segunda-feira, 25 de maio de 2015

Editorial: ano perdido para a indústria

Na semana passada, o vice-presidente da AIP (Associação Industrial do Piauí), Gilberto Pedrosa, esteve no Jornal da Teresina 2ª Edição e falou sobre a situação da indústria piauiense, cujo dia hoje se comemora.

Disse Pedrosa que a indústria só contribui com 12% para a formação do PIB (Produto Interno Bruto do Piauí). Alguns anos atrás esta participação ao chegava a 16,6%. Pode existir alguma discrepância de dados, mas a verdade que não pode ser camuflada é a pouca contribuição do setor industrial.

E não é por falta de interesse de nossos produtores, não. É porque o estado não conta com infraestrutura nem verba suficiente para investimentos. Melhorou, melhorou, mas é preciso apressar o passo.

Nesta segunda-feira (25), Joaquim Costa Filho, que assume mais uma vez a presidência da entidade, disse que o ano está perdido para a indústria.

Observou que se o ajuste fiscal perdurar do jeito que está sendo proposto teremos recessão no Brasil e no Piauí. “O índice de desemprego já é alto”, reconheceu o industrial, que se reuniu com o governador Wellington Dias e o secretariado com o objetivo de traçar metas para os próximos anos.

O Piauí precisa produzir não só na região dos cerrados, onde o agronegócio dá saltos animadores, mas também em outras regiões. Acontece que a carência em infraestrutua recursos financeiros é grande. Aí, então, é necessária a parceria entre os governos federal, estadual, as prefeituras e os setores produtivos.

Para exportar, precisamos, antes, investir na produção agrícola e na sua industrialização, construir o porto seco em Teresina, recuperar a estrada de ferro ligando o sul ao norte do estado, concluir o porto de Luiz Correia, pesquisar e buscar a industrialização de nosso minério, investir no incentivo aos pequenos negócios no interior, como o artesanato, por exemplo. Na opinião de Pedrosa, só a ZPE (Zona de Processamento de Exportações), não resolve o problema.

A nossa contribuição na pauta de exportação se restringe a alguma coisa dos cerrados, à cera de carnaúba, castanha de caju. É pouco, muito pouco.

Em um editorial cujo tempo é curto não dá para falar de todas as nossas potencialidades e carências, mas, mais uma vez, fica o recado.

Já perdemos muito nesses anos. Não tem cabimento entregamos o jogo. O atraso no impõe a pressa.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 25.05.15



Nenhum comentário:

Postar um comentário