segunda-feira, 28 de abril de 2014

Vender o Piauí é resgatar e preservar os valores do povo



O empresário André Baía, que vem se destacando na mídia por cobrar posições mais firmes em defesa do desenvolvimento do Piauí, voltou a ser notícia esta semana por afirmar que é preciso saber vender o estado. A opinião do empresário foi externada quando da visita do pré-candidato à Presidência da República, ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

O pernambucano confirmou presença em evento a ser promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil, presidido por Baía. O evento deve trazer os presidenciáveis para discutir as potencialidades locais e sensibilizá-los sobre a necessidade de investir aqui para mudar a nossa cruel realidade.

Segundo Baía, Eduardo Campos não entende por que o Piauí ostenta riquezas naturais consideráveis, mas é pobre economicamente, “com mais de 400 mil famílias dependendo do Bolsa Família”.

Para o empresário, não estamos explorando adequadamente os nossos recursos naturais. Para ele, “é preciso saber vender o Piauí, nós temos tudo de que o mundo precisa. Temos uma posição geográfica privilegiada, água em abundância, além de várias outras riquezas naturais. Nós precisamos explorar melhor estas riquezas”, segundo informou o portalaz.

Como vender o Piauí? Historicamente fomos considerados o filho mais pobre da Nação, o filho enjeitado. Nossa bandeira era comparada a um couro de bode, numa referência grosseira à nossa condição de grande criador.

Historicamente fomos humilhados. Quando digo nós, referimo-nos não apenas ao Estado do Piauí como instituição, mas como terra onde seus filhos são secularmente humilhados pelos que aqui amealhavam poderes após anos de distribuição de terras para pequenos grupos familiares e políticos.

Passados muitos anos, nos impuseram campanhas publicitárias com o objetivo de mudar de vez com a nossa pequenez. Isso é impossível. Muda-se um estado quando se modificam os costumes predatórios da velha política.

Vende-se vem um estado quando seus valores são resgatados e preservados. O resgate dos valores piauienses ainda não foi feito. As gerações atuais e futuras são responsáveis por essa tarefa.
 
Editorial do Jornal do Meio-Dia de 28.04.14 (Teresina FM)


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