quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Procurador traça perfil da corrupção e alerta para seus males


Judivan nasceu na Paraíba, mas ainda criança a família migrou para Brasília
Sete anos depois de realizar a pesquisa no Brasil e em vários países, o procurador da Advocacia-Geral da União, Judivan Vieira, está lançando uma obra em que traça o perfil da corrupção no mundo.


Lembra que Aristóteles, filósofo grego nascido em Estagira em 384 a. C. e morto em Atenas em 322 a. C., tratava do tema pré-existente até no Paraíso Celeste, segundo Judivan. A frase de Aristóteles, “A turbulência dos demagogos derruba os governos democráticos”, é exemplo de como o demagogo traz no seu íntimo a tendência para as mazelas do poder e, consequentemente, para a corrupção. Aliás, o filósofo grego discutiu a Política em livro de mesmo nome.

A coletânea Corrupção no Mundo desvela o mundo da ganância que desqualifica a pessoa humana. A obra é fruto da pesquisa feita por Judivan Vieira para a o obtenção do título de doutor em Ciências Jurídicas e Sociais.

Os cinco livros discutem histórias de corrupções no mundo e analisam o perfil do corrupto. A obra foi lançada em Brasília e está despertando grande atenção no País.

Em entrevista ao Jô Soares no programa desta quarta-feira (24), Judivan foi bastante pedagógico na explicitação dos resultados da sua pesquisa, muito embora o tempo tenha sido muito curto.

A coletânea perpassa vários autores, desde o Velho Testamento e Aristóteles a leis de todos os países membros do Mercosul. Judivan pesquisou mais de 150 obras, incluindo textos do pai da psicanálise, Sigmund Freud.

O Jornal de Brasília, ao qual o autor concedeu entrevista quando do lançamento da obra, afirma que o primeiro livro “busca adentrar na perspectiva histórica da corrupção. Já o segundo, na política. O terceiro foca  nas características jurídicas da  mesma. Na quarta obra, um olhar sobre como o Direito Internacional vê a corrupção no mundo”.

Diz mais o JBr, “por último, Judivan mostra ferramentas de combate à corrupção no Mercosul”, acrescentando a fala de Judivan: “Foram anos de estudo para chegar ao resultado. Vejo que a corrupção cresce cada vez mais.  É uma tendência. E apenas os casos federais ganham relevância na mídia. Dados da Fundação  Getúlio Vargas revelam que cerca de 3,5 milhões de dólares são desviados dos cofres públicos anualmente no Brasil. Cito questões que podem mostrar no que podemos melhorar”, conclui.

Os dados sobre a corrupção oferecem dificuldade para o seu acompanhamento porque ela avança dia a dia. Segundo o Banco Mundial e o escritório da ONU no Brasil, cerca de 40 bilhões de dólares são tirados dos países em desenvolvimento anualmente. E estes números já estão desatualizados.

Editorial do Jornal da Teresina 2ª Edição de 25.09.14

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