quarta-feira, 16 de abril de 2014

Ouvir o povo é obrigação das autoridades



O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) e o ex-prefeito Silvio Mendes (PSDB), candidatos a governador e vice na chapa governista, estão encerrando a maratona pelo interior do estado com vistas a formatar um plano de governo para os próximos quatro anos.

A dupla reúne lideranças comunitárias e políticas, jovens e adultos, pais e mães de famílias, ouvindo suas opiniões e sugestões para a confecção desse plano de atuação.

O governo do Estado, na gestão de Wilson Martins, contratou uma empresa de consultoria política e empresarial para elaborar o Plano de Desenvolvimento Econômico Sustentável, entregue pelo hoje ex-governador antes de deixar o cargo para disputar a única vaga a ser aberta no próximo ano no Senado Federal. Vários encontros, captando a opinião da sociedade civil, foram realizados.

As iniciativas são louváveis porque o destinatário dos serviços e obras públicas devem ser ouvidos. O destinatário é a população, cuja boa parcela tomou ruas e avenidas desse país de contrastes para exigir mudanças em vários setores, a partir do valor das tarifas de ônibus, o primeiro motivo das manifestações.

O país precisa de mudanças urgentes. Ninguém agüenta mais a crescente onda de violência em todos os estados. A população exige mudança urgente na administração pública federal, estaduais e municipais, com o fim - todos sabemos de rara possibilidade - da corrupção. A população clama por uma escola de melhor qualidade que leve em conta os interesses e a vida emocional, psicológica, social e econômica do alunado. A população exige uma saúde pública que respeite os direitos sociais consignados na Constituição da República.

Em todos os setores da atividade econômica, política, administrativa do país a necessidade de mudanças é premente. No Piauí, um estado pobre, o segundo mais pobre da federação, as carências são gritantes.

Ouvir a população, portanto, nada mais é do que obrigação de quem pretende ter um mínimo de responsabilidade sociopolítica ao administrar a coisa pública. Administrar a coisa pública para quem precisa dela, o povo, a população, não para um grupo de apaninguados e familiares.

Domingos Bezerra Filho


Nenhum comentário:

Postar um comentário