terça-feira, 29 de julho de 2014

Brasil clama por reforma política


Representantes de várias entidades, dentre as quais CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), vêm unido esforços para fazer uma reforma política que atenda às aspirações da sociedade.

Projeto de Iniciativa Popular pretende proibir o financiamento de campanhas eleitorais por empresas, com implantação do financiamento público e de pessoas físicas, ambos limitados; adotar o sistema eleitoral proporcional em dois turnos, no qual o eleitor inicialmente vota num programa partidário e posteriormente escolhe um dos nomes da lista ordenada no partido; promover a alternância de homens e mulheres nas listas de candidatos dos partidos, para aumentar o número de representações femininas nas casas legislativas, que hoje é de apenas 9% dos parlamentares; e fortalecer os mecanismos de participação popular como Plebiscito, Referendo e Projeto de Lei de Iniciativa Popular.

A outra mobilização é o Plebiscito Popular, que trata de uma iniciativa da Plenária Nacional dos Movimentos Sociais Brasileiros, apoiado por diversas Pastorais Sociais e busca recolher votos para fazer com que haja a convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para Reforma Política. A mobilização, segundo consultores da Semana Social Brasileira, pode ajudar no trabalho de educação política, com esclarecimento à população sobre o funcionamento dos poderes públicos e processos ali desenvolvidos.

O projeto foi lançado em novembro de 2013, por entidades da sociedade civil, denominado de Coalização pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas.

Hoje, quem não tem dinheiro dificilmente consegue se eleger. Raros são os casos. Os detentores do poder político e econômico manipulam o processo eleitoral. Um pobre não tem condições nem de reunir cabos eleitorais porque toda movimentação exige dispêndio de recursos financeiros. Desta forma, o processo político-eleitoral permanece viciado.

A mobilização dessas entidades busca exatamente a reforma na política brasileira para instalar uma nova ordem em que tenhamos eleições limpas e representativas da vontade nacional. Quando alcançaremos isso, todavia, só Deus sabe.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 29.07.14
 






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