terça-feira, 25 de novembro de 2014

O valor da bênção e outros valores

O tema do editorial desta terça-feira não é político, mas tem a ver com a política, não a política estritamente partidária, mas a política no sentido das necessidades dos relacionamentos em sociedade, em comunidade. Para Aristóteles, filósofo grego, o homem é um animal político, ou seja, um ser carente que precisa de coisas e das outras pessoas no convívio social.

E o que nos estimulou hoje a desviar o tema estritamente político-partidário foram as palavras de duas personalidades pronunciadas no Jornal da Teresina 2ª Edição de ontem. Célio Luís Barbosa, diretor da Fazenda da Paz, e João Cláudio Moreno, humorista conhecidos de todos nós.

Célio mencionou a relevância de uma sociedade onde o respeito mútuo, a fraternidade, a bem-querença e o pedido de bênção aos pais, esta em particular, são valores necessários, mas esquecidos ou não devidamente praticados no dia-a-dia, ao contrário de outros tempos em que todo menino ou menina pediam a bênção aos mais velhos, principalmente aos pais e mães.

João Cláudio, dentre outros assuntos, falou que no mundo atual interessa muito às pessoas o consumo. E é verdade. Por causa da ânsia de consumir, a pessoa não tem uma convivência mais saudável, pacífica, sem interesses consumistas exagerados, valendo a máxima de que só vale quem tem.

Que coisa terrível! Esta verdade insofismável nos conduz para viver em uma sociedade em que o consumo é o Deus e o grande templo são os shoppings centers. É claro que há a necessidade de consumir. O homem nasceu para produzir e consumir. Acontece que o exagero pelo consumo, para mostrar o poder de consumir e, daí, denotar importância econômico-financeira e social, ajuda a desviar nossos pensamentos ou mesmo a destruir os valores mais sagrados e mais puros do convívio social.

Então, caros ouvintes, este editorial não se preocupa apenas com a política partidária, mas com a política da boa convivência, da boa vizinhança, da valorização da pessoa humana, do retorno ao respeito à pessoa humana.

Todos nós somos vizinhos uns dos outros.

Pequenos, nós, os humanos, alcançamos a lua e buscamos conquistar todo o espaço, mas não conquistamos a nós mesmos. Ao contrário, nos distanciamos uns dos outros na sociedade de consumo quando transformamos nossos relacionamentos numa banca para a exibição de nossa pequenez travestida de pompa e circunstância.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 25.11.14



 



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