terça-feira, 13 de maio de 2014

No Dia dos Escravos e de Nossa Senhora de Fátima ainda padecemos na escravidão

Comemora-se hoje, 13 de maio, o Dia dos Escravos. A data também é consagrada a Nossa Senhora de Fátima. Esta pelo fato de Maria ter aparecido a três meninos pastores em Fátima, Portugal, a 13 de maio de 1917, aos quais deixou algumas lições, inclusive a da obrigatoriedade da oração do rosário.

A outra data refere-se à abolição da escravatura. No Brasil pré-colonial não existia mão-de-obra para a realização de trabalhos manuais. Os portugueses tentaram obrigar os índios a trabalhar nas lavouras, mas os religiosos se opuseram. Foram, então, em busca dos negros africanos, submetendo-os à escravidão.

Transportados nos porões dos navios para o Brasil, muitos dos negros morriam durante a viagem. Aqui, eram comprados por fazendeiros e senhores de engenho, que os tratavam com desumanidade.

A sociedade considerava essa prática normal, mas havia gente contrária à escravidão. Os abolicionistas desenvolveram intensa campanha durante 300 anos. Com uma economia caracterizada pelo trabalho escravo, o país foi aos poucos providenciando a libertação dos escravos com a edição seguida de leis.

Várias foram as iniciativas até alcançarmos o ano de 1888, quando, no dia 13 de maio, a princesa Isabel assinou a Lei Áurea, libertando os escravos, que, no entanto, não tinham condições de sobreviver na então sociedade preconceituosa e escravocrata. Muitos deles permaneceram nas fazendas porque não lhe foi oferecida oportunidade segura de se inserir no mercado do trabalho.

Hoje, o Brasil, em que pese o progresso econômico que vem vivenciando, ainda está preso aos preconceitos e à escravidão econômica, sem oferecer oportunidade para boa parte da população negra e pobre. Que libertação efetiva houve, de modo geral, com a nossa população? Ainda somos escravos.

Como também o dia é dedicado a Nossa Senhora de Fátima, rogamos a ela e aos pastorinhos aos quais se dirigiu que nos deem orientação para nos libertarmos dos grilhões, de todas as cadeias que prendem a população brasileira, especialmente: ignorância, intolerância, egoísmo, miséria, falta de educação, ingratidão, violência, corrupção.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição (12h00 – 14h00 - 13.05.14)





Nenhum comentário:

Postar um comentário