enfrentou muitas dificuldades e hoje é uma das maiores potências do mundo. Nos 356.733 quilômetros quadrados vivem cerca de 82,2 milhões de habitantes.
Segundo o site Brasil Escola “atualmente a Alemanha é um dos mais importantes países do mundo, em decorrência do elevado PIB e do desenvolvimento econômico, tecnológico, militar, qualidade de vida entre outros. O país é caracterizado pela elevada condição de vida de sua população e prosperidade econômica”.
O mesmo site acrescenta que “no setor econômico, o país é a principal economia dentro do continente europeu e a terceira em nível global, sendo superada somente pelos Estados Unidos e Japão. A Alemanha é um grande exportador, além de possuir a sede de empresas que atuam em diferentes lugares do mundo (transnacionais). Frankfurt é uma cidade global que abriga importantes centros financeiros, como bolsa de valores, bancos, instituições supranacionais, centros de pesquisas entre outros”.
Por que falarmos e escrevermos sobre a Alemanha neste distante rincão chamado Piauí, no Piauí destroçado, o estado mais pobre do Brasil, esquecido da maioria dos brasileiros e principalmente do poder central sediado em Brasília?
Porque a Alemanha é um exemplo. Derrotada na guerra, venceu todos os obstáculos e se destaca como uma das maiores potências do mundo. Reconhece, a Alemanha, o valor do futebol brasileiro, que aprendeu a admirar e a imitar, e por ela fomos destroçados nas Minas Gerais brasileiras no jogo da última terça-feira.
Que aprendamos também a renascer dos destroços e das cinzas não só no esporte, mas na saúde e na educação; na segurança pública e no transporte; e construamos o desenvolvimento integral e participativo.
Texto do editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 10.07.14


quinta-feira, 3 de julho de 2014

A traição na política

As defecções, as divergências intra-partidárias durante o período eleitoral são comuns. Agora, alguns partidos se movimentam para analisar o comportamento de gestores e candidatos no tocante à fidelidade partidária.

Fala-se que as punições virão para dar melhor direcionamento à conduta de filiados, gestores e candidatos.

Acreditamos que possam, na realidade, se efetivar tais punições. Em alguns momentos, este ou aquele político se vê na obrigação de abandonar sua sigla e ingressar em outra porque lhe falta espaço no partido no qual milita. Isso não é incomum.

Há mais ou menos um ano muitos dos nossos políticos migraram de suas antigas militâncias em direção a outros ninhos com o objetivo de disputar as eleições deste ano.

Muitos de nossos políticos já percorreram não poucos partidos. Há deles que passaram por cerca de dez agremiações. Repetimos: os espaços estariam fechados à sua participação efetiva dentro da agremiação ou, por outro lado, não conseguiam identificar oportunidade de êxito nas eleições.

Há casos em que as mudanças se dão apenas por fisiologismo. Noutros, também por necessidade de acomodação, criação de novas agremiações, posturas ideológicas etc, etc, etc.

A lei exige fidelidade partidária e estabelece alguns requisitos e critérios para a transferência de filiação. Cada um se justifica como pode.

O que ressalta é que, nesta eleição, vamos constatar a evolução da traição partidária, embora a maioria dos políticos declare que acompanha a orientação de sua agremiação. Há casos localizados em alguns municípios nos quais prefeitos, por exemplo, não seguirão o que manda o figurino partidário por causa não apenas de desavenças, desentendimentos, mas devido à ocorrência de verdadeiras inimizades que se cristalizaram no curso do tempo.

Não será fácil para os dirigentes analisarem tais comportamentos. Terão que fechar os olhos em alguns casos, ou abrir um olho e fechar o outro ou, ainda, manter um olho no gato e outro no rato.

As traições políticas, sim, continuarão sendo nossas companheiras pelo menos durante muito tempo.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 03.07.14