segunda-feira, 5 de maio de 2014

Piauí precisa revolucionar sua economia para transformar a cruel realidade


Em sã consciência, ninguém deve ser contra os programas sociais, especialmente os de complementação de renda  implementados em países e/ou regiões onde a desigualdade socioeconômica está nas vistas de todos.

Neste editorial buscamos no texto do jornalista Paulo Gurgel Valente, do site Opinião e Notícia, atualizar informações sobre os dois brasis, o Brasil dos Pobres e o Brasil dos Ricos.

Diz o jornalista: “Na semana passada encerrou-se a Feira de Livros de Frankfurt, maior evento mundial do mercado editorial.” O Brasil foi o país homenageado em 2013, conquistando o direito de discursar no evento inaugural.

O escritor mineiro Luiz Ruffato falou representando o Brasil, definindo-o como um país dominado monetariamente pelo capitalismo selvagem e expondo dados sociais, como seguem:

1.    Desigualdade brasileira: 75% de toda a riqueza encontra-se nas mãos de 10% da população branca e apenas 46 mil pessoas possuem metade das terras do país. Em oposição a estes indicadores a economia brasileira é a sétima do planeta, apesar do país permanecer em terceiro lugar entre os mais desiguais entre todos.

2.    Índice de assassinatos: Ruffato destaca a alta taxa de homicídios no Brasil, que chega a de 20 assassinatos por 100 mil habitantes, o que equivale a aproximadamente 37 mil pessoas mortas por ano.

3.    Violência contra mulheres e crianças: o Brasil ocupa o sétimo lugar entre os países com maior número de vítimas de violência doméstica.

4.    Analfabetismo: ocupamos os últimos lugares no ranking que avalia o desempenho escolar no mundo, já que 9% da população permanece analfabeta e 20% são classificados como analfabetos funcionais.

O escritor, entretanto, relata pontos positivos, dentre eles o restabelecimento da democracia. Com a estabilidade política e econômica, acumulamos conquistas sociais, sendo a mais significativa a diminuição da miséria: 42 milhões de pessoas ascenderam socialmente na última década.

Ruffato lembra que continuamos a ser um país onde moradia, educação, saúde, cultura e lazer não são direitos de todos, e sim privilégios de alguns.

Voltemos ao Piauí: os números do Bolsa Família revelam que a maioria dos piauienses depende do programa. São um milhão e 929 mil piauienses inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico), ou seja, mais da metade da população, que é de 3.140.213 habitantes. Hoje, são 451 mil e 137 famílias dependentes do Bolsa Família.

O que ressalta em todos esses dados é que precisamos revolucionar a nossa economia o mais urgente possível.

Domingos Bezerra Filho
Editorial do Jornal do Meio-Dia de 05.05.14 (Teresina FM)


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