quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Insegurança pública, de novo


Entra governo, sai governo e o problema na segurança pública aumenta. De dois em dois anos, temos eleição. Em um momento, eleições municipais, com a escolha de vereadores e prefeitos. Noutro, o pleito define os deputados estaduais, federais, governadores, senadores e presidente da República, como ocorre agora.

Mas os problemas na saúde, educação e segurança pública se ampliam, como os da mobilidade urbana, sobre os quais muito se fala. Resultados positivos são apenas uma bruma na mente dos contribuintes e daqueles que, descalçados, descamisados e famintos, rezam em seus pequenos quartos ou bancos de praça, implorando a Deus um caminho, uma sombra, uma água fresca, uma luz.

Não somos os arautos da miséria, nem muito menos os anunciadores da desgraça, mas é premente afirmar alto e em bom tom que a nossa insegurança pública de cada dia tem jeito. Tem jeito, sim. Como?

Está na Constituição da República Federativa do Brasil que a segurança pública é obrigação do Estado e o Estado, aí, não é somente a unidade federativa. O Estado é a instituição responsável pela gestão da coisa pública. É o Estado Nação, como também é o Estado unidade da Federação.

Então, se é competência do Estado, União e estados federados podem e devem encontrar o caminho, adotar ações conjuntas, usar da criatividade. Não é inventar a roda.

E nós temos especialistas, aqui no Piauí, que entendem muito bem do setor. Pessoas que já ocuparam e ocupam cargos de relevo na segurança pública, cujas ações, no entanto, embora conquistem alguns efeitos positivos, não têm prolongamento.

O tema é complexo e merece reflexão. Complexo porque envolve ações diversificadas, inclusive com a participação popular na comunhão de esforços.

Por que replicamos o tema nestes últimos três dias, enfocando a ação assassina do policial paulista que tirou a vida do camelô piauiense? Porque a segurança é problema de todos e socializamos a nossa preocupação para contribuir e mostrar que a sociedade, amedrontada, exige correção dos rumos.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 24.09.14




 


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