quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Equipe de governo e o desafio de não repetir os erros

Durante a campanha eleitoral deste ano, o senador Wellington Dias (PT) manteve críticas duras sobre a atual administração estadual, identificando nas ações de Zé Filho equívocos e erros propositadamente cometidos. As avaliações feitas pela comissão de transição do futuro governo levam a crer também que o atual governo erra de propósito.

Pois bem. Agora, quando conversa com aliados e alguns outros partidos que quer atrair para conquistar ampla e folgada maioria na Assembleia Legislativa, o futuro governador esbarra com um grande desafio: como já esteve à frente do Poder Executivo por dois mandatos, não deve mais cometer os mesmos erros.

Alguns dos nomes ventilados para a sua equipe são do conhecimento público e já exerceram alguns cargos. Outros, embora também sejam conhecidos de boa parte da população, ainda não têm experiência nos postos para os quais estão sendo indicados ou especulados.

Qualquer que seja o governo, deve ele ser conduzido com a presença de pessoas de linhagem técnica e política para oferecer condições não apenas de governabilidade. É imprescindível a formatação de projetos exeqüíveis, o que é possível com a experiência administrativa, o conhecimento técnico-científico, planejamento estratégico, verbas, foco nas prioridades socioeconômicas, zelo com a aplicação dos recursos públicos – evitando-se a prática da corrupção -, dentre outros fatores.

A condução equilibrada de todos os processos político-administrativos tem relação estreita e direta com a escolha, feita com ponderação, de todos os membros da equipe, inclusive do líder do governo no Poder Legislativo. Cada um e todos têm importância e cota de responsabilidade.

Gestores autoritários são instrumentos prejudiciais à governabilidade. Administradores corruptos são aliados da pobreza, da miséria e, hoje, visitantes do Poder Judiciário, onde respondem por atos tresloucados.

O Piauí carece de reengenharia administrativa e política para dar saltos urgentes na ordenação da vida social, a vida de todos, e não de poucos beneficiários do sistema custeado pelo bolso popular. O Piauí precisa mudar urgentemente.

E o governador não pode, como não deve, errar na escolha de seus gestores, sejam eles velhos conhecidos ou neófitos na administração da coisa pública.

Esta é a idéia.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 10.12.14





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