quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Novo alerta sobre o crescimento da violência

Temos discutido algumas vezes o crescimento da violência no Brasil, especialmente em Teresina e no Piauí, alertando as autoridades, e solicitando medidas eficazes para contê-la.

Inerente ao ser humano, a violência, por se constituir de atos de força, se manifesta sob as formas de guerras, conflitos étnico-religiosos, preconceito, assassinato, fome, dentre outras. Os tipos são a violência física, psicológica, verbal, sexual, moral, negligência, etc.

Alguns estudiosos afirmam que a violência não recrudesceu tanto quanto se propala, mas, como os meios de comunicação social se ampliaram, as notícias e informações sobre a violência ganham o espaço público com mais força, permanecendo presente na memória coletiva.

Todavia, no Brasil contemporâneo, podemos identificar seu crescimento não apenas por causa das notícias divulgadas pela mídia. A população se ressente da falta de liberdade nas ruas, nas lojas, no comércio popular, nos bancos e, o que é pior, dentro da própria casa.

O que terá contribuído para aumentar a violência na sociedade brasileira? Estudiosos acusam, entre outros fatores, a fragilidade das ações do poder público, seja no combate à marginalidade, com as polícias e a justiça atuando efetivamente, ou na inexistência de políticas públicas capazes de evitar o surgimento de novos criminosos e de reinserir o delinqüente na sociedade.

Na verdade, sabemos que, ainda que o poder público busque soluções, as demandas da sociedade não são devidamente atendidas talvez porque as ações não são integradas, multifuncionais, multidisciplinares. Ou seja, cada um procura fazer a sua parte e o resultado é ínfimo. A exemplo do ditado: “Cada um por si, Deus por todos e o diabo por alguns”.

Sociedade, igreja – de todas as denominações e credos -, poder público – as instituições dos três níveis administrativos -, devem unir esforços, sem preconceitos, sem interesses partidários – que são menores do que os interesses populares.

Ou queremos transformar Teresina e o Piauí em um novo Rio de Janeiro ou São Paulo?

Aí a culpa será de todos, principalmente das autoridades.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 30.10.14





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