quinta-feira, 10 de julho de 2014

Copa do Mundo, Alemanha e Brasil

A Copa do Mundo que se realiza no Brasil foi o tema preferido da mídia durante a segunda metade de junho e a primeira de julho. Terça-feira, fomos despachados do certame pela poderosa Alemanha, que sempre nos dá exemplos.
Política
Sem no alongarmos muito, relembremos que ao final da Segunda Grande Guerra Mundial, a Alemanha ficou destroçada com a ação dos aliados. Começa, então, a Guerra Fria – uma guerra surda entre comunistas e capitalistas, ou melhor, entre Estados Unidos e União Soviética.
A Alemanha foi divida em dois blocos econômico-ideológicos diferentes e assim ficou por 40 anos. Em 1990, com o fim da União Soviética, a Alemanha voltou ser uma só.
Quando falam em 1945, os alemães afirmam ter sido a “hora zero”, na tentativa de descrever o colapso do país. Lembramos que Willy Brandt, chanceler de 1969 a 1974, escreveu pequena autobiografia em quem anotou que ao final da Segunda Guerra, Berlim parecida um tronco ensangüentado.
Dividida em duas, começou uma nova vida a partir do zero, enfrentou muitas dificuldades e hoje é uma das maiores potências do mundo. Nos 356.733 quilômetros quadrados vivem cerca de 82,2 milhões de habitantes.
Segundo o site Brasil Escola “atualmente a Alemanha é um dos mais importantes países do mundo, em decorrência do elevado PIB e do desenvolvimento econômico, tecnológico, militar, qualidade de vida entre outros. O país é caracterizado pela elevada condição de vida de sua população e prosperidade econômica”.
O mesmo site acrescenta que “no setor econômico, o país é a principal economia dentro do continente europeu e a terceira em nível global, sendo superada somente pelos Estados Unidos e Japão. A Alemanha é um grande exportador, além de possuir a sede de empresas que atuam em diferentes lugares do mundo (transnacionais). Frankfurt é uma cidade global que abriga importantes centros financeiros, como bolsa de valores, bancos, instituições supranacionais, centros de pesquisas entre outros”.
Por que falarmos e escrevermos sobre a Alemanha neste distante rincão chamado Piauí, no Piauí destroçado, o estado mais pobre do Brasil, esquecido da maioria dos brasileiros e principalmente do poder central sediado em Brasília?
Porque a Alemanha é um exemplo. Derrotada na guerra, venceu todos os obstáculos e se destaca como uma das maiores potências do mundo. Reconhece, a Alemanha, o valor do futebol brasileiro, que aprendeu a admirar e a imitar, e por ela fomos destroçados nas Minas Gerais brasileiras no jogo da última terça-feira.
Que aprendamos também a renascer dos destroços e das cinzas não só no esporte, mas na saúde e na educação; na segurança pública e no transporte; e construamos o desenvolvimento integral e participativo.
Texto do editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 10.07.14


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