segunda-feira, 28 de julho de 2014

Combate à corrupção



Devemos louvar qualquer ação idealizada com o objetivo de coibir a corrupção, seja ela de que nível for: econômica, financeira, eleitoral, moral.


Por isso, elogiamos a iniciativa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ministério Público e representantes de igrejas, que criarão força tarefa para inibir a compra de votos no estado nas eleições deste ano.

A primeira reunião estava marcada para a manhã desta segunda-feira (28), comandada pelo presidente do TRE, desembargador Edvaldo Moura. A intenção do encontro era definir estratégias para a deflagração do movimento.

Ao mesmo tempo em que louvamos quaisquer iniciativas do nível, alertamos não ser fácil obter êxito com elas porque a corrupção está incrustada na alma da política nacional.

A lei proíbe, inibe, impõe restrições e punições ao abuso do poder econômico e político, à compra de votos e à corrupção eleitoral, enfim aos desvios que possam alterar o resultado do processo de escolha dos candidatos.

Contudo, a mesma lei que pune, ao que parece, abre brechas para essas práticas danosas. Em cada ano eleitoral a mídia informa a montagem de processos judiciais no TREs brasileiros. Os julgamentos são então realizados e muita gente tem o mandato cassado. As demandas se avolumam nos tribunais e os recursos emperram a administração da justiça eleitoral.

Na realidade, as cassações de prefeitos, por exemplo, são as mais comuns, mas já tivemos também cassação até de governadores.

Na realidade, precisamos depurar o processo político-eleitoral brasileiro para que a vontade popular seja respeitada. Mas um questionamento se insere com insistência: como fazer tal depuração se o próprio eleitor alimenta a prática nefasta do toma-lá-dá-cá?

A troca de favores se apresenta como elemento contaminador. E para mudar o quadro há a necessidade e de nos reeducarmos.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª de 28.07.14

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