sexta-feira, 23 de maio de 2014

A greve de motoristas e cobradores, mais um capítulo



Motoristas e cobradores de ônibus de Teresina rejeitaram contraproposta feita pelo Tribunal Regional do Trabalho e Ministério Público do Trabalho, de reajuste salarial, e decidiram, em assembléia geral realizada na manhã desta sexta-feira, dar continuidade à greve começada ontem. Os trabalhadores reivindicam 10%. Os empresários ofereceram 6%.

O procurador do Trabalho, João Batista Luzardo Soares, apresentou a proposta de reajuste de 8% com data base em maio. O desembargador Francisco Meton Marques de Lima sugeriu aumento de 7,5% com data base em janeiro.

Na audiência de ontem ficou também decidido que 50% da frota deveriam continuar circulando durante a greve. Se os trabalhadores não cumprirem com esta determinação o sindicato da categoria será multado em R$ 10mil por dia.

A prefeitura de Teresina segue cadastrando veículos para oferecer alternativa aos usuários do sistema. Com a redução da frota oficial, os carros alternativos estão circulando.

Hoje, o prefeito Firmino Filho pediu rapidez da justiça para a solução do impasse entre patrões e empregados. Segundo Firmino, a licitação do sistema de transporte coletivo está na reta final e em junho será concluída.

Greves de motoristas e cobradores de ônibus se repetem ano a ano não só em Teresina, mas também em outras capitais, como São Paulo.

A demanda vai para a justiça se não houver acordo entre os rodoviários e os donos das empresas de ônibus.

O que a população não mais admite é o descaso para com o problema. Como não se admite a ação, ou falta de ação dos motoristas que, ontem, pararam as atividades logo depois das seis horas da tarde, contrariando o que eles mesmos decidiram em assembleia geral: a greve começaria zero hora desta sexta-feira, 23.

É claro que a prestação dos serviços na é boa. Firmino já reconheceu ser ela péssima. Os trabalhadores merecem perceber melhor salário e ter melhores condições de vida e de trabalho.

A população, que paga caro pelo serviço ruim, exige solução imediata.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª edição de 23.05.14




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