segunda-feira, 27 de outubro de 2014

O Brasil é de todos

A disputa presidencial foi uma das mais acirradas da história brasileira. A distância eleitoral entre Dilma Rousseff e Aécio Neves foi muito pequena, de apenas 3,4 milhões de votos. Não nos cabe dizer agora quem errou e quem acertou na busca da confiança popular. Dilma obteve 54,5 milhões de votos (51,64%) e Aécio, 51 milhões (48,36%). A presidente venceu em 15 das 27 unidades da federação e Aécio em 12.

O que nos cabe é refletir sobre o futuro do País, que é de todos e de todas. O combate travado na campanha deste ano nos irmanou, muito embora alguns dos contendores tenham tentado dividir a Nação entre pobres e ricos, pretos e brancos, amigos e inimigos.

É preciso aprender com as diferenças, compreender que o poder público (e o nome já está explicitando), o poder público é resultado da ação comum, da ação geral. O poder público deve ser exercido em nome do público, em nome de todos. Não de um grupo, de um partido, de uma classe, de uma categoria.

A política, como dizia Rui Barbosa, é a arte de gerir o Estado. E o Estado é a representação jurídica das aspirações populares. O Estado é o ente jurídico da administração da coisa pública. O Estado é a corporificação do interesse público. O Estado é a materialização do sentimento popular. Ou  pelo menos deve ser.

Em janeiro, a presidente Dilma Rousseff reassume o poder com uma responsabilidade maior. Terá a obrigação de atender ao recado das urnas. Recado este duro, exigente, como exigente é e deve ser a Nação.

Cruzamos uma nova era. Um novo mundo se descortina para a Pátria brasileira. A Pátria que, lembrando Rui novamente, a Pátria que é a família amplificada, a Pátria que não é ninguém, mas são todos. Todos os sentimentos, todas as dores, todas as vontades, desde que essas vontades sejam a consolidação da esperança nacional.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 27.10.14




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