segunda-feira, 16 de março de 2015

Brasil protesta contra governo Dilma Rousseff

Parte da população brasileira foi às ruas e avenidas neste domingo em protesto contra o governo Dilma Rousseff. A multidão ocupou praças e avenida dos 26 estados e do Distrito Federal.
Em Teresina, calcula-se que mais de três mil pessoas participaram da manifestação na avenida Marechal Castelo Branco, em frente à Assembleia Legislativa, exigindo não apenas mudanças na política econômica, mas também a renúncia e o impeachment da presidente.
Pelo resto do país, a voz corrente se posicionava contra o PT, partido de Dilma. Havia até faixas pedindo intervenção militar. Segundo contas das Polícias Militares dos Estados, pelo menos dois milhões de pessoas engrossaram o protesto. Para o Instituto DataFolha, foi a maior manifestação depois do movimento das Diretas –Já, em 1984.
Políticos de oposição incentivaram as manifestações. Assessores da presidente declaram que ela considera a situação “mais complicada” do que a de junho de 2013, quando uma onda de protestos derrubou a popularidade dela. Pronunciamentos de dois ministros escalados para falar pelo governo, na tevê, foram recebidos com panelaço.
A população se mostra indignada com os aumentos nos combustíveis, nas tarifas de energia elétrica, nos produtos alimentícios e com o escândalo da Petrobras. O governo promete um pacote de medidas para debelar a crise financeira.
A movimentação não é isolada. Não foram apenas os opositores do governo que participaram das manifestações. Os gestores devem avaliar o momento com carinho, responsabilidade social e zelo para com o futuro da nação. É claro que em momentos de crise apelos mais exaltados aparecem no meio da multidão, como ocorreu em décadas anteriores, quando a população tomou as ruas e avenidas exigindo mudanças. É natural.
Ao governo cabe tomar as medidas requeridas para derrotar a crise. Se a crise é passageira, como disse a presidente, a população sabe que há caminhos a descobrir para vencê-la. A criatividade nacional saberá encontrar as alternativas. Já vivemos outras crises e as derrotamos.
Inadmissível são a censura, a cegueira política, a irresponsabilidade. Como ensina Rui Barbosa, “a Pátria é a família amplificada (...). A Pátria não é ninguém; são todos, e cada qual tem no seio dela o mesmo direito à ideia, à palavra, à associação. A pátria não é um sistema, nem uma seita, nem um monopólio, nem uma forma de governo; é o céu, o solo, o povo, a tradição, a consciência, o lar, o berço dos filhos e o túmulo dos antepassados, a comunhão da lei, da língua e da liberdade”.

Domingos Bezerra Filho

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 16.03.15











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