O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) e o ex-prefeito
Silvio Mendes (PSDB), candidatos a governador e vice na chapa governista, estão
encerrando a maratona pelo interior do estado com vistas a formatar um plano de
governo para os próximos quatro anos.
A dupla reúne lideranças comunitárias e políticas, jovens e
adultos, pais e mães de famílias, ouvindo suas opiniões e sugestões para a
confecção desse plano de atuação.
O governo do Estado, na gestão de Wilson Martins, contratou
uma empresa de consultoria política e empresarial para elaborar o Plano de
Desenvolvimento Econômico Sustentável, entregue pelo hoje ex-governador antes
de deixar o cargo para disputar a única vaga a ser aberta no próximo ano no
Senado Federal. Vários encontros, captando a opinião da sociedade civil, foram
realizados.
As iniciativas são louváveis porque o destinatário dos
serviços e obras públicas devem ser ouvidos. O destinatário é a população, cuja
boa parcela tomou ruas e avenidas desse país de contrastes para exigir mudanças
em vários setores, a partir do valor das tarifas de ônibus, o primeiro motivo
das manifestações.
O país precisa de mudanças urgentes. Ninguém agüenta mais a
crescente onda de violência em todos os estados. A população exige mudança
urgente na administração pública federal, estaduais e municipais, com o fim - todos
sabemos de rara possibilidade - da corrupção. A população clama por uma escola
de melhor qualidade que leve em conta os interesses e a vida emocional, psicológica,
social e econômica do alunado. A população exige uma saúde pública que respeite
os direitos sociais consignados na Constituição da República.
Em todos os setores da atividade econômica, política,
administrativa do país a necessidade de mudanças é premente. No Piauí, um
estado pobre, o segundo mais pobre da federação, as carências são gritantes.
Ouvir a população, portanto, nada mais é do que obrigação de
quem pretende ter um mínimo de responsabilidade sociopolítica ao administrar a
coisa pública. Administrar a coisa pública para quem precisa dela, o povo, a
população, não para um grupo de apaninguados e familiares.
Domingos Bezerra
Filho
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