terça-feira, 21 de outubro de 2014

Que independência comemoramos?

Fomos buscar no dicionário on-line o significado de independência embora todos saibamos o que significa. Diz lá: “Independência é a qualidade ou a condição de ser independente (ser autônomo e não depender dos outros). O conceito tende a estar associado à liberdade. (...) A noção de independência permite fazer referência a qualquer Estado que não dependa nem seja tributário de outro. Surgiu como conceito político na sequência da Declaração da Independência dos Estados Unidos que foi apresentada em 1776. A partir de então, muitos outros países começaram a responder ao colonialismo europeu com as suas próprias declarações de independência, que costumavam ser o fruto de processos complexos”.

Você deve estar se questionando por que tratar de independência neste momento, quando todos se consideram independentes, donos do seu narizes, de suas ações, de suas vidas.

Sim, todos somos livres, todos nascemos livres. Pele menos em tese. O termo exige digressões muito extensas se quisermos abraçar todos os significados de independência. Não vai dar tempo neste pequeno espaço de tempo.

No dia 19 de outubro, o Piauí comemorou o que podemos afirmar o nosso grito de independência das cortes portuguesas. Foi a adesão à independência proclamada por Dom Pedro I.

De lá até aqui, fomos nos tornando, ou melhor, tentando ficar independentes. Acontece que ainda hoje somos completamente dependentes. Porque um estado pobre como o nosso não tem condições de ser independente.

Somos dependentes, em primeiro lugar, das ações do poder público federal porque a arrecadação própria do estado é irrisória para proporcionar o desenvolvimento econômico. Sem este, não há independência.

Nosso povo é dependente das ações públicas e empresariais. Dependente da superestrutura socioeconômica para sobreviver. Não há educação suficiente que nos ajude a sermos independentes.

Para se tornarem independentes, as colônias travaram guerras.

Cá entre nós, qual é a guerra que travamos? Que grito soltamos no ar?

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 21.10.14





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