terça-feira, 30 de setembro de 2014

A guerra civil brasileira

A guerra civil que vive o Brasil é diferente da que experimentam alguns países do Oriente, Europa e outros continentes, onde a briga é pelo poder político, recheada de ingredientes religiosos em alguns países.

Nesses lugares, a guerra civil é antiga. Israel e Palestina, que formavam o mesmo território político, vivem guerras bíblicas seculares sobre as quais não vamos no deter neste momento, por inoportuno.

No Brasil, onde o cristianismo predomina, a guerra civil, iniciada de forma branda, se é que pode existir guerra branda, é dos pobres contra os ricos. Estranho? Sim, muito estranho, mas já havíamos alertado para esta realidade.

Querem exemplos? A bandidagem, solta, invade casas, mansões e palacetes em Teresina e no resto do país. A bandidagem, audaciosa, porque ignorante, assalta, atira em policiais e, em alguns casos, tira-lhe a vida aqui e no resto do país.

E foi o que houve na manhã desta terça-feira com o delegado Ademar Canabrava que, ao sair de sua casa, por volta das 6h, sofreu tentativa de assalto e assassinato. Sorte ou Deus lhe garantiram a vida porque os tiros não atingiram nenhum órgão. Ele passa bem. Um dia desses foi com um policial federal, um policial federal de quem, até pouco tempo, todo mundo tinha medo.

O que é isso? É consequência da peste moral que toma de conta do país.

No Rio de Janeiro, nos tempos da lata-d`água na cabeça – que no Piauí ainda estão presentes - , ouviam-se músicas emblemáticas sobre a vida malandra nos morros.

Na época, os marginais não haviam se apoderado desses locais. Como o poder público abandonou essas famílias, a bandidagem passou a apadrinhá-los. Isso também já ocorre em Teresina, onde há guetos dominados por grupos marginais.

Salvo engano da memória, um deputado federal foi abordado por ladrões quando fazia caminhada, cedo da manhã, com alguns amigos na avenida Raul Lopes. Os bandidos não escolhem mais a cara. Aliás, escolhem, sim, preferem os ricos aos pobres.

A guerra civil é entre os marginais e a população. Esta, desarmada, se entrega ao medo e à insegurança.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição





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