sexta-feira, 23 de maio de 2014

Entidades preparam calendário de protestos para o mês da Copa do Mundo

 Neste sábado (24/05), entidades sindicais e movimentos sociais diversos no Piauí realizarão plenária estadual com o tema “Na copa vai ter luta”. A atividade é convocada pela Central Sindical e Popular (CSP-CONLUTAS) e faz parte do calendário de plenárias e encontros que ocorrem em todo o país com o objetivo de organizar um plano de lutas e mobilizações durante o período da Copa do Mundo. O evento acontece às 17h na sede da Central, na rua Rua Benjamim Constant n° 1385 centro norte (em frente a Oficina da Palavras).

A exemplo do que indicou o encontro nacional “Na copa vai ter luta”, ocorrido no dia 22 de março deste ano em São Paulo, que reuniu movimentos sociais de todo o país, faz-se necessário organizar nos estados um amplo processo de mobilização social. Vamos transformar este ano da copa do mundo e das eleições num momento de mobilização social para conquistar todas as reivindicações dos trabalhadores, da juventude e da população carente. Já estão em greve servidores do Detran, da Educação municipal de Teresina,  trabalhadores rodoviários e servidores técnico-administrativos da UFPI. Outras categorias do serviço público municipal também se mobilizam, além de professores e estudantes de universidades como a UESPI, UFPI e IFPI.

Para Daniel Solon, presidente da Associação dos Docentes da UESPI (ADCESP) e da executiva estadual da CSP-Conlutas, enquanto os governos federal, estaduais e municipais estão gastando mais de R$ 53 bilhões de reais com as obras para a Copa do Mundo, falta financiamento para serviços públicos como saúde, educação, transporte e segurança. “No Piauí, onde não haverá jogos da Copa, o governo priorizou a reabertura do estádio Albertão ao invés de tirar as goteiras das salas de aula dos campi da Uespi, de norte a sul do Estado. É apenas um exemplo do descaso dos governos com os serviços públicos”, afirma.

Os movimentos sociais questionam os grandes lucros com dos grandes empresários e da FIFA, que embolsam grandes somas de dinheiro público em detrimento da melhoria de vida do povo pobre e trabalhador. Estes problemas se revelam no Piauí com o descaso com os serviços públicos, deixando a população vivendo em condições precárias: morrendo da porta de hospitais e recebendo uma educação pública precária.  “O sentimento de indignação que moveu as manifestações de junho de 2013 com uma forte disposição e luta está sendo retomado. Não adianta repressão por parte dos governos: na copa vai ter luta e antes da Copa também. No dia 28 de maio, por exemplo, a UESPI vai às ruas protestar por mais verbas, autonomia financeira, contratação de professores efetivos, assistência estudantil e outras pautas”, completa Daniel Solon, em referência ao Dia Nacional de Mobilização em Defesa das Universidades Estaduais e Municipais convocado pelo Sindicato Nacional dos Docentes (Andes SN), a qual a ADCESP faz parte.

“Os atuais governos praticam todo tipo de desrespeito com a população, a exemplo dos despejos de famílias que tem suas casas arrancadas para dar lugar às obras da Copa do Mundo. No Piauí, o caos se instala na saúde e educação, com o patrocínio de um verdadeiro desmonte praticado por Zé Filho (PMDB). Firmino Filho (PSDB), além de continuar com a administração voltada para os interesses das grandes empresas, nos últimos meses declarou guerra ao movimento sindical quando resolve perseguir a direção do SINDSERM”, afirma Ana Célia, diretora do Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (SINDSERM). Atualmente, os trabalhadores em educação de Teresina estão em greve por melhorias salariais e contra o aumento da jornada de trabalho nas escolas.

“Diante desse cenário recheado de injustiça social, os movimentos sociais anunciam que “Na copa vai ter luta” e se preparam para voltar às ruas em grandes manifestações durante a Copa do Mundo. No Piauí, estamos realizando uma primeira plenária para discutir como iremos organizar essas lutas por aqui a partir do calendário nacional de lutas do Espaço Unidade na Ação. Convocamos toda a população a aderir aos protestos e levantar as bandeiras de luta pela melhoria da saúde, educação, segurança, além do atendimento das reivindicações das greves que estão em curso por todo o país por reajuste de salários, condições de trabalho e melhoria da carreira funcional no serviço público”, conclui o professor da UFPI, Douglas Bezerra, da executiva da CSP-Conlutas-PI.

Com informações da Ascom

 

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